capítulo 49

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Filipe Ret 🚀

Entrei no quarto vendo a Marcela mexendo  nas unhas. Andei a cama no sapatinho até ela senti minha presença e erguer a cabeça.

Parei de andar encarando ela que não desviava o olhar.

Marcela: Por que você tá pálido?- Franziu o cenho e eu soltei a respiração fazendo ela ri.- Que bagulho estranho. Ver o dono de um morro morrendo de nervosismo.

Ela gargalhou tirando um meio sorriso de mim.

Ret: Como você está?- Cheguei ao lado dela que pintava a unha.

Marcela: Bem. Só estou sentindo algumas dores.- Observava ela mexendo naqueles esmaltes.- E você? Como está?

Ret: Normal.- Sentei na beirada da cama e ela deixou os esmaltes de lado ser ajeitando na cama. Encarei seu rosto vendo que ainda tinha hematomas.- Desculpa...

Marcela: Ret.

Ret: Desculpa não te percebido que você estava o tempo todo na minha frente. Por não te ti ajudando. Por não ter conseguido te livrar daquele pau no cú! Por não ir atrás de você quando eu tinha chance. Me desculpa por te ti abandonando, Marcela... Papo reto, nunca quis que nada disso estivesse acontecendo. Eu deveria te indo atrás de você quando te levaram de mim...

Marcela: Isso não é culpa sua, Ret. Isso não é culpa de ninguém a não ser de mim que tinha todas as chances possíveis de pedir ajuda. Só que isso já passou, eu estou bem! Meu filho está bem. E isso que importa. Estamos livres...- Sorriu e eu vi as lágrimas descendo.

Olhei para a barriga dela que tinha uma ondinha.

Ret: Quando você nasceu foi uma alegria e tanto para todos nós. Nosso pai tava todo bobo, nossa mãe tava adorando a ideia de ser mãe de menina. Eu... Eu tava surtado só de sabe que os menininhos ia brincar contigo.- Ri - Até que o dia tiram tudo que eu mais amava... Me tiram vocês... Você tinha acabado de nascer, e teve uma invasão no morro que acabou com a vida de várias pessoas. Cinco dias de puro inferno. Quando tudo acabou nosso tio ficou no comando até eu completa dezoito anos. Foi aí que eu comecei a procurar você, todos esses anos sem notícias e pistas. Eu matei todos que tinham acabando com minha vida. Que mataram nossa mãe, que matou nosso pai. Que tinha levado você. Até que te acharam... Marcela, tudo isso que você passou... Você não mereceu nada disso, isso tudo é culpa minha. Eu não deveria ter saído do seu lado, ter protegido a todo custo. E só de saber que todo esses anos você passou nas mãos desse canalha me tá um ódio do caralho!

Marcela: Você não tem culpa de nada. Você era só uma criança, certo...?- Fitei ela que chorava- Só que isso não importa agora, o que importa é que a gente está juntos agora. Só me promete que não vai me abandona nunca mais... Não saí do meu lado.

Meu olho ardeu e eu puxei ela para um abraço que chorava como uma criança.

Ret: Nunca mais... Nunca mais vou solta tua mão. Eu não vou deixa ninguém, ninguém te machucar. Não vou deixar ninguém machucar vocês!

Beijei sua testa escutando ela funga.

(...)

PK: Aí chefe, tá tudo certo. Pista tá limpa já.- Concordei e ele saiu do quarto.

Ret: Pista já tá limpa, Cabelinho.- Ele me olhou e balacou a cabeça.- Vão fica?

Anna: Sim. Não vou deixa elas sozinhas.

Ret: Qualquer coisa acionar.- Ela concordou beijando minha bochecha. Segurei sua cintura e dei um selinho nela.- Carlão, Gaguinho e PK vão tá aqui pra caso vocês precisem de algo.

Anna: Sabe que não precisa disso tudo, né?- Beijei sua testa.

Ret: Precisa sim.- Cabelinho me chamou e eu olhei para a Marcela indo até ela.- Ser cuida, pô.

Fiz toque com ela beijando sua testa. Fiz toque com a karolayne que comia sem da atenção pra ninguém.

Olhei para Anna que acenou e eu saí do quarto junto com o Cabelinho. Ele apertou o botão do elevador e a porta foi aberta.

Entramos e eu fitei o chão. Coloquei as mãos no bolso da calça e o Cabelinho apertou o botão do térreo.

Cabelinho: Qual a sensação?

Ret: Estranha... Só que boa de saber que depois de anos eu achei ela.- Olhei para ele que riu.

Cabelinho: Fico feliz. Depois de anos nós tá com ela aqui pô. Tamo completo.- Sorri para ele que me abraçou de lado e a porta abriu e ela saiu primeiro.- Isso vale uma corridinha até o morro?

Saímos do hospital indo até as motos.

Ret: Quanto?- subi na moto colocando o capacete.

Cabelinho: 10k.- Concordei e ele ligou a moto já saindo.

Sempre trapaceando. Otário!

Saí atrás dele que desviava de todos os carros.

Empinei a moto quando o ultrapassei, abaixei a moto olhando pelo retrovisor vendo que ele tinha sumindo.

Ret: Desgraçado!- Acelerei mais a moto passando o semáforo que estava no vermelho.

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Boom diaaaa❤️

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