Tudo que é bom...

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Estávamos em Paris, França, a vista do banheiro dava-me a melhor visão possível da Torre Eifel, admirei-a deitada na banheira. Ainda era dia do lado de fora. Carros buzinavam, as pessoas falavam em francês, coisas que eu pouco entendia já que nem eu e nem Jasper insistimos muito no meu aprendizado no momento.

Ficamos ocupados em geral tentando não quebrar a cama enquanto transamos, mas o mais seguro é o chão. Jasper teve que sair da banheira para dispensar a arrumadeira pela milésima vez. No fundo, nós dois sabemos que ela só queria ver ele mais uma vez. Não podia evitar de ter uma pitada de ciúmes, mas não dá pra deixar de ficar irritada com aquela típica mudança sensual no tom de voz, segurava-me para não aparecer e o beijar, mas além de assustar a mulher com a tonalidade dos meus olhos, ninguém pode saber que eu estava aqui. Jasper pegou uma suíte presidencial, eu entrava pela janela como uma criminosa, mas era uma prevenção. O mais próximo que eu cheguei de um humano foi o Jacob e o cheiro dele nem é agradável.

Para falar a verdade, eu me sinto a amante, entrando e saindo escondido quando outra pessoa chega de surpresa. Tudo na base da paz, romance e desejo carnal.

Durante o dia curtimos um ao outro, durante a noite, curtimos a cidade. Jasper me mantém concentrada quando andamos muito perto de humanos, eu paro de respirar e pareço estar com dor quando ando, ainda está difícil para eu me mover em velocidade humana, é muito insuportável. Fico parecendo um robô.

Andava de óculos escuros, o que além do meu andar também atraía olhares indesejados. Sem sacanagem, acho que os franceses levam a moda um pouquinho a sério demais, eles não gostam dos meus óculos de jeito nenhum, confesso que parte de mim acha isso hilário. Eu ouvia os corações, as respirações de todos ao meu redor. Mesmo se todos ficassem calados ainda me sentiria num show de heavy metal. Tantos sons! O mundo sempre foi tão barulhento?

Mas eu conseguia ignorar, porque quando Jasper fala eu me sinto totalmente encantada, sorrindo feito boba ao vê-lo falar francês com tanta perfeição embora eu não entenda nada, para mim ele fala como um nativo. Várias mulheres bonitas vieram falar com ele num período muito curto de tempo quando eu estava afastada admirando a Torre ou as vitrines, todas elas do tipo modelos mesmo. Teve essa vez que Jasper estava parado pesquisando mais pontos turísticos para irmos, galerias de arte abertas de noite, essas coisas e respondendo a Esme sobre a viagem. Eu juro que só me afastei dele um minuto para admirar a paisagem, fui um pouco mais na frente, vendo um menininho interagindo com um cachorro de rua, sua mãe o censurando, ele era lindo e sorria como uma pestinha, teimando em permanecer com o cachorro que balançava o rabo para ele e se deitava, ganindo manhoso. Estava distraída com aquela cena e então uma ruiva belíssima veio desfilando até meu garoto de ouro.

Franzi a testa, irritada ao notar que direção ela tomava com tanta confiança, a névoa cinza saiu de meu corpo como se eu estivesse pegando fogo, por sorte de uma obra divina, não saiu de cima de mim embora grande parte do meu ser desejasse machucar aquela garota. Ela tocou o braço dele para chamar a atenção, Jasper já a tinha sentido ali perto, mas a estava ignorando, isso foi visível. A olhou, sem expressão alguma, distraindo-se com o celular, se afastou do toque dela enquanto ela falava com um sotaque americano sobre sabe se lá o quê. Jasper olhou ao redor e apontou um bar que tocava uma banda ao vivo, logo atrás da garota. Bati o pé me segurando para não ir até eles. Jasper recuava, provavelmente sentindo meu ciúme homicida com as investidas da ruiva, mais tarde rimos disso, mas naquele momento eu não achei nada engraçado.

FOR ME, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora