Capítulo 18

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5738 Palavras

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5738 Palavras

Passo meus olhos atentos pela página do meu livro, me permitindo desfrutar dessa história que tem me entretido bem mais do que havia imaginado. Não é comum que eu leia de forma tão lenta, mas essa história tem sido tão agradável que não tenho vontade de apressar seu final.

Meus olhos erguem-se as luzes da cidade, que neste instante repousa tranquilamente em meio a essa noite fria de hoje. Tudo tem estado bem calmo, e isso é agradável.

Respiro fundo fechando o livro ao chegar ao final de mais um capítulo, e caminho de volta para dentro da casa, encostando a porta da cozinha atrás de mim devagar, não causando muito ruído.

Observo a caixa de pizza e a garrafa de refrigerante, ambas vazias, junto de um par de pratos e copos sobre a mesa da cozinha, formando uma pequena bagunça tão incomum nesse lugar.

Atravesso a cozinha em passos leves e entrando na sala, vejo seu pequeno corpo deitado no sofá, bem enrolado no pesado cobertor que trouxe.

Aproximo-me devagar, observando Mika mergulhada em um sono tranquilo.

Escuto o ressoar baixo de sua respiração suave, e o semblante tão leve que está presente em seu rosto. Me espanto como um ser do submundo consegue ter um sono tão sereno.

Por alguns instantes, permaneço a observando, atento a algo que nem eu mesmo sei. E olhando agora, é difícil acreditar que Mika seja do submundo... Ousaria dizer que ela é um anjo.

Com cuidado para não acordá-la, abaixo-me ao seu lado e passo os braços por baixo de seu pequeno corpo, a erguendo devagar e faço meu caminho até a escada, subindo em passos silenciosos até um dos quartos.

Ao chegar ao andar superior, atravesso o corredor até o segundo quarto, onde entro devagar no cômodo escuro e sigo até a cama, deitando Mika com certo cuidado.

Assim que a deixo sobre a cama, observo Mika se ajeitando devagar, virando de lado na cama e se mantendo bem encolhida. Pego a coberta e ajeito bem em torno de seu corpo, de forma que tenho certeza de que ela não terá problemas com frio durante a noite.

Me permito analisar os traços de seu rosto nesse curto instante, e isso me faz recordar de como estava seu olhar mais cedo. Era pouco, mas pareciam diferentes de quando a vi antes.

Seu olhar estava mais afiado, e até mesmo um pouco mais selvagem. Sua forma de falar até me aparentou estar mais carregada do que das duas primeiras vezes que a vi.

Sem falar que seu cabelo, antes dourado, agora apresenta algumas pequenas mechas em tons de cobre. Uma diferença pequena, mas para mim, perceptível.

Ainda assim, decido deixar esse detalhe de lado, somente por esse momento, e com isso permaneço abaixado ao lado da cama, observando seu rosto e cada pequeno detalhe.

Levanto e me afasto devagar, encostando no batente da porta, cruzo meus braços e torno a olhá-la. Minha atenção continua sendo atraída a ela, e não tenho total certeza do porquê disso.

Aurora de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora