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O arquiteto encarou a luz quente alaranjada do abajur, era de madrugada e a chuva batia fortemente na janela, as cortinas cinzas estavam entreabertas e alguns feixes de luz vindo dos raios ultrapassava a cortina e batiam na parede opaca. O ar-condicionado estava ligado em 25°C e o corpo que o abraçava chegava a quase 37°C.

Sky se livrou do abraço quente bem devagar tomando cuidado para não acordar o moreno que ressonava tranquilo depois de um dia exaustivo de trabalho. O arquiteto caminhou pelo chão quente até o casaco abandonado de qualquer maneira no sofá, o vestiu rapidamente e saiu do quarto. O acastanhado caminhou até a cozinha e abriu a porta de vidro que dava para o jardim.

O ar frio lhe atingiu as pernas descobertas e o rosto, Sky se sentou no chão da varanda e ficou observando a chuva cair no gramado e empossar a grama. Sky contou mentalmente até dez tentando prestar atenção nos números e todas vez que algo lhe distraia, ele recomeçava a contagem.

— 1...2...3...4...5... — A chuva fez uma rosa se desprender do cálice e cair no chão — 1...2...3... — As pétalas se separaram — 1...2... — Uma poça se formou — 1...2...3...4... — A água engoliu as pétalas da rosa e o vermelho escuro se perdeu na poça de água.

— My love — Sky levantou o olhar para o empresário e o viu com um um cobertos e uma garrafa de whisky — Deveria ter me chamado — Sentou ao lado do arquiteto deixando a garrafa no chão — Está frio aqui fora — Cobriu os ombros do mais novo e com a outra ponta da coberta se cobriu.

— Volta a dormir, eu vou entrar daqui a pouco — Tentou sorrir, mas falhou miseravelmente.

— Eu nunca tive vontade de fumar — Tirou uma carteira de cigarros e um isqueiro do bolso e estendeu para o arquiteto que pegou rapidamente — Mas quando eu era novo, meu pai começou a fumar pelo estresse — Ajudou o arquiteto a acender o tubo branco — Eu odiava o cheiro, mas agora quando você fuma eu sei que você fica melhor, o cheiro se torna suportável — Sky riu pegando um cigarro e colocando entre os lábios.

— Por que você faz tudo por mim? — Perguntou acendendo o cigarro.

— Existem muitos motivos — Sky deitou a cabeça no ombro de Prapai — O principal é o meu amor por você, eu te amo e por você eu cometeria loucuras e assassinatos! — Sky riu soltando a fumaça.

— Eu prometo te visitar na prisão — Foi a vez de Prapai dar risada — Eu também amo você. Meu coração parece que vai explodir toda vez que você diz que me ama, me sinto a pessoa mais especial do mundo e isso me dá forças para acordar todos os dias — O acastanhado entrelaçou sua mão com a do moreno — Eu estou melhor, você está aqui e isso me conforta — Sorriu leve de forma carinhosa.

— Quer dançar comigo? — Prapai perguntou se levantando — Não pode recusar — Sky segurou a mão que era estendida para si e se levantou.

O arquiteto sorriu de lado e apagou o cigarro estendendo a mão para fora da parte coberta. O moreno o segurou no colo e correu com ele para chuva, Sky gritou ao sentir as gotas geladas baterem em seu rosto. O CEO rodou com o arquiteto no colo e sorriu ao ouvir gargalhada gostosa que o acastanhado soltou.

Prapai colocou Sky no chão e o segurou pela cintura, os corpos se colaram em um quase abraço. O arquiteto encostou a cabeça no ombro do mais velho e fechou os olhos sentindo o perfume forte e amadeirado do moreno. A chuva havia ensopado as roupas dos dois as tornando pesadas, mas não incomodava. O corpo de Prapai estava quente e Sky gostava do calor que emanava do moreno em meio a chuva gelada.

— Você nunca mais vai cair — Prapai sussurrou no ouvido do moreno —  Eu sempre vou te segurar — O acastanhado levantou o olhar e sorriu leve sentindo o coração bater forte no peito — Não importa quantas chuvas teremos que passar, eu não me importo de me molhar.

Sky amou ainda mais o homem em sua frente. Ele olhou para céu e sorriu, sua mãe estaria tão feliz quanto ele com Moon lá em cima? Esperava que sim, porque o arquiteto sentia o coração quase saltar do peito e as malditas borboletas voavam soltas em seu estômago. O amor transbordou por todos os poros do acastanhado e ele não soube se conter—As lágrimas quentes se misturaram com a chuva gelada.

— Eu não quero que me solte, eu tenho medo de andar sozinho — O empresário acariciou o rosto gelado — Eu passei amar a chuva depois que te conheci, porque eu sei que mesmo que os trovões me assustem, você vai estar comigo para me proteger. Eu amo você, amo tanto que sinto que posso morrer de tanto amor que sinto por você. No final, valeu a pena me molhar, você está comigo e...

Prapai beijou o arquiteto. A chuva aumentou e os raios rasgavam o céu escuro acima dos dois, mesmo que as gotas de chuva começassem a machucar as dermes geladas, nada importava. Eram eles. Era o momento deles.

— Você não pode morrer, porque eu não sei viver sem você!

Sky sorriu concordando.

***

Na manhã seguinte, o casal se encontrava totalmente congestionados, narizes entupidos e Prapai febril. Estavam felizes. Gripados, mas felizes.

— Mandy vai nos matar — Prapai murmurou o óbvio com a voz totalmente fanha.

— Sopa? — Estendeu o prato com o líquido quente.

— Sopa — Concordou pegando o prato — Minha cabeça dói! — O termômetro apitou e Sky o tirou de debaixo do braço — Febre?

— 38°C — Sorriu fazendo um jóia e tossindo logo em seguida — Melhor que isso, é impossível!

— Estamos bem....

— Bem mal!









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Oi galera, tudo bem?

Me perdoem por não voltar antes, estou lotada de trabalhos para fazer e muitas provas para estudar e por isso não voltei antes.

Ignorem os erros ortográficos, tive que escrever rápido e assim que história acabar, eu vou revisar.

Tenham paciência com essa jovem estudante😔

Chega de lágrimas, eu não quero saber de depressão! Prometo que tudo vai melhorar!

Bjs no coração de vocês 💜

Me Deixe Entrar Em Seu Coração-Prapai e SkyOnde histórias criam vida. Descubra agora