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Capítulo 24: Ninguém nunca causou tantos problemas para Wooyoung antes. E ele não estava insatisfeito tanto quanto deveria.

Wooyoung havia acabado de colocar a sola de seus calçados em sua casa. Ele passou bons minutos dentro de um carro ouvindo Soobin rir escandalosamente e pedir pela milésima vez para San repetir a história de como os dois rapazes acabaram em um Centro de Detenção Provisório.

Soobin estava acostumado com a atmosfera cinza e pesada de recintos policiais. Ele viveu inúmeros episódios envolvendo algemas e polícia porque namorava Yeonjun e Yeonjun era mentecapto com tendências criminosas e conduta questionável. O motivo mais estúpido pelo qual precisou implorar para o delegado libertar o seu namorado — quando o blefe do "Senhor, ele tem muitos problemas psicológicos e o pai dele o abandonou!" não funcionava — foi porque Yeonjun vendeu um photocard alegando que era original e limitado. Não foi culpa dele, ele não sabia que estava cometendo o crime de pirataria, já que não era fã de nenhum grupo de pop, muito menos investigou a procedência do photocard para ter certeza de sua veracidade.

Em resumo, significa que Yeonjun e a polícia possuem intimidade. A delegacia foi mais frequentada por ele do que o colégio onde estudou. Consequentemente, Soobin era experiente no assunto e ele tomou a iniciativa de contactar o escritório de advocacia da família Jung para pedir por representação judicial para o seu cunhado e o amigo/namorado dele.

— Não sei o que vai enlouquecer mais o papai — Yeonjun o seguia nos corredores da casa imensa, tagarelando. — Se é o fato de você ter ido em cana, ou se é porque você não está namorando o filho de algum milionário cheirador de pó, e sim um periférico... gostoso pra cacete.

— San não é meu namorado... ainda — Wooyoung pontuou um pouco tenso, ele não era acostumado a quebrar tantas regras em um único dia. — Eles... já... sabem?

— Quem você acha que liberou a verba para as advogadas? Sabia que cada um de nós tem uma exclusivamente? Quem estava de terno azul era sua. Papai contratou advogados para nós desde que tínhamos oito anos... É bizarro.

— Nós ficávamos sozinhos a maior parte do tempo, é claro que precisaríamos de um representante para cuidar da gente. Não estou surpreso. Você deve ter feito, ao menos, dez advogados pedirem as contas — Wooyoung retrucou.

— Eu devo ter sido o motivo para todos aqueles advogados terem de onde conseguir sustento — se gabou Yeonjun. — Então, quer dizer que a polícia acha que o San está envolvido na morte do Lee Juyeon?

A cabeça de Wooyoung latejou. Ele apertou as pálpebras e soprou um gemido de frustração, estacionando no corredor para se apoiar na parede e tomar um fôlego.

— Eles são uns idiotas... San não fez nada, estávamos juntos o tempo todo. Eu garanto que ele é inocente. Eu tenho mais motivos para matar o Juyeon do que ele — disse, exasperado.

— Você o matou?

— Não! — esbravejou. — Que pergunta idiota! Eu nem sabia que aquele merda ia estar na festa.

— Existe alguma chance do San... ter saído de perto de você por alguns minutos?

Bem, San sumiu para ir ao banheiro. O que tem de errado nisso? Não levou nem cinco minutos, e ele voltou para choramingar e encher o rosto de Wooyoung de beijinhos.

A lembrança fez Wooyoung sorrir, mas ele rapidamente se livrou do curvar frouxo e se concentrou no seu atual cenário, que era péssimo.

— Hyung — chamou e o encarou dentro dos olhos, casto. — Se insinuar mais uma vez que o meu San fez alguma coisa contra o Juyeon, eu juro que nem Deus vai me impedir de bagunçar a sua cara.

GOOD BOY GONE BAD | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora