Me Deixe Entrar Em Seu Coração-Prapai e Sky

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Sky acariciou as costas amorenadas que estavam com algumas marquinhas vermelhas que começavam a arroxear. O dia estava amanhecendo quando eles finalmente decidiram parar e ir dormir, Prapai depois de tomar banho foi o primeiro a dormir nos lençóis limpinhos que Sky havia colocado. Já o arquiteto, permaneceu acordado acariciando as costas do outro que dormia de barriga para baixo.

Sky sorriu cobrindo o moreno e se levantou da cama se espreguiçando. Ia inverter os papéis, faria o café da manhã e cuidaria do moreno com todo amor que tinha. Estava decidido.

O arquiteto colocou um conjunto de moletom cinza, pegou a carteira e o celular, deixou um beijo na bochecha do outro e saiu de casa calçando os chinelos. Sky gostava da localização da casa de Prapai, ficava em um bairro nobre cercado por prédios que passava a impressão de um condomínio fechado, tinha guardas rondando o bairro 24 horas por dia e tinha todo tipo de loja que se pode pensar, desde farmácias simples até uma vinicultura de vinhos importados.

O arquiteto cumprimentou alguns vizinhos que conhecia até o caminho da mercearia. Entrou no estabelecimento sentindo um friozinho gostoso do ar-condicionado no local, pegou uma cestinha e foi às compras. Sabia que Prapai não podia extrapolar com coisas gordurosas, então faria algo leve.

Depois de comprar tudo o que precisava, Sky foi até a farmácia ao lado e comprou remédios para dor, uma pomada e band-aids para pôr nos dedos—Desenhar por muito tempo às vezes machucava seus dedos. Voltou para casa caminhando calmamente cantarolando uma música.

Entrou em casa ouvindo o silêncio de quando saiu, foi em direção a cozinha, deixou as sacolas na bancada e guardou os sorvetes que havia comprado para depois do almoço. Sky respirou fundo se alongando e logo começou a "cozinhar".

Bom, cozinhar era uma palavra muito forte para o desastre que ele estava fazendo na cozinha. Mas depois de muitos vídeos na internet e o bolo de mistura pronta não ter explodido no forno, Sky tinha um café da manhã.

Quase perdeu uns três dedos ao tentar cortar as frutas em cubinhos que ficaram tudo, menos parecidas com cubinhos bonitinhos. Mas o que tinha feito tudo valer a pena, foi os quatro sanduíches em forma de ursinho. Tinham ficado fofinhos e até mesmo conseguiu fazer um monte de corações com os tomates cereja.

Satisfeito com a sua criação, Sky montou a bandeja do café da manhã de forma fofinha e até mesmo pediu algumas flores para o jardineiro e as colocou em um pequeno vaso que ficava na cozinha. Estava tão bonitnho.

O arquiteto foi caminhando lentamente até o quarto, tomando o máximo de cuidado possível. Abriu a porta do quarto com o pé e entrou no ambiente geladinho. Sky colocou a bandeja na mesa do quarto e foi até o noivo que dormia na mesma posição.

— Amor — Tirou a franja do rosto bonito do noivo — Baby vamos acordar — Beijou a bochecha do empresário — Sua cicatriz vai doer se continuar a dormir assim — Deu outro beijo na bochecha do moreno e ele se remexeu.

— Não quero levantar — Falou baixinho de forma bem manhosa.

— Eu sei, mas você precisa comer para tomar remédio — Acariciou o rosto bonito — Eu fiz seu café da manhã — Prapai abriu os olhos devagar — Eu juro que ficou gostoso — Sorriu carinhoso achando fofo a forma como o  moreno se aconhegou a si.

Depois de muita manha, Sky conseguiu vestir um roupão no CEO e o fez levantar. Prapai parou alguns minutos em pé enquanto verbalizava todo sua dor e xingava carinhosamente o arquiteto.

— Eu vou fazer o mesmo com você e até pior! — Ameaçou fazendo uma careta de dor.

— Não fala assim, vou ficar ansioso — Provocou ajudando o moreno a sentar no sofá.