capítulo 62

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Anna estrella 🫀

Acordei com as meninas conversando. Abri meus olhos vendo elas sentadas na ponta da cama com uma bandeja no meio delas.

Anna: O que é isso?- Me sentei na cama encostando as costas na cabeceira. Arrumei o lençol e encarei a bandeja que possuía um prato com um corpo e vários doces.

Karolayne: São três horas da tarde. Achamos que não seria legal que você não ser alimentasse.

Ela pegou o prato me entregando. Sorri para elas.

Anna: Realmente. Estou morrendo de fome.- Comecei a comer enquanto conversa com elas. Respondi várias perguntas, e contei para elas como foi esses últimos dias.

De qualquer forma, não foi tão ruim assim. Eles não me maltrataram, me agrediram ou algo do tipo. Tudo ali está calmo de mais.

O que é de ser estranha. Só tinha vezes que eu passava um dia sem comer ou beber água. Esse era meu "castigo" por não dizer o que eles queriam.

Para quem nasceu na favela, sabe muito bem que ser abri a boca será cobrado. Não importa onde você estiver, você vai ser cobrado.

E eu não me considero uma x9, óbvio que eu não iria abri minha boca para fuder com minha favela.

Minha perna está ardendo e doendo muito, quando está correndo naquele mato no escuro. Eu me cortei na cerca que tinha lá. Pelo a adrenalina e o sangue fervendo na hora, nem senti dor. Fui senti quando cheguei na BR e estava passando vários carros.

Só sei que corri muito, muito mesmo. Não parei para nada. Só que estava perdendo as forças e foi aí que um dos meninos do Filipe me achou.

Alguém bateu na porta e todas nós viramos o  rosto em direção a ela. Meu coração começou a bater mais forte já tendo ideia de quem possa ser.

Marcela: Pode entrar!- Logo após de Marcela dizer, a porta foi aberta.

Meu olha caiu sobre seu corpo. Ele estava todo de preto, com uma corrente prata e vários anéis.

Ret entrou no quarto com as mãos no bolso e me olhou.

Ret: Posso bater um papo contigo?- Meu corpo estremeceu na hora. Olhei para as meninas que ser levantaram.

Marcela: Qualquer coisa vamos está lá fora.

Karolayne: Come tudo!- Apontou para mim e eu ri concordando.

Elas saíram fechando a porta e eu voltei a come sentido o olha do Ret em mim.

Anna; Não me olha tanto assim... Acabei de acordar.- falei ficando um pouco sem jeito. Ret me deixa sem jeito e isso todos sabem.

Ret: Como você tá?- Ele sentou na cama e eu respirei fundo.

Anna: Só com dor na perna, nada demais. Tirando isso, estou bem.- Sorri fraco olhando para ele.

Ret: Anna...

Anna: Achei que não iria atrás de mim...- Gargalhei vendo ele me encara sério.- Tava perdendo as expectativas já.

Ret: Pode não iria atrás de você?

Anna: Não sei. Me diz você.

Ret: Óbvio que iria atrás de você. Tava naquela merda por causa de mim. Por que queriam sabe quem eu sou. Ser não estivesse ser envolvido comigo, nada disso teria acontecido.

Anna: Você tava no meio. Só que eu não acho que foi por sua causa. O delegado era meu pai... Ou é ainda. Não sei ser ele está vivo.

Dizer isso em voz alta é estranho. Nunca que eu imaginei que o Fábio não era meu pai.

Ret: Você sabe?- Encarei ele.

Anna: Pera. Você sabia?

Ret: Descobri dias atrás. Depois que a Marta me contou.

Anna: A tia Marta sabia?- Ele fez careta e eu ri.

Ret: Não deveria te tido isso...- É, não deveria.

Anna: Tá tudo bem, de qualquer forma ela vai ter que me conta.

Ret: Eles te machucaram?

Anna: Não. Não triscaram nem um dedo em mim. Porém não foi umas das melhores  experiências que eu já tive na vida.

Ret: Não deveria ter acontecido. Você sabe que a maior parte disso é da família feliz né?

Anna: Sim...- Agora da para entender o por que do Fábio fica daquele jeito depois da morte de minha mãe. Eu achava que era por causa da Marinalva, só que não. Era tudo uma farsa.

Ret: Achei que não iria te encontrar, já tá a ficando pilhadão.

Anna: Não vai ser livra tão fácil assim de mim...- Sorri de lado e ele tirou o boné passando a mão nos cabelos e colocando novamente.

Ret: Ser livra de você não está na minha lista... Pode ter certeza que essa não é o que eu quero fazer contigo.- Ergui a sobrancelha.

Anna: E o que você quer fazer comigo?- Cruzei os braços deixando o garfo no prato.

Ret: Tem várias etapas que só depende de você. Como sabe o que você decidiu, e ser for a resposta que eu quero. Eu pretendo tá no lance contigo, depois casar, ter dois filhos...- Comecei a rir vendo ele sorrindo.- Só que falando sério. Tá bem mesmo?

Anna: Já disse que sim. E nessas duas semanas, eu tive tempo de pensar. Eu sei da minha resposta, Retchê.
Eu vi seus olhos brilharem, o que fez eu me chama de doida.

Ret: Diz então.

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Boa noite ❤️

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