53- Delegacia.

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𝗕𝗿𝘆𝗮𝗻

Amanda me ligou, e ela estava chorando pra caralho.

Ela só conseguiu falar "eu...eu fui...eu...vem...por favor."

Então eu estou indo até o shopping, que é onde ela disse que iria. Eu acho que ela está no estacionamento do shopping, então, estou indo de Uber até lá.

Faltam 2 minutos pra chegar, e eu estou desesperado. Essa angústia que eu estou sentindo está me matando, o que será que aconteceu com ela?

Será que ela está bem? Se machucou? Viu algo que não queria? Alguém magoou ela? O que aconteceu?

Calma... Respira... Ela já não está bem, você chegar agitado desse jeito, só vai piorar as coisas pra ela.

Verdade.

Finalmente cheguei, paguei o uber, e saí correndo até o estacionamento. Procurei pelo o carro dela, e o achei.

Perto do carro dela, tinha um cara desmaiado no chão. Deve ser algum bêbado que caiu ai.

Corri até o mesmo, e bati na porta do carro. Ela abriu e me sentei ao seu lado, ela estava no banco de motorista e eu do carona.

- Amor? O que aconteceu? Você está bem? - perguntei e ele me olhou com cara de choro.

Sua boca estava pálida, e tremia, suas mãos tremiam como um terremoto, suas pernas, também tremiam, seus olhos, estavam vermelhos de tanto chorar, e algumas lágrimas, ainda caiam. Seu nariz e bochecha estavam rosados, mas sua cara estava pálida.

Ela me olhou, como se fosse a criança mais inocente do mundo, e me abraçou.

Eu juro que se alguém fez isso com ela, eu mato essa pessoa.

Pelo menos toda fudida essa pessoa saí. Eu prometo!

Abracei ela bem forte, e senti seu corpo amolecer lentamente, como conforto. Fiz um cafuné de leve na cabeça dela, e ela não estava mais tremando tanto. Quando notei que ela já estava mais calma, resolvi dizer algo.

- Amor... Tá tudo bem? - perguntei sussurrando perto de seu ouvido, ainda abraçando ela.

- Agora sim. - ela respondeu com a voz arrastada.

- O que aconteceu? - afastei minha cabeça para olhar nos olhos dela.

- Eu... Eu fui... - ela abaixou o olhar, respirou fundo, e me olhou de novo. - Eu fui assediada. - ele voltou a chorar e eu a abracei.

- Quem foi o filha da puta que fez isso com você? -

- Eu... Eu não sei, eu não conheço. Ele estava me olhando toda hora. E quando vim guardar as coisas no carro para ir embora, ele estava aqui, encostado no meu carro. Eu não consegui me mexer, não consegui gritar, não consegui fazer nada além de ficar parada. Mas graças a deus, um garoto chegou e me ajudou. Ele deu um soco no cara. Foi tão forte que o cara desmaiou na hora. - ela disse chorando.

- Filha da puta... Que bom que o garoto te ajudou. - disse meio irritado pelo o que ela disse. - Espera... Eu acho que o cara ainda está ali no chão. Eu vi ele ali desmaiado quando eu cheguei. Eu vou matar o filha da puta. - disse já saindo do carro com ódio.

- Não. Amor, não vale a pena. - ela disse baixo do carro.

- Vale. Oh se vale. Vale, e muito. - disse com fúria na voz e ódio nos olhos.

Andei até onde vi ele, mas ele não estava mais lá.

- Merda... - sussurrei a mim mesmo. - Ele não está mais lá. - disse entrando no carro.

Infelizmente Não Podemos...Onde histórias criam vida. Descubra agora