Capítulo 2

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3306 Palavras

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3306 Palavras

Avanço pelo extenso e amplo corredor em passos pouco ruidosos, seguindo ao meu dormitório particular. O lugar inteiro é sempre mergulhado na quietude, mas não são poucas as vezes que encontrei com outros anjos por aqui.

Enquanto caminho, meus olhos correm de um lado ao outro, observando os detalhes de sempre. O piso é de um material que simula madeira clara, os tons amarelo pastel prevalecem nas paredes, lustres brancos livres de detalhes estão no teto.

Em torno de cada porta, residem vasos de plantas altos e arredondados de tons brancos, em seu interior, dois troncos finos crescem enlaçando-se um no outro como uma espiral, e em seus galhos, orquídeas estão presentes, e cada porta tem tonalidades diferentes. As orquídeas do meu dormitório são de pétalas brancas com linhas púrpura.

Paro em frente ao meu dormitório e, ao erguer minha mão e manifestar minha graça através de uma suave luz, a porta de madeira com desenhos cuidadosamente talhados dissipa me dando passagem.

Avanço pelo meu dormitório, que contém somente um baú de acrílico transparente que se estende de uma parede a outra, onde minhas vestes estão guardadas e perfeitamente arrumadas em alguns montes.

E residindo bem ao centro deste espaço, uma aura dourada semelhante a uma nuvem paira, emitindo um suave calor de seu interior, girando lentamente sem sair do lugar.

Retiro meu vestido e libertando minhas asas, as abro completamente ao mesmo tempo que minha aureola surge sobre minha cabeça, emitindo seu brilho, proporcionando uma recorrente sensação de liberdade e leveza ao meu corpo.

Abaixo-me sobre os joelhos, dobrando lentamente minha vestimenta de tecido macio com o apoio do chão, e o deixando próximo ao baú. Assim que o faço, viro-me para a aura e caminho até ela, em passos descalços que não sentem chão algum abaixo deles.

Toco a mesma, que lentamente envolve minha mão e timidamente se espalha em torno do meu braço. Avanço mais um passo, e a aura devagar cresce, abraçando meu corpo o atraindo para seu interior.

Sou levemente erguida pela aura, que agora me envolve por inteira, e graças a ela estou flutuando em meio ao meu dormitório, sentindo seu calor pedindo permissão para entrar em meu corpo e restabelecer minhas energias.

Fecho meus olhos e, abrindo bem minhas asas, concedo a permissão.

E em meio ao silêncio, o calor penetra meu corpo, e sinto minhas forças sendo renovadas.

*****

Meus pés descalços não encontram o chão, entretanto, conforme a aura afasta vagarosamente de mim, libertando-me do contínuo calor que a mesma emana, fico de pé como se houvesse um chão abaixo de mim.

Abro bem minhas asas ao mesmo tempo que estico meus braços acima da cabeça.

Estou completamente recuperada.

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