Capítulo 45

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6172 Palavras

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6172 Palavras

Respirar se tornou cada vez mais difícil com o passar do tempo a ponto que o faço com o máximo de cautela, estou tremendo de dores, o calor cresce dentro de mim a ponto do meu corpo inteiro estar suando sem parar, e cada vez algo está maior em mim.

Sei que deixamos o submundo não faz muito tempo, mas estou tão fraca que mal consegui prestar atenção no caminho que fizemos desde que entramos no carro, não consigo deixar meus olhos abertos. Nick está dirigindo, mas sequer sei onde estamos.

- Chegamos Mika... – Ouço Nick dizer, mas mal consigo me mover.

Tudo que posso é tentar enxergar algo em volta, e encontro apenas algo rápido se movendo para perto do carro. – O que aconteceu com ela Nick? – Consigo escutar a voz de Klauss.

- Eu não sei, a senhorita Raika fez alguma coisa... – As vozes, antes abafadas, se tornaram mais claras para mim. Com esforço tento olhar ao lado, vendo a porta do carro aberta – Ela falou de uma punição, e a Mika está assim agora.

Enxergo uma figura de branco se aproximar de mim, e mesmo com minha visão embaçada, reconheço essa presença – Klauss... – Sussurro fraca.

- Está queimando de febre. – Sua voz soa baixa, mas consigo ouví-lo, e me sinto erguida devagar para fora do carro – Vou levá-la para dentro, precisamos baixar essa febre.

Tudo ao meu redor passa muito rápido, não estou certa do que está acontecendo, apenas sei que estou em casa. Isso me traz a esperança de que tudo vai passar logo, mas não somente isso, existe uma vontade em mim, algo surgindo do mais profundo do meu ser que não compreendo, mas incendeia meu peito.

- O que houve com ela? – Ouço uma voz feminina distante, mas que também reconheço. Layla.

- Nick disse que foi uma punição. – Klauss responde apressado, e sinto meu corpo sacudindo por um movimento apressado – Mas punição pelo que?

- Punição? Eu vou agora tirar essa história a limpo com ele! – A voz irritada de Layla se afasta, e aos poucos tudo fica em silêncio, apenas sei que continuo sendo levada a algum lugar.

Sou colocada no chão devagar, e Klauss utiliza seu corpo como apoio para que eu consiga me manter de pé. – Tem alguma coisa errada... – O ouço dizer.

- Mamãe? – Ouço a voz distante de Mel, e com meu máximo, consigo olhar para ela, e encontro seu rosto assustado para mim, mas uma onda de dor me faz desviar o olhar.

- A Mika não está muito bem, filha. – Klauss explica com cautela – Eu vou cuidar dela, logo a mamãe estará melhor. Eu prometo.

Não sei se Mel permanece junto de nós ou se afasta, mas de repente sinto minhas roupas sendo retiradas às pressas, e então sinto algo gelado caindo sobre minha cabeça e escorrendo através do meu corpo, causando arrepios que me percorrem sem parar.

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