capítulo 24

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Anna Estrella 🫀

Saí do prédio com a mochila nas costas e fui para o ponto de ônibus. Hoje foi o pior dia de todos.

Henrique está sendo um pau no cú do caralho! Minha vida já estava uma merda, agora vem isso. O ônibus chegou e eu entrei. Depois de uma hora e pouquinho eu cheguei no morro. A chuva já tinha parado, e por ser um domingo à noite, claro que iria tá lotado de gente na rua.


Minha cabeça tava quase para estourar, ainda tinha esse morro todinho para subir.

Cheguei nos meninos do mototaxi e subi com um moreninho. Paguei ele e logo entrei dentro de casa.

Vi várias malas no chão e ergui a sobrancelha. Logo a Clarice apareceu e a Marinalva.

Anna: Meu Deus! Isso é um sonho, vocês estão indo embora graças a Deus!- Levantei a mão vendo elas me olharem sem ânimo.

Fábio: Para de graça, só vamos viajar.- Falou calmo e eu ergui a sobrancelha - Viagem em família, falei para você mês passado.

Anna: Ah. Eu esqueci, que pena não vai ter como eu ir.

Clarice: Que bom...

Anna: Vocês vão levar ela né?- Apontei para a minha irmãzinha querida - Porque ser deixarem ela não vai dá legal. Capaz de eu mesma a mata.

Fábio: Para de fala merda!- ficou irritado- A gente volta daqui quinze dias, não quero nada de bagunça aqui me casa. Já sabe das regras.- Ele pegou a malas e eu ri.

Quinze dias de paz. Que maravilha!

Marinalva: Não quero festas aqui em casa. Muito menos aqueles seus amiguinhos de merda.- Ela falou depois do meu pai sair de casa junto a filhinha dele.

Anna: Pode deixar, madrasta. Eu sei cuidar da minha própria casa.- Sorri para ela que fechou a cara saindo, bateu a porta e eu me joguei no sofá.

Pelo mesmo teve uma notícia boa.

(...)

Primeiro dia...

Acordei com alguém batendo no meu portão e eu resmuguei. Levantei puta saindo do quarto arrumando meu cabelo.

Destranquei a porta passando por ela e andei até o portão. Abri vendo a karolayne e revirei os olhos me virando.

Karolayne: Que animo por me ver.- Escutei o portão sendo fechado.

Anna: Uma hora dessa tu batendo no portão dos outros.- Falei me jogando no sofá.

Karolayne: Meu amor, segunda-feira e hora de você fica dormindo as três da tarde?

Anna: Sim! Não tenho nada para fazer mesmo. Inclusive, não era para você tá na faculdade?

Karolayne: Tranquei.- Encarei ela supresa.- Faz dias.... Meus pais estão putos, Cabelinho pior ainda.

Anna: Como assim? Você não me falou nada.

Karolayne: Eu não falei para ninguém, só o PK sabia. Tava com medo da reação de vocês. Você foi a única que não me xingou toda.

Anna: Não tenho esse direito, até por que nem faculdade eu fiz. Mas porque trancou?

Karolayne: Esse não é meu roby, Anna. Você sabe que meu sono sempre foi construir minha própria marca de biquínis. Imagina, uma loja com meu nome com os melhores biquínis, sendo conhecindo pelo o mundo todo.- Karolayne ela costura, principalmente biquínis.

Esse é a calmaria dela vamos dizer.

Anna: Então por que não faz isso?

Karolayne: Meus pais não aceitaram muito bem, não quero decepcionar eles...

Anna: Ué? Já tá trancando mesmo, vai segui seu sonho. Se não de certo você volta a fazer faculdade.

Karolayne: Não sei...

Anna: Conversar com seus pais, pode ter certeza que mesmo assim eles vão ter apoia.

Karolayne: Marta tá surtando com seu sumiço, disse que se você não aparece vai ter mata.- Riu negando.

Anna: Marta sendo Marta. - a concordou- Bora lá, só vou me ajeitar.

(...)

Já está escuro e eu estou assistindo novela com a tia Marta e a vaca da karolayne. Já tá ficando tarde e eu preciso ir para casa. Já que amanhã tenho que sair cedo. A porta foi aberta e o tio passou por ela, falou com todos nós e logo eu vi que o Cabelinho e o Ret que estavam com ele.


Cabelinho: Pega lá em cima e já volto.- Falou com Ret que concordou.

Ele falou com nós e eu fiquei olhando para ele que conversar com a tia Marta.

Me levantei vendo o Cabelinho desce e entregar um envelope para ele.

Anna: Vou nessa, amanhã vou sair cedo e já tá ficando tarde.- Beijei a testa da tia Marta.

Marta: Mais já? Porque não dorme aqui?

Anna: Até que poderia, só que amanhã tenho que ir no centro. Resolver algumas coisas.

Karolayne: Vai que horas?

Anna: Umas oito.

Karolayne: Ah, até iria contigo.- Revirei os olhos e ela riu.

Anna: Beijo para vocês. Fala para o tio que amo ele.- Olhei para o Cabelinho que estava trás do sofá, balacei a cabeça para ele e saí me despendido do povo.

Cheguei do lado de fora e vi o Ret com os braços cruzandos apoiado na moto.

Ret: Caroninha?

Anna: Ué? Não foi você que disse para não me acostumar?

Ret: Cadê meu beijo?- Revirei os olhos indo até ele que segurou minha cintura.

Anna: Olhado assim até parece que temos algo.

Ret: Não temos, só que ser você disse bora eu boro.

Anna: Meu Deus, Ret!- ele riu me dando um selinho- Isso tá muito estranho...

Ret: Estranho por que?

Anna: sei lá...

Ret: sobe aí, deixo você em casa.

Ele subiu na moto e eu logo em seguida.

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