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Capítulo 7: Coração de plástico

Choi San arrancou o cabo do aspirador da tomada e o arremessou no chão como se estivesse lidando com uma cobra peçonhenta e assustadora. Encarou Mingi com indignação ao mesmo tempo que estava grato por agora poder ouvir os próprios pensamentos, apesar de seu juízo seguir muito perturbado.

Por sua vez, Mingi parou os seus movimentos e esperou a explosão de San vir tão gradativamente quanto uma mina ativada assim que recebe algum contato e detona, levando os arredores aos ares.

— Você disse o quê!? — San exclamou com os olhos arregalados, alto para que os vizinhos da cidade de Incheon pudesse escutá-lo abrandar tamanho era o seu desgosto e incredulidade.

Suspirando audivelmente, Mingi tomou um assento na sala, propositalmente se afastando de San, o que não adiantou já que ele o seguiu imediatamente, pronto para estapeá-lo como prova de sua frustração.

— Eu vou me encontrar com o Yeosang — repetiu mais uma vez um pouco mais contido, temendo que San arremessasse algo nele. — Eu vou conversar com ele e não tem nada que você possa fazer!

— Nem fodendo! — San balançou a cabeça. — Não... É sério? O cara literalmente te humilhou e você vai... voltar correndo como um bom cachorrinho? E isso não é nem a cara dele. Yeosang não te chamaria para um encontro! Ele não fazia isso nem quando vocês namoravam.

Dois minutos depois e Mingi não abriu a boca, então San se esforçou para retomar a calma e sentar ao seu lado, para buscar uma conversa pacífica e um meio de convencê-lo de que aquilo era estupidez e perda de tempo.

— Wooyoung me ajudou com isso — confessou Mingi, sendo perturbado pelo olhar vagaroso de seu amigo. — Ele disse que Yeosang não está completamente certo sobre a decisão que tomou e que talvez fosse bom tentar falar com ele de novo e consertar as coisas.

Se San havia conseguido se recuperar ao ponto de não sofrer um ataque cardíaco, o quadro mudou completamente com a menção daquele nome. Ele levantou de novo mais agitado e exasperado, socando o ombro de Mingi.

— Tinha que ter o dedo dessa jararacuçu no meio — esbravejou, bagunçando os cabelos. — Aposto que o Yeosang nem sabe! Aposto que é mentira e ele só quer arrancar mais informações de você.

— Qual é o sentido nisso? Você mesmo já está perto dele. Você está passando pelo menos duas horas com o Jung Wooyoung, Choi San! Você acha que sua palavra vale alguma coisa agora que você mesmo foi contra ela?

— É diferente, Song Mingi! Eu estou estudando e infelizmente aquele imbecil também não é bom em matemática financeira e o tutor é o namorado dele. O que você quer que eu faça? Que eu desista e apenas reprove só porque não suporto aquele.... filho de Vecna? Eu não tenho dinheiro pra pagar por aulas extras!

Ressentido, Mingi encarou San que acabou sendo desarmado ao presenciar o quanto o outro estava arrasado. Voltou para perto dele e estapeou a própria perna, sentindo-se inquieto e ao mesmo tempo pressentindo algo ruim. Era como ver um filho indo por um caminho estreito o qual o destino é obviamente decepcionante.

— Eu sei que você gosta daquele grandíssimo cara de bunda — mordeu o lábio inferior e engoliu o seu orgulho, prosseguindo. — Mas você viu a maneira com que ele te trata e eu não acho que você mereça algo tão merda assim. Eu sou o seu amigo e quero apenas o melhor. Se estou gritando e me comportando como louco agora é porque... é porque eu realmente me preocupo muito com você — passou um dos braços pelos ombros de Mingi, que aparentava estar com mais receio agora. — Wooyoung deve ter armado tudo isso. Ele só quer me perturbar. Eu não sei o que ele pretende tentando enganar você, mas não caía nessa. Aquela gente é toda igual.

GOOD BOY GONE BAD | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora