capítulo 7

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Filipe Ret 🚀

Cabelinho me convidou para almoçar na sua casa, e é claro que eu não neguei. Estamos todos sentandos na mesa conversando, eu e a Anna somos os únicos calados.

Dês da hora que eu cheguei aqui ela evita me olhar, e sempre que me olha tá com a cara fechada.

Talvez seja por ontem, por eu ter apertando o braço dela. Só que eu não tenho culpa, menina veio arrumar briga logo no meu morro. Sabendo das regras ainda, pô.

Era para ela e a irmãzinha tá toda arrebentar, só que eu não sei o que foi que deu em mim. Quando eu vi ela mandando a menina mete o pé e esticando a mão para leva o tiro. Irmão, minha atração por ela só aumentou. Mandei ela mete o pé antes que eu fizesse algo terrível com ela, papo reto. Mesmo que eu tenha ficando excitado com a coragem dela, eu poderia muito bem machucar ela ali por te passando por cima da minha ordem.

Marta: Já conversou com seu pai, Anna?- Olhei para ela vendo o desconfoto em seu olhar.

Ela mexeu com a comida em seu prato e baixou o olhar.

Anna: Não... Ainda não.- Levantou o olhar para a mulher em sua frente.

João: Você sabe que já conversamos sobre isso, Anna Estrella. Não acho certo você ainda continua naquela casa depois de tudo que você passou.- Franzi o cenho sei sabe do que ele estava falando.

A família da Anna é mais ou menos bem falada na favela. Tá sempre com una boatos deles por aí. Só que eu nunca dei moral.

Só que pelo o que eu sei, a casa ta no nome da Anna. E a mãe dela morreu na invasão que teve aqui, época mais horrível, papo reto.

Anna: Eu sei. Só que é minha casa, não posso deixa o que minha mãe me deu assim. Séria o que a vaca da minha madrasta sempre quis, e ela ser séria vitoriosa.

Marta: Eu sei, minha pequena...- Segurou sua mão- Só ficamos procurando por fica naquela casa... Com ela mulher, odeio aquela mulher!

Anna: Quem não odeia?- Eles riram e eu continuei no meu canto só na curiosidade para sabe o que essa menina já passou.

Cabelinho: Terminei, não vou lava a louça.- ser levantou e eu dei meu prato para ele que pegou deixando na pia.

Karolayne: Ah, oh se você vai lavar! - Riu debochada - Nem que eu tenha que esfregar sua cabeça nesse prato.

Cabelinho: Tenta a sorte, morena!- Bagunçou o cabelo dela que tentou bater nele.

Marta: Victor Hugo, você vai lavar a louça sim! Às meninas fizeram, eu em.

Cabelinho: Qualé mãe...

João: Trouxa...- Sorriu para o filho que fechou a cara.

Anna: Deixa que eu lavo. - Ser levantou - Karolayne fez a maioria das coisas.

Marta: Anna...- Interrompi ela.

Ret: Eu ajudo.- Me levantei e a Anna me encarou- Fazer o que o Cabelinho não faz, né.

Ele mandou dedo e eu revirei os olhos.

Karolayne: Boa sorte...- Bateu nas minha costa.

O povo saiu da cozinha e eu fiquei ali encarando a Anna que colocava tudo na pia.

Anna: Não precisa me ajudar, do conta sozinha.- Falou sem me olhar.

Ret: Sempre que eu como aqui eu ajudo na louça junto ao Cabelinho. Só que como ele viu você aqui junto com a Karolayne aproveitou. E não é certo deixa tudo pá tu, já que não comeu sozinha.

Ela ser virou para mim escutando tudo que eu falava.

Anna: Quantas personalidades você tem?- Ela cruzou os braços esperando uma resposta minha.

Ret: Como?

Anna: Ontem de amanhã tava cheio de sorrisinho pra mim, de madrugada apertou meu braço com força e quase me deu um tiro e disse para sumi e não queria olha na minha cara tão cedo. Agora tá aqui, me ajudando a lava louça como ser nada estivesse acontecido.

Sorri de lado balançando a cabeça.

Ret: O efeito da droga tava batendo, Anna. Esse o motivo de eu te ti machucando, na real mesmo, não queria isso.

Foi sincero. Não sou um cuzão de fica triscando em mulher sem permissão. Muito mesmo bater nela.

Eu tinha acabado de cheira quando me acionaram, já foi na lombra.

Anna: Isso não justifica.

Ret: Realmente. Só que todos sabem que droga faz você fazer coisas que nunca faria.

Anna: Então machucaria uma mulher.

Ret: Anna, um cara que trisca ou machucar uma mulher na corvadia nem pode ser chamando de homem, e sim um vacilão, um cuzão.

Ela não respondeu ainda me encarando.

Ret: Tem mais alguma coisa pra perguntar?- Cruzei os braços.

Anna: Porque não atirou em mim? Porque só ia atirar na Clarice?

Ri sabendo que iriam me pergunta isso.

Ret: Eu não ia só atira na Clarice, você ia te o seu logo depois de eu mete uma bala em algum lugar do corpo dela.

Anna: Você não respondeu a primeira pergunta.

Ret: Tu não quer saber.

Anna: Se eu perguntei é por que eu quero!- Cruzou os braços e eu ri.

Ret: Tu é bem chatinha, né?

Anna: Eu só quero saber o motivo de você não ter atirando em mim.

Ret: Porque a sua coragem me deixou excitado.- Dei um passo para frente e ela ergueu as sobrancelhas dando um passo para trás.- E eu tava drogado, no ódio de terem brigando na minha favela. Ainda por cima tu mandou liberar a menina. Não ia dá muito bom não...

Dei mais outro passo e ela deu um pra trás fazendo seu corpo bater com a pia.

Anna: Eu...

Ret: Eu disse que você não iria querer saber...- passei a mão na testa dela tirando o cabelo de seu rosto colocando a trás de sua orelha.

Anna: Eu não disse isso...- Ergui uma das sobrancelhas e ela sorriu de lado.

Marta: Anna!- Escutei o grito e afastei dela indo pega os pratos da mesa.

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Boa noiteeee❤️😘

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