Não para

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Claro que ele saberia que eu o estou provocando assim que me visse, mas eu não vejo como pode acabar mal. Encarei a roupa que separei, era o que eu usaria em um dia de calor, uma saia tão curta que mais parecia uma tira de roupa, e uma regata branca, sem sutiã, Jasper sentiria meus desejos e eu duvidava que fosse necessário falar mais.

Ouvi ele desligar o chuveiro e me apressei para me vestir, correndo. Enfiei a regata para dentro da saia preta de cintura alta, e penteei os cabelos na frente do espelho apesar de geralmente evitar me encarar por medo dos meus olhos em rubi. Eu sou absurdamente linda agora, mas esses olhos nada naturais sempre me deram arrepios, até onde me lembro. Ouvi Jasper se mover no quarto de hóspedes do outro lado da casa, se vestindo, mas em breve não precisaria mais de suas roupas. Sorri maliciosa para meu eu do espelho, e ela retribuiu, quase sussurrei um boa sorte, mas não queria dar pistas para Jasper tão imediatamente. Controlei minha ansiedade e me distraí olhando o mar pela janela do quarto, está escuro e eu nem vi o dia passar, não me fez falta pelo menos, eu teria uma eternidade pela frente para aproveitar. Observei a lua cheia e as estrelas, mal podia acreditar como eu era cega quando humana, nunca tinha visto mais do que uma parcela mínima da beleza do mundo. Sorri satisfeita com tudo ao meu redor, o clima, o cheiro do mar, os sons dos grilos cantando ao redor da casa. Respirei fundo sentindo o ar rodopiar em meus pulmões, e me concentrei em meu plano principal, evitando pensar que provavelmente Alice veria isso. Jasper suspirou, na sala, parece calmo. Ótimo.

Eu não consigo mais andar na lerdeza humana, é surpreendentemente irritante, não faço ideia de como Jasper aguentara me acompanhar por tanto tempo, então corri para sala, parando na porta. Jasper levantou os olhos do livro aberto em seu colo e, por incrível que pareça, estamos combinando, ele veste uma camisa branca de gola larga, que dá pra ver parte do seu peito e toda clavícula, todas suas cicatrizes expostas, veste uma calça preta jeans um pouco folgada. Ele está sentado em uma poltrona perto das janelas e o vento balança as cortinas brancas ao seu redor lhe dando um ar mais angelical possível. Seu cheiro chegou a mim muito bem vindo, vi que ele conteve um sorriso e voltou a baixar o olhar para seu livro, os cachos molhados escondendo seu olhar.

Andei devagar perto da prateleira de livros lhe encarando descaradamente, pensando em como no começo dessa loucura eu achava a casa pequena demais para nós dois, agora ela ainda parecia, mas dessa vez não de um jeito incômodo. Quanto mais perto ele estiver, melhor.

Ele sorriu, olhando o livro, mas eu sei que não está mais lendo, sente meu olhar sobre si. Encostei as costas na prateleira com o máximo de delicadeza que consegui e o observei, confortável. Ele me olhou de novo, mas não esperava que eu dissesse nada, só queria me ver. Deixei ele me analisar mais abertamente, me mediu de cima a baixo, me devorando. Balancei o quadril e me virei de costas para ele, satisfeita com sua atenção, fingi ir pegar um livro na prateleira mais alta, ficando nas pontas dos pés, erguendo o braço e sentindo o que eu queria que acontecesse: minha saia já curta, subindo mais um pouco. Jasper fechou o livro e em menos de um segundo estava com uma mão nas minhas costas, me apoiando. Deixei a malícia dominar de vez meus pensamentos e minhas emoções, quero que Jasper sinta o que eu sinto, quero que isto molde todo o clima tenso ao nosso redor, como uma bolha, quente e gostosa.

FOR ME, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora