50- Crise.

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𝗔𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮

Assim que chegamos na casa dele e da Bruh. Subimos para o quarto dele, mas antes de entrar fui no quarto da Bruh e dei um beijo nela.

Ela estava deitada assistindo série.

Volto pro quarto dele, e ele está deitado olhando para o nada. Vou na minha mochila, e pego a caixa de relógio que está envolvida em um papel de presente. A estampa do filme carros. Eu sei que parece ridículo, mas eu fiquei na dúvida entre essa e uma azul com bolinhas brancas. E uma embalagem dos carros é muito melhor que uma simples daquela.

Me joguei em cima dele e ele riu, deu um beijo na minha testa, e ficou me olhando.

- Que foi minha princesa? - ele disse me olhando com atenção.

Meu senhor, eu vou dar de novo pra esse homem.

Mal me recuperei de ontem, mas sempre vale a pena.

Foca Amanda, o presente.

- Quero te dar isso. - estendo a caixa na frente dele e ele sorri confuso. - Eu comprei ontem, e esqueci de te entregar. - sorri fofa e ele riu.

- Obrigada meu amor. Não precisava. - ele abra a caixa rindo da estampa e logo pega a caixa de relógio. - Meu deus, amor, esse relógio é muito caro. Eu não acredito. Como sabia que eu queria ele? Não importa. Te amo, te amo, te amo. - ele diz me beijando e me abraçando forte.

- Eu também te amo baby. Gostou mesmo? - pergunto o olhando com atenção.

- Lógico meu amor. -

Ele não está mentindo.

Um dos motivos que mais me convence a fazer psicologia:

Saber se as pessoas estão mentindo. E melhor ainda, se meu namorado está mentindo.

Isso é tão bom.

- Que bom. - sorri fofa e ele me abraça.

- Cara, tô emocionado de verdade. - ri e ele fingiu limpar umas lágrimas imaginárias.

- Amo-te mi vida. -

- También te amo mi amor - me dá um selinho e volta a olhar pro teto.

Deito minha cabeça em seu peito, e ele mantém o braço em volta de mim.

Fecho meus olhos, e por algum motivo, imagens de um dos caras que a Gyulia mandou para me estuprar veio a minha mente.

Respirei fundo já sentindo a falta de ar. Meu peito começou a doer e minhas mãos a tremer. Meus olhos se encheram de lágrimas.

Levantei minha cabeça do peito de Bryan e me sentei na cama.

- Amor? O que ouve? Tá tudo bem? - ele se levantou e me olhou atentamente com preocupação.

- Não. Não aconteceu nada. Mas não estou bem. - digo tentando me aliviar.

Me levantei da cama andando de um lado para o outro e balançando minhas mãos, Bryan tentou vir até mim e me acalmar, mas eu indiquei com a mão para que ele sentasse.

Nesse momento não adianta fazer muita coisa.

Porra Amanda, você estuda psicologia, e não sabe se acalmar? Você está tendo uma crise! Quem vai querer ser atendida por uma psicóloga cheia de traumas, problemas.

- AH! - gritei com ódio chorando mais - Cala a boca! Cala a boca! Cala a porra da boca! - falei enquanto batia na minha cabeça com força.

Além de tudo é maluca. Cuidado para não te confundirem com o paciente. Por que no estado que você está, mais fácil seus pacientes te atenderem.

Infelizmente Não Podemos...Onde histórias criam vida. Descubra agora