24| Nothing

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Hey, como estão??

Capítulo pequeno, mas essa semana vou tentar lançar mais 2

Já estou em casa, então vou tentar atualizar bastante enquanto ainda estou de férias

Beijinhos, amo vocês


﹏﹏﹏﹏﹏﹏

Billie regrediu todas as suas escolhas quando a porta do seu estúdio se abriu. Ali estava quem ela menos queria ver naquele momento, mas quem ela mais precisava.

Ela não queria ver Debbie depois do fim de semana que passou com Mabel, depois de ter se aproximado de suas amigas, e passado o domingo com sua família. Billie não queria dar o gosto de Deborah achar que estava de novo em sua vida.

Mas ela estava cansada do modo como Debbie não a deixava em paz. Ela precisava fazer algo. E se Debbie não ia até Finneas para falar o que queria, Billie precisava corta-la de sua vida antes que ela destruísse o seu relacionamento com Mabel.

Depois do que acontecesse aqui, ela ficaria com a mente tranquila.

— Fiquei surpresa quando recebi sua ligação — Debbie mentiu, ela não estava surpresa.

Depois que falou com Mabel no hospital há alguns dias, ela não parou de fazer contato.

Abel estava certa, Debbie queria irritá-la. Queria trazer o pior lado de Billie para mostrar à seus pais e a Finneas que havia alguma chance de ela ter falado a verdade, mesmo todos sabendo que ela era uma grande mentirosa.

Um lado de Billie ainda sentia medo, medo de que mais uma vez, Debbie ficasse entre ela e as pessoas que ela amava.

— A mentira não combina com você, Deborah. Pode se sentar, eu não te chamei aqui para brigar e vou ser breve — Billie se sentou em uma das cadeiras da sala de espera, esperando que Debbie fizesse o mesmo.

Ela olhou ao redor, e se sentou, sorrindo.

— O que tem a dizer? Vai brigar comigo por conta de tudo o que falei para a sua namorada? Eu só falei a verdade —

— O que você fez foi crime — Billie mudou de assunto, e Debbie franziu o cenho, não entendendo — O que você fez foi crime — Billie repetiu.

— O quê? —

— Você me difamou para a minha família, disse que eu te bati, que eu abusei de você fisicamente e psicologicamente. Nada disso é verdade. Você precisa me dar um bom motivo para eu não ir a delegacia e te denunciar —

Deborah parou de sorrir.

Era um blefe. A ameaça, a denuncia.

Billie não queria fazer queixa. O pai de Debbie era um grande amigo de negócios do pai, Billie não queria atrapalhar o trabalho de Patrick agora que estavam todos bem, e também não queria trazer toda a atenção para si. Billie sabia que a partir do momento que fosse a público, as pessoas descobririam. Teriam pessoas que acreditariam em Debbie, e outras que acreditariam nela.

A reputação da sua família não seria a mesma.

Sua reputação não seria a mesma, e talvez, isso até afetaria a vida pública da namorada que não tinha nada a ver com o assunto.

Ela duvidava que tivesse coragem de ir a delegacia.

Mas Deborah não sabia disso.

Debbie a via como uma pessoa impulsiva. Deborah a via e sempre a viu como a "Billie bipolar" e não como apenas Billie.

Ela só precisava que Deborah acreditasse em suas ameaças.

— Eu só quero a chance de falar com o seu irmão. Você deve saber que sempre foi ele, então me deixe ir até ele — Deborah mudou seu sorriso sarcástico para um olhar que implorava misericórdia.

— Eu não estou te impedindo de ir até o meu irmão. Você não foi porque ainda não quis... Ou melhor, não foi porque sabe que Finneas não iria gostar de te ver na frente dele, e o mínimo que ele faria era te jogar para fora sem nenhum remorso — ela duvidava que Finneas fizesse isso com a mulher que um dia fora apaixonado.

Mas, mais uma vez. Ela esperava que Debbie caísse em seu blefe, e deixasse todos em paz.

Deborah ficou em silêncio. Ela parecia debater consigo mesmo o que daria a seguir.

Ela não poderia mais usar a mesma tática de antes, de fazer com que Billie parecesse instável, então ela precisava mudar suas ações.

— Eu só quero a chance de me desculpar com seu irmão. Eu não estou mentindo quando digo que sempre fui apaixonada por ele — sua expressão mudou para uma  feição triste.

Billie jura que consegue até ver lágrimas sendo formadas em seu rosto.

Ela não acreditava em uma só expressão que Deborah faça. Em uma só palavra que sai de sua boca.

— Então, fale com ele. Bem, tente falar com ele — Billie riu — Eu estou feliz, e o Finneas também está feliz. Ele já tem outra pessoa assim como eu tenho. Então, duvido que ele vá acreditar nas suas palavras — Deborah a olhou, duvidando de suas palavras.

Mas então, ela se ajeitou na cadeira. Era como se ela já soubesse que Finneas estava com alguém, e Billie apenas confirmou suas suspeitas.

— Eu não vou sair daqui sem falar com o Finneas — Deborah exigiu, séria.

Primeiro, Billie pensou o porquê de Debbie não ir até o irmão, o porquê de ela estar ali implorando para Billie.

Depois ela pensou que Finneas não iria nem mesmo querer olhar para a cara de Debbie.

E mesmo que Billie tenha demorado para perceber, Deborah amava Finneas, e provavelmente não queria ver o homem que ela amava furioso com ela.

— Eu não posso fazer nada por você, Debbie. Não vou, e nunca te ajudaria. Então, vá até ele, tente a sorte. Implore pelo perdão, insista em um relacionamento sem futuro. Mas não se envolva no meu namoro. Você quer conquistar meu irmão? Tudo bem, de novo, tente a sorte. Mas não faça isso me usando como apoio. Eu não quero ter nada a ver com você, e se você tentar me usar de novo, eu vou ser obrigada a fazer uma queixa contra você — Billie a ameaçou.

O sino soou, mas não foi suficiente para interromper Debbie.

Billie olhou para cima, vendo a próxima cliente entrando no estúdio. Bree as olhava com os braços cruzados e a sobrancelha arqueada.

Ela lembrou que no fim de semana, enquanto faziam a festa do pijama, Bree prometeu que apareceria no estúdio para uma nova tatuagem. Elas não marcaram um horário, mas Billie também se lembra de ter dito a ela que poderia ir em qualquer horário que ela a atenderia.

Bree não parecia muito contente ao ver Debbie ali. E Billie nem mesmo se lembra de ter ouvido algo sobre as amigas de Mabel saberem de seu passado e sua ex.

Billie queria dizer que não era o que parecia, mas dizer isso soava tão clichê e era uma frase de quem estava fazendo coisa errada.

— Acho que terminamos aqui — Deborah se levantou, segurando em sua bolsa.

— Eu já disse tudo o que eu tinha para dizer. Não me obrigue a tomar medidas mais severas — ela viu o medo no rosto de Debbie, e isso a deixou um tanto aliviada.

Billie se sentia mal por jogar toda a responsabilidade em cima do irmão, mas ela simplesmente se sentia exausta de estar no meio dos dois. Ela estava cansada de sofrer por causa deles.

Ela foi traída, enganada, rejeitada pelos pais e por muito tempo viveu sozinha por causa de Debbie. Billie não queria passar por tudo isso de novo.

Agora, Deborah seria problema de Finneas.

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