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Notas Inicias

Dose dupla porque foi aniversário das camisetes e do Wooyo! <3

Amo vocês, minhas musas.

Gente, tô usando letra de música como título porque eu não tenho mais criatividade pra nada. Eu fui drenada. Sirvo apenas para torcer pela Seleção e pra reclamar da minha vida capitalista. Bom, pelo menos as músicas tem relação com o conteúdo. Enfim. Saudades. Espero que estejam bem e se divirtam com a minha história que aparecesse tão qual as fases da lua.

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Capítulo 20: "Não posso afogar meus demônios, eles sabem nadar. Você consegue restaurar o que foi destruído? Você consegue sentir, você consegue sentir meu coração?" — Can You Feel My Heart, Bring Me The Horizon

Dias se passaram desde a morte do estudante que era matriculado na mesma universidade que Yunho, embora ele não conhecesse. As investigações haviam tido seu início de imediato e com caráter de urgência. Pouco a pouco, as pessoas que frequentaram a festa eram convocadas para prestar depoimentos e relatar o que se lembravam daquela noite.

Bom, o que melhor Yunho sabia acerca da fatídica noite do assassinato, era que ele estava em casa esvaziando todas as garrafas de bebida alcoólica que encontrou escondidas no fundo de seu guarda-roupa. Ele possuía muitas razões para sentir-se infeliz e insatisfeito ao ponto de que tirar a própria vida soe como uma boa ideia, e um dos principais acontecimentos que o influenciaram a entrar em uma espécie de colapso cheio de comiseração, foi o fato de ter se dado conta dos sentimentos românticos que Yeosang nutria por ele.

O seu irmão adotivo, o garoto que foi criado junto consigo e esteve presente em mais de um terço significativo de sua vida.

A ideia era intragável. Yunho não gostava de reconhecer, porém ele chegou a se julgar sujo depois de assimilar a informação e constatar que Yeosang lhe via com outros olhos além dos fraternos que faria daquela relação mútua.

Então, Yunho entendeu que parte de si estava amargurada porque percebeu que existia a necessidade de ceifar o seu irmão. Pois os dois não eram, e Yunho descobriu que forçar isso apenas traria dor e mais afastamento. A sensação era de luto profundo; sua cabeça se assemelhava a um balão prestes a explodir.

Ele nunca aprovou realmente o seu hábito de afundar todos os seus problemas no fundo de um cantil com vodca ou qualquer alcoólico que estivesse sob alcance na hora da abstinência. Era vergonhoso, e jamais expôs para outras pessoas aquilo que se caracterizava como um vício e estava fugindo de seu absoluto controle.

Era estranho que ninguém nunca tivesse reparado, com exceção de alguns membros da staff da empresa que era trainee no passado. Seus pais nunca se deram conta do uso abusivo de álcool que Yunho fazia com frequência; ele estava sozinho e era incompreendido. Para todos, ele era um rapaz meigo que jamais traria discórdia para a sua família. Ele era isento de erros, ninguém ousaria cogitar o contrário ou sequer ponderar sobre o quão desumano era taxar alguém como um ser perfeito que se resumisse a uma casca que apresentava uma boa aparência, uma fala mansa e magnetizante passível de manipular.

Ele era um mentiroso da pior espécie, e se odiava por isso.

Depois de um dia inteiro preso no último memorial fúnebre dessa vez realizado pelo time de hockey por arbitral ordem do treinador porque a universidade queria se mostrar humanista de um jeito hipócrita ao ponto de adiar o evento anual de visitação que atrairia investimentos, Yunho se embriagou até perder os sentidos. Ele despertou em seu quarto nauseado, e correu para o banheiro para despejar para fora. Logo, percebeu que estava suando frio e com dificuldade de fala, a frequência cardíaca baixa, seus reflexos eram defasados e a mente confusa e dificuldade de se manter consciente embora tivesse tido forças para se arrastar até a privada, a saturação despencando durante a crise.

GOOD BOY GONE BAD | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora