GOOD BOY GONE BAD | WOOSAN

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Notas Iniciais

Isso aqui é um pedido honesto para que vocês ouçam "Be With You" do ATEEZ durante alguns trechos. Vocês decidem qual, porque sinceramente acho que ela combina com esse capítulo inteiro. Inclusive, o título foi retirado da música.

TW: Menção de tentativa de suicídio, inicio marcado com negrito e finalizado também com negrito. É um trecho extremamente curto porque não vi necessidade de detalhar ou me aprofundar, mas enfim, deixarei com marcação.

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Capítulo 31: "Até você florescer como uma flor de primavera, eu estarei contigo"

Era sempre uma atividade incomum avistar Hyu Hyekyo passando pelas portas da casa da família Jung.

Wooyoung a cumprimentou formalmente, apesar de se sentir estranho por ter que conviver com a mãe de seu ex-namorado — independente da veracidade daquele relacionamento por interesse — que agia com extrema gentileza em sua presença, como se ainda o enxergasse como membro de sua família.

Seu estômago embrulhou ao avistar sua mãe, Jihyo, voltando da antesala após se despedir da mãe de Seonghwa apropriadamente e com um sorriso. As duas eram boas amigas. Era um pesadelo.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou com curiosidade, avistando duas xícaras de chá vazias na mesa de centro da sala de estar. — A senhora Hyu não vinha até aqui há um tempo...

— Querido — Jihyo ainda estava travando uma batalha contra Wooyoung, porém, ela podia ser cordial em algumas ocasiões. — A senhora Hyu veio até aqui me pedir ajuda.

— Por quê? — se espantou, sendo acometido por um pressentimento ruim. — Seonghwa... Seonghwa está bem? Ou é a Kwangjin de novo?

— Seonghwa está em apuros — virou as costas, indicando ao seu filho para segui-la até o escritório onde poderiam conversar com mais privacidade, afinal, não podiam correr o risco de algum funcionário da casa ouvir. — Ele se tornou um suspeito no caso do Lee Juyeon após a polícia receber uma dica que incrimina ele. Não é ridículo?

Definitivamente, Seonghwa foi a última pessoa que Wooyoung pensou quando cogitou na lista de possíveis suspeitos.

Jihyo fechou as portas de seu escritório e se dirigiu até o escritório.

— Dica?

— Sim, algo que serve para a polícia redirecionar suspeitas e reunir pessoas de interesse. Em casos como esse, evidentemente sempre vai existir alguém que sabe a verdade — ela pontuou com coesão. — O que você acha disso? Pessoalmente, não acredito que Seonghwa tenha feito qualquer coisa ruim. Aquele garoto é impecável e eu o adoro tanto, que sinto falta dos dias que ele vivia aqui em casa tentando te ensinar alguma coisa. Ele vai ser um grande homem de negócios. Você deveria ser inteligente e pedir pra voltar com ele porque certamente ele vai conseguir sustentar você.

Soltando uma risada sarcástica, Wooyoung concluiu que não estava surpreso com o pensamento fútil que sua mãe empregou a ele pois o considerava incapaz de dar consequência ao legado da Ssangyong. Isso não mudou. Seonghwa era visto como o filho modelo, e Wooyoung era a sombra que deveria depender de um matrimônio ou uma união estável que sustentasse sua vida de luxos, uma vez que ele não apresentava qualquer aptidão para ser um gerenciador excelente tal qual estaria à altura da diretoria da empresa de sua família.

Embora fosse o herdeiro na linha de sucessão, seus pais eram realistas em reconhecer que Wooyoung não ostentava sequer o mesmo interesse. Se ele quisesse, poderia lapidar suas habilidades e construir em seu interior um chefe-executivo que correspondesse a demanda interna e externa do império automotivo. O plano inicial era que Wooyoung assumisse um cargo alto na diretoria logo que se formasse, mas Seonghwa estaria por trás de suas decisões e das articulações estratégicas e administrativas, contudo, com o fim do relacionamento amoroso entre os dois, esse plano se dissolveu na tempestade. Por fim, o plano de anexação da Kwangjin em prol do crescimento do grupo no cenário econômico não iria se consolidar se ao menos um dos herdeiros da família Park não se mostrasse interessado e disponível.