Capítulo 46: Seis anos no Calendário Lunar
San estava entediado. Ele havia conferido todos os preparativos restantes; conferiu o número diminuto de convidados, as comidas que seriam servidas, se o espaço estava dentro dos conformes seguindo o que foi estipulado. Escutou um milhão de vezes que poderia deixar tudo nas mãos do hotel cinco estrelas que estava organizando o evento, mas ele não era capaz de se impedir de ficar tão preocupado ao ponto de ser perfeccionista e tomar nota.
Era o aniversário de trinta anos de Wooyoung.
Ele entendia que aquela festa iria reunir todas as pessoas que mais amavam e resistiram todos aqueles anos ao seu lado. Estava feliz, porque ansiou por isso e ainda mais, queria dar uma comemoração célebre assim como o seu esposo merecia.
Suspirando pesadamente, San abandonou o seu iPad mediante o olhar impaciente da garotinha pequena de traços semelhantes aos seus misturados harmonicamente com os de Wooyoung. Ele soltou uma risada e a viu bufar e cruzar os braços, exibindo o temperamento herdado de seu outro pai.
— Papai disse que ia ler o livro "A história de Ppibi" — ela reclamou com a típica bagunça infantil presente em suas frases que às vezes não faziam sentido, em vista que ela estava começando a se tornar boa com elas. — Mas cadê o papai?
Rindo, San caminhou até a criança de três anos e a agarrou em um abraço, erguendo-a em seu colo e deixando um beijinho em sua bochecha.
— Esse aqui não serve, Hwayoung-yah? — ele perguntou e esboçou uma expressão triste. — Não posso substituir o papai Woo nessa noite? Ele está um pouco ocupado no trabalho, mas vai chegar a qualquer momento.
Reflexiva sobre a proposta, a garota colocou o dedo indicador no queixo e fez um som de abelha — como aprendeu com Mingi — fingindo pensar.
— Quero esperar o papai então.
Desistindo, San aceitou a sua derrota. Ele sabia que não poderia se intrometer no hábito que foi criado por sua bebê e Wooyoung, que envolvia a leitura de livros de fantasia. Todos os dias, por mais exausto que Wooyoung estivesse, ele ia até o quarto de Hwayoung e lia um capítulo de uma história infantil que estavam acompanhando juntos. Aquele era o tempo mais propício entre pai e filha que tinha diante a sua agenda tumultuada e ambos valorizavam isso.
— Tudo bem, você pode esperar o papai. Mas eu estou um pouco entediado agora. Você não quer fazer nada comigo?
Ainda no colo, Hwayoung sorriu assim que San afastou alguns fios negros e escorridos do rosto dela, aquiescendo.
— Vamos colorir!
San checou a luz brilhante do lado de fora, evidenciando que era tarde da noite. Porém, Hwayoung não iria dormir sem a leitura do livro e San suspeitava que esse trabalho apenas era atribuído a outra pessoa. Ele se sentia um pouco enciumado, mas tentava absorver que isso se devia porque Wooyoung era muito ocupado e seu tempo em família se tornava cada vez mais escasso, Hwayoung sentia falta dele. Completava sete anos que estavam casados e sinceramente San estava ficando cada vez mais inconformado com a atenção que Wooyoung era obrigado a dar para a empresa que ele herdou.
Sacudindo a cabeça, livrou-se de seus pensamentos inoportunos. Colocou Hwayoung no chão e contou até três até começar a correr atrás dela. Os dois chegaram no quarto dela e Sana a pegou entre os braços, realizando cócegas na barriga dela usando a boca e escutando as gargalhadas sonoras preencherem a casa.
— Tio Mingi vai tá na festa do papai Woo, papai? — Hwayoung perguntou curiosa, colorindo um golfinho com giz de cera.
Estavam sentados no tapete em frente a uma mesa pequena e baixa para que pudessem usar de apoio. San coloria uma baleia. Ele viu sua filha pintar o golfinho de roxo e rosa e quase riu dela, imaginando se era daquela maneira que ela enxergava o mamífero ou se sua imaginação era vasta demais.
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GOOD BOY GONE BAD | WOOSAN
Fiksi PenggemarWooyoung, herdeiro da maior fabricante automotiva do país, vive uma vida perfeita imposta por sua família. Porém, ao descobrir as camadas sombrias da sociedade, ele conhece San, um sobrevivente de uma família destruída. Com mundos opostos, eles se u...