17 │ 𝔬 𝔠𝔬𝔯𝔭𝔬 𝔫𝔞̃𝔬 𝔰𝔞𝔟𝔢 𝔪𝔢𝔫𝔱𝔦𝔯

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"You make me feel like there's something that I never knew I wanted

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"You make me feel like there's something that I never knew I wanted."

THE NEXT BEST AMERICAN RECORD

Um segundo de mera ausência de som.

Os lábios bonitos de Kayta se entreabriram num sorriso quase imperceptível, breve, mas com uma nítida satisfação por ouvir essa frase sincera soar dos lábios dela.

- A solução para isso é bem simples.

- Que seria?

- Não tente resistir.

Ela arfou, como se aquela ideia fosse um absurdo.

- Como pode achar que isso é simples? Você é...

- Mal? – ele riu, apenas uma lufada de um ruído curto sem humor. – Por que não me conta como se sentiu? – se aproximou um pouco. – Depois que te beijei. Depois de todas as vezes em que visitei seus sonhos...

- E-eu fiquei apavorada, e...

- Mentira. – sussurrou e ela engoliu em seco, tentando compassar a respiração e ignorar o corpo perfeito cada vez mais próximo do seu.

Ela não poderia revelar a verdade – que diferente do que Raquel insinuara, ela se sentira capaz de tudo, que se ergueu e voltou a encarar a vida ao invés de passar o dia fitando o teto esperando ser atormentada pela próxima aparição.

Mas ela não estava em condições de mentir, não com toda a presença de Kayta parecendo impregnar o ar a sua volta, deixando-a atordoada, incapacitando seus pensamentos.

- Você deveria se afastar...

- É? – seu tom era provocador, baixo e tão gostoso de ouvir, enquanto ele se aproximava mais um passo. – Eu deveria?

- Sim, eu... – arfou quando sentiu o cheiro delicioso dele invadir suas narinas, e se inclinou para trás, apoiando uma das mãos na mesa, procurando uma distância que a permitisse pensar. – N-não podemos...

- Não podemos? – o ar ao redor deles parecia denso, quente, crepitante.

- Nós d-dois...

- Nós dois o que?

- Kayta, por favor...

Ele sentiu cada músculo do seu corpo tensionar quando ouviu a voz dela murmurando seu nome. Sem conseguir se conter, ergueu a mão e tocou a bochecha corada de Dahlia. Ela suspirou, sentindo-o deslizar o ponta dos dedos até o seu queixo, erguendo seu rosto.

- Diga isso de novo. – exigiu, num murmuro baixo.

- Isso o que? – ela estremeceu, arfando.

- Gosto de ouvir sua voz pronunciando meu nome. – roçou a ponta dos lábios em sua boca entreaberta. – Ficaria tão linda aos gritos, gemendo pra mim...

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora