𝗕𝗿𝘆𝗮𝗻
Me abaixo para ajudar a Amanda que está caída no chão, e ela levanta puta olhando para quem havia derrubado ela, e eu faço o mesmo, ficando puto no mesmo instante.
- PUTA QUE PARIU, VOCÊ DE NOVO? VOCÊ ESTÁ ME PERSEGUINDO MULEQUE? - ela pergunta claramente irritada.
- Calma esquentadinha, você que não presta atenção por onde anda. E não, eu não estou te seguindo, foi pura coincidência gata. - ele diz e um ódio percorre por todo meu corpo.
- Você conhece ele? - pergunto olhando para ela, e vejo que só agora ele nota minha presença.
- Infelizmente, mas só de esbarradas. - ela diz irritada e ele dá um sorrisinho.
- Bryanzinho. - ele diz sorrindo.
- Vocês se conhece? - ela pergunta confusa.
- Infelizmente. - digo fechando os punhos. - Vamos. Não tô mais afim de andar pelo shopping. -
Me viro e saio andando, e ela me segue, sem falar nada. E eu só escuto o imbecil falar com deboche lá atrás "volta aqui gatinha, e você Bryan? Volta aqui".
Como esse muleque me irrita.
Entramos no carro e eu seguro no volante respirando fundo.
- Você pode me explicar o que ouve entre vocês? De onde você conhece ele? - Amanda diz, não brava, apenas preocupada.
- Tá... - respiro fundo, e começo a contar. - Esse, é o David. Ele era meu melhor amigo do 9° ano, ao 2° do ensino médio. No final do 1° ano, eu estava gostando de uma menino, e era a primeira vez que eu me apaixonei por alguma menina que eu ficava. Pra mim, ela era diferente das outras. E estava tudo bem entre a gente, entre eu e ela, e entre eu e ele. Isso durou até metade do 2° ano. Um certo dia, ela chegou em mim chorando, dizendo que estão falando coisas horríveis sobre ela, e que estavam dizendo que fui eu quem falou. Ela brigava comigo, e me olhava com decepção nos olhos, e aquilo doeu muito... - suspiro fundo e Amanda me olhava atentamente. - Bom, eu fui atrás dos boatos, e do dono deles. Os boatos eram tipo "o Bryan transou com a Bianca, e ele disse que foi tão ruim, que parecia que ela queria arrancar o pau dele com os dentes de coelho dela no boquete, e também disse, que ela não conseguia colocar o pau dele na buceta dela, e ela gritava a cada toque que ele dava nela. Ela é mó puta, e na hora parece que é virgem. Nem parece que já deu pra escola toda". E as coisas eram nesse nível. Tudo. - digo e Amanda me olha chocada. - É... Coitada. Mas ai, eu fui muito atrás, e descobri que quem tava espalhando esses boatos, eram ele, o David. Eu obviamente fui tirar satisfação com ele, e eu estava muito puto, meu sangue fervia de ódio. E todos sabem que quando eu fico puto, ninguém me segura, e eu não paro, eu pareço outra pessoa. É como se meu corpo se mexesse sozinho, e eu não tivesse como parar mais. Bom... quando eu fui falar com ele... Ele disse que eu sabia que ele gostava dela desde o primeiro ano, e mesmo assim, peguei ela, e ele apenas se vingou. Só que mesmo com todos aqueles anos de melhores amigos, ele nunca me disse gostar de nenhuma garota. David era o tipo de menino que pegava ou transava com as meninas mais populares, só pra esfregar na cara dos outros, e ficava falando "o boquete dela é perfeito, essa ai é a rainha do boquete". E ele fala isso de todas que ele pegava. E sempre acabava com a vida das meninas. Ele tirou a virgindade de umas 7 meninas, assediou umas 9, e quase estrupou uma bêbado. Eu briguei com ele todas essas vezes. Mas continuando... Ele disse que eu sabia, e eu afirmei de todas as formas possíveis que eu não sabia, já que ele nunca havia me contado gostar de garota alguma. E ele começou a inventar um monte de coisa, e então ele disse "Para de mentir seu mentiroso. Você só está inventando essas mentiras, pra esconder o fato de que comeu uma puta que não sabe nem pagar um boquete com aqueles dentes de um metro dela. Diferente das meninas que eu transo, que são todas rainhas do boquete. E você tem inveja. Assume logo que transou com aquela vadia". Eu fiquei quieto por que a raiva estava aumentando cada vez mais, e eu sabia o que iria acontecer se eu não me controlasse, mas ele não calou a porra da boca, e continuou "Que foi Bryanzinho? Que você ficou quieto? Qualé garotão, vai me dizer que nem beijar a coitada você beijou?" Ele disse sorrindo de lado, e aquilo me irritou muito, mas ainda me controlei, e falei "ué? Até então eu não tinha comido uma 'puta' que não sabia transar direito? Quem tá mentindo agora?" Ele ficou com raiva, e eu percebi ele travar o maxilar. Eu ia sair de lá, antes que isso virasse motivo de médico pra um e polícia para o outro. Mas quando eu virei de costas, ele me virou e me deu um soco no rosto muito rápido. Ele sempre foi um frango, então ele me deu um soco, e meu rosto só foi um pouco pro lado, me virei com ódio pra ele, e ele arregalou os olhos. Ele tentou correr, mas eu não dei tempo, e espanquei ele, eu dei vários socos na cara dele até ele ficar irreconhecível, e ninguém conseguiu me tirar de cima dele, e eu não conseguia parar de forma alguma. Eu não sentia minha mão, e tinha sangue pra todo lado. Eu cortei a boca dele inteirinha, quebrei o nariz dele, e deixei várias cicatrizes no seu rosto... - digo olhando para minhas mãos, e a Amanda coloca uma mão em cima delas.
- Calma, ele mereceu, e você não tem culpa. Você tem problemas de raiva, e é difícil de se controlar com isso, e eu percebi que você melhorou muito. E eu vi as cicatrizes no rosto dele... - ela diz e abaixa a cabeça, olhando para minhas mãos.
- É... Ele foi pro hospital, e eu levei uma multa policial, meu pai me ajudou muito na época, se não eu iria ser preso. Por um mês. - ela faz carinho na minha mão. - Eu pensei que tinha matado ele, por que no terceiro soco ele já estava desacordado. Eu só contei até o 13... Depois disso, eu perdi as contas de quantos socos eu dei na cara dele. A Bianca viu tudo, e disse que quando eu virei pra ele com ódio, e ela olhou nos meus olhos, ela não me encontrou neles, ela viu outra pessoa, e essa pessoa tinha tanto, mas tanto ódio acumulado, e ela disse que sabia, que não teria como parar essa outra pessoa. Era como se eu tivesse possuído, e demônios estivessem ao meu controle. -
- Bom... Eu nem sei o que dizer. Eu só estou com muito ódio desse muleque. E eu espero nunca mais esbarrar com ele. Se não eu quem vou me descontrolar. - solto uma risada fraca e ela respira fundo. - Eu te entendo. Eu também tenho problema de raiva, e eu já deixei uma menina entre a vida e a morte uma vez. Já espanquei umas 8 meninas, já deixei duas meninas em coma, já quebrei partes do corpo de muitas pessoas. Já espanquei uns 15 muleques, e já quase matei uns 10 meninos. E eu sempre me sentia muito culpada. Por mais que essas pessoas extrapolassem os limites, não era motivo para tudo aquilo. Mas é como você disse, você não consegue parar, e ninguém consegue te parar. É uma tortura ver o que você fez depois. E você carrega essa culpa com você pra sempre, e é horrível, ainda mais quando você quase mata alguém. Eu literalmente deixei a menina entre a vida e a morte, e foi horrível ficar naquela tensão de tipo "ela morreu? Não morreu? Morreu? Como assim morreu mais ou menos?", Eu não sabia quase nada, mal me davam informações. E as pessoas que me falavam sobre a garota, eram umas fofoqueiras da minha escola, e não sabiam falar nada, eu achei que tinha matado a menina por uns 2 meses, até descobrir que ela estava internada, e ela estava em coma, só que o coma dela era estranho, por que o coração dela não batia, e ela não respirava, e ela estava com muitas partes do corpo quebrada, e tava com um problema no pulmão. E eu causei isso, e ela tem esse problema até hoje. Ela está viva, mas tem problemas de respiração por minha culpa. E eu me sentia um monstro. Hoje já não me culpo tanto quanto antes. Mas ainda sim, me sinto horrível. -
Arregalo os olhos. Eu olhava para ela com pena, com preocupação, com atenção. E eu não sabia o que falar. E ela pareceu perceber. Ela apenas respirou fundo, e se virou para frente.
- Vamos? Eu estou com fome. - ela sorriu sem mostrar os dentes, e eu assenti.
O caminho foi em silêncio, não um silêncio desconfortável, apenas, silêncio. Era como se ambos estivessem nos seus mais profundos pensamentos. E eu acho que era exatamente isso que estava acontecendo por aqui.
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Infelizmente Não Podemos...
FanfictionUma garota acaba se apaixonando pelo irmão da sua melhor amiga, mas ela sabe que isso poderá magoar ela, porém, eles acabam tento uma relação escondida e muito arriscada. Será que isso vai dar certo? Como será ela irá reagir? ATENÇÃO:...