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Duas semanas depois...


Sky puxou as mangas da blusa para cobrir suas mãos devido ao frio. Uma chuva forte caía do lado de fora deixando o tempo nublado e o ar frio se espalhar por toda Bangkok. Ele espirrou e coçou o nariz logo em seguida, seus pés com meias felpudas quase não faziam barulho no chão, mas seus espirros indicavam sua chegada a cozinha.

— P'Pai... — A voz rouca e manhosa chegou aos ouvidos do moreno que cozinhava algo.

— Sky, você está doente deveria estar deitado — Prapai desligou o fogo e foi até o arquiteto que coçava os olhos feito um gatinho e abraçou a cintura do arquiteto — Sua garganta ainda dói? — Sky concordou fazendo um biquinho nos lábios — Você ainda está febril — Constatou depois de colocar a mão na testa do mais novo.

— Acaba logo, você tem que deitar comigo — Prapai sorriu concordando e deu um beijo na testa de Sky.

Sky sentiu suas bochechas aquecerem e nem era pela febre. Desde o incidente, Sky estava morando com Prapai, nos primeiros dias o arquiteto insistiu em dormir no quarto de hóspedes mas quatro dias depois o clima esfriou e só as cobertas não eram o suficiente para esquentá-lo — Seu corpo precisava de outro corpo para o aquecer — Foi um relâmpago que fez o arquiteto se esquivar até o quarto cinza do moreno, depois o barulho alto da chuva, depois um pesadelo ruim que o fez chorar e na última semana ele não dava mais desculpas para se aconchegar nos braços quentes e reconfortantes do moreno.

Sky estava doente, a mudança drástica no clima o havia deixado gripado, sua garganta doía, ele espirrava muito e seus olhos estavam pesados e seu corpo cansado devido a febre. Prapai havia se empenhado nos últimos cinco dias para cuidar do arquiteto, de manhã ele fazia um café bem reforçado e que Sky conseguisse engolir facilmente — Panquecas macias, sucos naturais de diferente sabores, mingau de arroz e leite de soja — e deixava os remédios que ele precisava tomar ao lado do café da manhã com um bilhetinho de incentivo. A cada bilhete, o coração de Sky se derretia feito manteiga e ele tentava não demonstrar, mas era impossível com os beijos carinhosos deixados na testa todos os dias.

— É sábado, vamos assistir alguma coisa depois do café e ficar de preguiça o dia inteiro? — Prapai sugeriu.

— Preciso terminar de revisar alguns papéis da exposição — Resmungou soltando um suspiro triste.

— Deixa para amanhã e... — O celular de Prapai tocou em cima da bancada.

— Atende.

Prapai suspirou e estendeu o braço pegando o celular de cima do balcão e atendendo logo um seguida.

— Oi pai — Sky prestou atenção na feição do CEO se suavizando e aos poucos um sorriso crescendo nos lábios— Ok ok! Aviso por mensagem...Plerng está em casa? Que milagre...sim pai...eu vou ver...hoje?...Ok....Tchau...Também te amo Senhor Phassakorn — Prapai desligou a chamada e deixou o celular em cima da mesa — Sky...

— O que foi?

— Vamos almoçar na casa da minha família? — Pediu fazendo uma carinha pidona que continha até mesmo um biquinho fofo com os lábios grossos.

— P'Pai... — Sky fez uma careta — Acho melhor não...

— Por favor, só duas horinhas — Prapai escondeu o rosto na curvatura do pescoço de Sky — Vamos, por favor!

— Eu estou doente — Fingiu uma tosse.

— Ok, então eu não vou — Sky afastou Prapai para olhá-lo.

Me Deixe Entrar Em Seu Coração-Prapai e SkyOnde histórias criam vida. Descubra agora