Distante dos olhos dos humanos, o anjo cumpriu seu papel. Sempre que seu trabalho foi feito, os humanos se encantavam, mas nunca o encontravam.
Por diversos anos, ele os observou, mas nunca se aproximou.
Mas a curiosidade o instigou, e assim ele vo...
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7178 Palavras
Mantenho meus olhos atentos no mapa que aparece na pequena tela, e vou dirigindo devagar até o ponto de encontro com o grupo dos onze.
Aquele ponto quadriculado no mapa deve ser o local do encontro. Deve ser, estou indo na direção dele, então estou perto. Esse mapa do carro ajudou muito, ainda não entendi direito como ele funciona, mas facilita muito não ter que ficar procurando.
Ainda mais agora de noite, que é difícil enxergar muito longe sem tanta iluminação ao redor.
Somente espero não chegar muito tarde.
Olho ao redor, percebendo como essa parte do distrito é muito estranha. Não tem tantas luzes aqui, e os locais parecem muito antigos, me dão uma sensação muito estranha, além de uma certa insegurança do que pode estar a espreita.
Chego ao local marcado, e respirando fundo, desligo o carro e saio, olhando ao redor por algumas vezes.
Tudo está muito quieto. Não vejo pessoas próximas, nem nada mais que um barulho estranho dentro de alguns arbustos mais próximos. Mas tenho certeza, é aqui.
A energia nesse lugar é estranha. Lembra o distrito do artesanato, mas a energia daqui é um pouco mais densa fria, e muito desconfortável.
Abraço a mim mesma como se isso ajudasse a diminuir essas sensações ao menos um pouco, mas não consigo. Nesse momento, sinto falta do calor da graça de Klauss. Com certeza me sentiria muito mais confortável com ele por perto.
E pensando nele... Me sinto um pouco mal de sair no meio da noite sem avisá-lo, mas precisava vir para cumprir meu trabalho. Se não viesse, não sei se teria outra chance para encontrar o grupo.
E quando fui sair, percebi que Klauss não estava, e essa era a chance perfeita para sair e vir encontra o grupo. Espero que o Klauss não fique bravo se souber o que vim fazer...
Não quero que ele me veja como inimiga, e me sentiria horrível se isso acontecer. Gosto do olhar dele para mim, da forma como ele me trata e cuida de mim, e não quero receber o mesmo olhar da noite que nos vimos pela primeira vez.
Já me decidi... Vou manter isso em segredo.
Estou para começar a procurar, percebo que um dos locais próximos tem alguma iluminação presente em seu interior. Existe alguma coisa tapando as janelas, mas isso não impediu que um pouco de luz ficasse a mostra. Sem demora, vou na direção desse lugar.
Passo por um portão de grades de metal retorcido, e vou reparando ao redor. A vegetação daqui é muito alta e ainda por cima, tem muita coisa velha espalhada por todos os lados. São placas de madeira empilhadas, estranhos pedaços finos de metal, latas grandes e algumas caixas largadas.
Esse lugar passa uma impressão de não ser visitado por ninguém a muito tempo, mas pelas luzes que vejo ao me aproximar cada vez mais, sei que as aparências não condizem com a realidade.
