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Capítulo 34: Jogo de xadrez

HÁ DOIS DIAS...

— Perguntei para o treinador Oh quem estava aqui há sete dias e ele quase me deu um soco — disse Wooyoung, encostando no muro nos fundos da universidade enquanto fumava um cigarro. — Eu insisti muito e ele me mostrou a lista de presença — revelou o seu celular com uma foto que tirou assim que Sehun virou de costas para advertir um jogador que estava usando a técnica errada. — Eu disse que a Jisu me pediu para checar porque faz parte de um processo do Conselho. Ela é a vice-presidente e está cuidando de tudo na ausência do Seonghwa-hyung.

Era proveitoso analisar os seguintes pressupostos: por conta da explosão, parte do CE foi destruído e, portanto, os jogadores voltaram a dividir a pista de gelo com o time de patinação artística no gelo, criando escaladas e estipulando grades para melhor organização, respeitando a disponibilidade de tempo e a janela até as competições de inverno. Em ressalva, compunham os elementos do dia que o envelope foi entregue os seguintes fatores relevantes: apenas jogadores estavam no CE, era o período da tarde e o time de hockey estava treinando. Era muito improvável que alguém de fora tivesse acesso aos vestiários sem ser notado sequer pelo treinador.

— Ele acreditou nessa ladainha? — quem perguntou foi Yunho, bebendo refrigerante. — O que estamos procurando mesmo? Você disse que... San estava sendo ameaçado por causa de uma coisa do passado... Eu só estou te ajudando porque você também sabe sobre o que o Seonghwa fez e acha que dá pra conectar um caso ao outro de algum modo para salvar os dois.

Arremessando a bituca de cigarro no chão, Wooyoung pisou com a sola do sapato e bufou.

— Vou subornar o vigilante remoto para me entregar as filmagens do Centro Esportivo do dia que o San recebeu essa pasta — decidiu incisivo, entregando um pendrive para Yunho. — Vá até o Felix e peça para ele levar o pendrive para Yang Jeongin, um amigo que mexe com engenharia de computação. Ele precisa rastrear de qual IP essas filmagens vieram, quando foram exportadas para o pendrive e por onde — instruiu detalhadamente. — Yunho, preciso que confie em mim. Eu preciso que você me ajude porque eu não vou conseguir sozinho.

Com um suspiro pesado, Yunho assentiu e agarrou o pendrive, guardando em seu bolso.

— Eu vou tentar.

— Eu espero que você consiga porque podemos estar em perigo — Wooyoung assegurou. — O CE explodiu, lembra? Eu quase morri, assim como Seonghwa, Yeosang... E também, outras pessoas morreram. Devemos consideração a elas. Se estiver tudo conectado, fica mais fácil saber quem é que está por trás de tudo.

Era assustador, mas Yunho precisava considerar que a teoria maluca de Wooyoung fazia sentido e possuía embasamento lógico. Os acontecimentos atípicos começaram poucos depois da morte de Lee Juyeon, e eles precisavam ter certeza sobre quem teria interesse em encontrar o verdadeiro assassino de Juyeon, ou se alguém novo entrou na universidade posteriormente. Essa pessoa poderia estar apenas se aproveitando do caos e usufruindo dele para aplicar os próprios interesses; Wooyoung achava que ele era sádico pra caralho.

Cumprindo com o combinado, Yunho começou a andar rapidamente até o prédio de Direito e Relações Internacionais com um frio acometendo a sua barriga como se tivesse comido gelo no café da manhã.

Ele não se sentia bem sabendo que estavam cavando o túmulo de Juyeon que estranhamente apresentava uma ligação calculada com todos os eventos que sucederam sua morte.

Wooyoung pediu a ajuda de Yunho porque, apesar de ele ser a pessoa mais alheia, era o único disponível. Três dos rapazes estavam nos limites da metrópole, não conseguiu contato com Hongjoong e Mingi, tinha problemas o suficiente para lidar. Temia que sua instabilidade prejudicasse o resultado da operação; Yeosang comentava vez ou outra o quanto o humor de Mingi oscilava durante o dia e que seus episódios explosivos eram frequentes.

GOOD BOY GONE BAD | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora