12| Au Revoir

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Heyy, como estão?

As atualizações dessa semana vão até o domingo. Vou tentar atualizar bodyguard e midnight memories, porque eu sei que vão ser as próximas a finalizar.

Amo vocês, obrigada por tudo


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Quando Finneas chegou em casa naquele dia, exausto da conversa, ou melhor, da discussão que teve com a namorada, a primeira coisa que viu foi a irmã com a mãe na sala, enquanto as duas pareciam rir de alguma coisa que Maggie falava.

Por muito tempo, Finneas pensou que não veria mais a família daquela forma. Fazia alguns dias que o pai tratava Billie como antes tratava e fazia alguns dias que a mãe não tinha mais medo de ser educada e atenciosa com a filha.

Finneas não entendeu o que estava havendo nos dias anteriores, mas hoje ele sabe. Eles acreditavam em Billie.

Acreditavam que ela não havia feito nada com Debbie.

O ruivo se aproximou, podendo ouvir agora que Maggie relembrava histórias do passado.

Finneas deveria estar feliz, afinal a família estava completa mais uma vez.

Mas o peso da culpa era demais para ele. Ele não conseguia olhar para Billie, sem lembrar que um dia a traiu, que um dia teve um romance com a mulher que ela amava.

Mabel tinha razão, ele era patético e estava se enganando.

Ele tinha que acreditar que Billie havia surtado e sido a pior namorada do mundo para Debbie. Porque se essa não for a verdade, então ele é o errado da história, ele é o vilão. E ele não quer ser o errado da história.

— Finneas, querido. Venha aqui! Estou lembrando sua irmã do dia em que fomos acampar para comemorar o aniversário de doze anos dela, lembra? Lembra como tudo deu errado — Finneas assentiu, se sentando no sofá ao lado de Billie.

Ela era tão melhor do que ele.

Não era surpresa do porquê Debbie escolheu Billie primeiro. Billie sempre foi melhor.

Mesmo com o transtorno, Billie fazia de tudo para ser a melhor pessoa que ela poderia, porque ela sabia que em um momento, se ela não tomasse seus remédios, ela poderia surtar. E ela não queria ser lembrada como a Billie bipolar que era violenta e lunática.

— Eu me lembro, na verdade. No dia seguinte, a Billie começou a mostrar a bipolaridade dela — ele negou, tentando tirar a imagem da cabeça.

Geralmente, os sintomas de bipolaridade começam a aparecer na fase adulta, de vinte a vinte cinco, mas Billie começou com os sintomas no início da adolescência, o que não foi anormal, já que tem casos que a pessoa começa a mostrar os sintomas até na infância.

Não foi um dia muito legal para a família. Billie pensou que tinha sido abduzida e que toda a família era alienígenas que estavam tentando pegá-la. Foi engraçado, até que ela pegou uma faca e tentou cortar os próprios pulsos, porque segundo ela, a morte era melhor do que ser usada para experiências dos aliens.

Finneas sabia que o pai era bipolar e tomava remédio há anos. Ele sabia que a bipolaridade era genética e que tinha grandes chances dele e Billie desenvolverem também. Mas naquele momento, depois de ver a irmã chorando e gritando com alucinações, ele quis que fosse ele no lugar dela.

— Foi um ano difícil... Anos, na verdade — Billie diz, e Finneas assentiu. Demorou uns três anos para que Billie encontrasse um remédio que não fodesse com seu organismo.

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