Capítulo 38

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5619 Palavras

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5619 Palavras

Sinto meu corpo inteiro doer, e meus olhos pesam como nunca, de forma que é difícil abri-los.

Estou em um lugar estranhamente confortável, e também bem silencioso, apesar que ao longe escuto um ruído estranho que não sei identificar. Ao abrir meus olhos me encontro deitada em uma cama em meio a um quarto escuro, pouco iluminado pelas minhas asas. Será que tudo foi um sonho?

Tento me sentar, mas várias pontadas de dor me atingem a ponto de meu corpo fraquejar e eu não ter sucesso algum. Conseguir me levantar se mostra uma tarefa muito mais difícil do que eu esperava.

Resmungando com a dor, vou me erguendo aos poucos até conseguir ficar sentada, com as pernas postas para fora da cama, começo a me espreguiçar demoradamente mas logo me arrependo disso, pois meu corpo inteiro reclama em pontadas seguidas de dor.

Gemendo baixinho e sentindo meu corpo tremer, logo corro meus olhos ao redor por alguns segundos, observando os detalhes graças a luminosidade emanada pelas minhas asas. Não conheço esse lugar.

Com algum cansaço ainda em mim e me acostumando às várias dores em meu corpo, me levanto e sigo para fora do quarto em passos arrastados, querendo descobrir que lugar é esse.

Abro a porta que emite um rangido baixo, e me deparo com um corredor não muito longo. De um lado tem apenas algumas portas, do outro o corredor parece levar a algum cômodo, onde consigo ouvir alguns barulhos.

Intrigada e querendo saber onde estou, avanço pelo corredor, passando por uma sala vazia com poucos móveis. Noto uma porta aberta que leva a um ambiente mais iluminado, e também, é de onde vem os barulhos se antes.

Entro em passos lentos percebendo se tratar de uma cozinha, e sinto um aroma agradável de café no ar. Existe uma mesa disposta bem ao centro da cozinha, com algumas coisas postas para o que parece ser um café da manhã, sendo essas um bolo já com uma fatia tenso sido cortada, uma jarra que parece estar o café e uma caixa de leite.

Do lado oposto da mesa, parado ao lado da porta e olhando para algo fora dessa casa, vejo um rapaz com traços bem jovens que parece ser um pouco mais alto que eu de pele bem clara, um cabelo negro amarrado sobre a cabeça com alguns fios soltos pela testa, e um olhar esmeralda que me parece muito familiar.

Quanto mais olho para ele, mais o acho muito familiar, será que já o vi antes? Se vi, onde deve ter sido?

Ele beberica algo em uma xícara escura, e instintivamente recolho minhas asas, e somente nesse instante que ele percebe minha presença, aparentemente levando um leve susto a princípio.

- Ah, você acordou. – Ele diz quando o susto passa, e sua expressão suaviza, quase parecendo estar entediado. Quase. – Como está se sentindo?

Aperto os olhos por um momento, desconfiada com tudo que está acontecendo e cheia de perguntas saltando a minha mente – Dolorida... Quem é você mesmo?

Aurora de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora