✖️48 (Final parte 2/2)

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Capítulo 48: Amantes in aeternum (Parte final 2/2)

Wooyoung tinha certeza que San foi embora por sua causa.

Era claro, ele não suportaria viver ao lado de um homem que estava terminantemente preso a uma cadeira de rodas, com seus movimentos limitados e sendo dependente de um auxílio incondicional. Ele havia se tornado inútil, um invalido. Os resultados do tratamento não eram animadores, mas ainda existiam esperanças de que um dia voltaria a andar. A chance era pequena, porém não era nula.

— É claro que ele fugiu! Ele é um criminoso! — Jihyo esbravejou andando de um lado para o outro. — Sabia que iria ser condenado, sabia que iriam pegar ele, então ele sumiu! Sumiu! Como ele pode deixar a filha pequena para trás? É algo que só um desalmado como o San poderia fazer.

— Será que você consegue parar de gritar? Fazem quatro dias que não sabemos nada sobre ele, mas isso não quer dizer que ele fugir! — Soobin rebateu impaciente, observando Yeonjun incessantemente discar números de telefones. — Ele pode estar perdido, em um hospital, machucado ou qualquer coisa!

— Só uma pessoa louca fugiria assim, deixando Wooyoung para trás! O meu filho! Wooyoung é uma pessoa maravilhosa, ele merece mais do que isso — ela continuou, impassível. — Wooyoung, eu sinto muito que você tenha sido enganado por aquele oportunista!

— Mãe, porra... — Yeonjun exclamou e arremessou o celular no estofado do sofá, bufando. — Tem como você parar de agir como uma louca? Se quer ajudar, ajude! Se não quer, é só calar a boca!

Pestanejando, Jihyo engoliu em seco e sentou ao lado dele, atordoada.

— Por que não entendem que San é uma pessoa ruim?

— Ele não... fugiria — Yeonjun constatou, voltando a se concentrar no celular.

— Não? Então me diz onde é que ele está agora? — ela perguntou, sarcástica.

Em meio à uma guerra, Wooyoung estava definhando, sentindo que havia um rombo em seu peito que nada era capaz de cobrir. Sua cadeira estava encostava próxima a parede e ele se esforçava para manter sua mente distante do caos que sua vida mergulhou. Ele levava em consideração que algo ruim aconteceu com San, que estava machucado ou morto ou precisando de ajuda. Yeonjun estava ligando para todos os hospitais da cidade e ele havia espalhando a informação para todos, para que assim os outros ajudassem nas buscas.

Nenhum hospital registrou a entrada de San, assim como ele também não parou em nenhuma delegacia. Nenhum de seus amigos ouviu nada sobre ele ter planos de fugir ou tinham o nome de outra pessoa que poderia ter encorajado essa atitude. San era dedicado à família e nunca fazia nada sem contar para alguém de confiança antes. Ele deixou o celular da cabeceira da cama de seu quarto e não havia nenhuma pista de para onde ele havia ido, se foi voluntariamente ou não ou com quem.

Escutou Yeonjun e sua mãe começarem a discutir mais uma vez e então, ele cobriu os ouvidos e pressionou as pálpebras. Pensou em desaparecer, mas quando abriu os olhos isso não aconteceu, então desistiu de segurar o choro e em um instante todos os presentes tiveram a atenção absorvida por seu pranto dolorido e copioso.

Yeonjun se sentiu mal por estar promovendo um ambiente mais estressante. Não o viu se expor daquela forma desde o início do desaparecimento de Choi San. Tentou manter a cabeça no lugar visando presumir que ele havia ido para um lugar que não contou para ninguém onde era, mas que isso não significava que ele não iria voltar. Pareceu bem para Hwayoung que estava expressando cada vez mais traços de uma criança deprimida e com síndrome do coração partido, temendo todas as vezes que ia se separar dele por algumas horas, perguntando o tempo todo se o papai San ia voltar logo.

GOOD BOY GONE BAD | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora