Festa na piscina

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Eu estou deitada lendo um livro, a cabeça no colo de Jasper enquanto ele assiste a um filme de ação qualquer com o volume baixo. Minhas pernas pendem para fora do pequeno sofá e eu me perco nas palavras e páginas, incapaz de ler aquilo mais devagar, faz muito sol do lado de fora, o que nos resume a um dia presos no quarto da pousada.

Está calor, frio? Eu não sei.

Jasper passa a mão em meus cabelos e eu relaxo. Coloco o livro aberto em meu peito e fecho os olhos.

As vezes eu queria sentir cansaço.

De ser humana, o que eu mais sinto falta é a capacidade de dormir. Desligar a mente por horas a fio, relaxar todo o corpo e simplesmente apagar em uma cama quente e confortável.

Jasper me faz esse favor, nesses momentos bons e impertubáveis de paz. Ele me passa a sensação de conforto, é relaxante e eu sinto que com ele eu seria capaz de dormir.

Ele é a droga que me anestesia.

Com ele, eu me sinto em um dia de praia, eu fico pensando. Ou melhor, dia de piscina. Eu estou na água, o sol não está torrando minha pele porque ainda não passou das dez, mas está calor o suficiente para que justifique eu estar na água.

Eu estou deitada na boia, meus pés e minhas mãos estão brincando com a água, e eu sei que não vou afundar, só por isso a água é tão boa.

Os pensamentos ruins vem, hora ou outra, não importa o quanto eu bloqueie. Como pessoas pulando na piscina e a água respinga no meu rosto de maneira incômoda. As vezes vem tanta que eu tenho a sensação de que eu vou me afogar.

Eles sempre estão lá, coisas simples me lembram de coisas simples, e se eu pensar demais, eles se complicam e estragam a coisa simples do princípio.

Jasper é minha boia. Ele me mantém fora de perigo, longe do risco de afogamento. As vezes eu realmente não sei o que faria sem a sua calma e resistência.

Porque, se eu encaro demais um brinquedo, eu me lembro de criança, criança me lembra Reneesme, Reneesme me lembra híbrida, híbrida me lembra desenvolvimento acelerado, desenvolvimento acelerado me lembra morte. Mais uma perda.

Quanto tempo ela tem?

Morte me lembra Rebecca, Rebecca me lembra Charlie, me lembra Renée.

Ele parou de beber?

Ela voltou a sair de casa?

Eu largo o maldito brinquedo e corro para debaixo da asa de Jasper, porque eu me sinto protegida com ele. Porque com ele eu posso não me afogar. Porque ele me ama, e cuida de mim.

Queria que ele não se desse a esse trabalho, porque eu não sei como proteger alguém que eu vejo como tão forte.

Isso é injusto.

FOR ME, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora