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Ele andou até o quarto, me deixando um meigo e sincero sorriso.

Enquanto ele tomava banho eu decidi cozinhar para nós jantarmos.

Andei devagar até a cozinha, decidi que iria fazer panquecas pois fazia um bom tempo que não comia.

Assim que terminei a massa fui preparar o recheio.
Tentei fazer tudo o mais rápido possível, já estava tarde para jantar mas eu não queria dormir de barriga vazia, "cheia" por apenas bebidas alcoólicas.

Depois de rechear as panquecas, eu as coloquei em uma travessa e coloquei no forno para derreter o queijo.

No final tudo ficou pronto antes mesmo de Katsuki sair do banho. Após o jantar nós fomos dormir como um casal normal, apesar de estar ocorrendo pequenas intrigas entre nós.

(...)

Na manhã seguinte eu acordei com o som do meu celular tocando desesperadamente, ele já havia tocado três vezes nas quais eu não atendi por preguiça de levantar.

Sn - alô?

Ochaco - Sn!

Sn - to ouvindo, fala devagar.

Ochaco - descobrimos uma coisa sobre o atentado acontecido na cidade que talvez vai te interessar.

Sn - sobre o que é? - me sentei na cama e me levantei em seguida.

Ochaco - é sobre a Yuna.

Sn - ela já está morta, amiga. Não me interessa mais. - andei até o banheiro.

Ochaco - Sn, realmente é importante.

Sn - ah... Tsc, me dá uns dez minutos. Onde você tá?

Ochaco - agência de heróis do All Might.

Sn - ok, até daqui a pouco. - desliguei o telefone.

Me sentei no vaso e enquanto esvaziava minha bexiga ultra cheia, fiquei olhando pro nada pensando em nada.
Eu havia acabado de acordar então meu raciocínio estava lento, uma informação como aquela certamente me deixou "bugada".

Me limpei e levantei, dando descarga no vaso em seguida. Andei até a pia e peguei minha escova dentro do copinho em cima da pia.

Assim que terminei de escovar os dentes tomei um banho e vesti a roupa que estava usando quando cheguei ontem a noite.

Katsuki - bom dia... - falou sonolento ainda deitado na cama.

Sn - bom dia. - terminei de calçar os sapatos - Katsuki, a Uraraka me ligou dizendo que precisava me ver com urgência. Você quer ir comigo? Ou só me levar e voltar pra cá.

Katsuki - eu vou com você.

Ele se levantou e após cumprir sua rotina matinal nós saímos indo até a Agência.

Quando chegamos, Uraraka me esperava do lado de fora do prédio. Após cumprimentá-la, ela nos guiou até a sala em que eles estavam trabalhando no assunto.

Katsuki - quer deixar de suspense e ir direto ao ponto?

Ochaco - calma, tudo será explicado.

Sn - não é possível que até morta essa garota nos atormente... Ela não ta viva não, né?  - perguntei receiosa.

Katsuki - depois do seu desmaio, o resto da loja em que ela estava desabou em cima dela. Mesmo que ela tivesse viva depois do que você fez, o que eu duvido muito, ela não teria a mínima chance de sobreviver.

Sn - bom, então me diga o que houve. - olhei pra Ochaco em minha frente.

Ochaco - desde o início sabemos que a Yuna tinha fortes ligações com a Liga dos Vilões, que com o tempo evoluíram e formaram uma aliança com os oito preceitos.

Sn - uhum.

Ochaco - e esse "bolinho" de vilões mal amados estavam agindo a todo tempo com coordenações do All for One.

Katsuki - ta mas o que a outra tem a ver com isso?

Sn - ESPERA ELA FALAR!!

Katsuki - não grite comigo, mocinha!

Ochaco - vão me deixar falar ou não?!

Ficamos em silêncio prestando atenção nela e a mesma voltou a falar.

Ochaco - bom... Desde a luta entre o Deku e o All For One, nós sabemos que uma forte onda de poder e individualidades giram em torno dele. Nosso detetive tem a teoria de que a Yuna possa ser filha dele, com tudo, os poderes que apareceram nela do nada foram dados por ele.

Sn - como assim filha do All For One?!? Explica a teoria.

Ochaco - há alguns anos surgiu a foto do One com uma criança nos braços e ao lado de uma mulher no qual o rosto era irreconhecível. A foto era muito antiga, o que a tornava banal até então. Mas atrás da foto havia uma data em específico, tal batia certamente com a data de aniversário da Yuna encontrada nas fichas escolares dela.

Tanto eu quanto Katsuki estávamos boquiabertos diante a informação, mas era algo bem difícil de se acreditar.

Sn - não poderia ser uma mera coincidência?

Ochaco - ai é que tá! Nos pertences que foram tirados dela quando foi presa estavam uma foto de uma criança que ela confirmou ser a mesma quando criança. Ambas eram muito parecidas comparando uma foto a outra.

Katsuki - ainda poderia ser uma coincidência.

Ochaco - ... Os poderes dele podem ter sido passados pra ela através de um amuleto verde.

Sn - eu o transformei em nanopartículas na hora da raiva.

Ochaco - enfim, há mais evidências eu poderia passar semanas aqui listando. Mas o mais importante pra vocês saberem é que ainda estamos investigando. Vou passando informações pra você através do telefone, Sn.

Sn - oh, obrigada Ochaco.

Ochaco - por nada. Bem... Vejo vocês segunda na aula.

Sn - até mais.

Katsuki e eu saímos do prédio perplexos, era algo absurdamente absurdo de se ouvir.

Entramos no carro e ficamos alguns segundos em silêncio, decidindo o que seria feito daqui pra frente.

Katsuki - vamos passar na farmácia e arrumar um anticoncepcional fixo pra você?

Sn - ... Por mim tudo bem.

Eu não estava afim de passar pelo mesmo trauma de novo.

Ele ligou o carro e nós saímos dali em direção a farmácia. Dentre todos, escolhemos o chip pois era o mais confiável e de longa duração.

Assinamos alguns papéis e eu acompanhei a enfermeira até a sala. Ela aplicou uma anestesia no meu braço e em seguida fez um minúsculo corte onde seria adentrado o chip.

Após ela fazer o curativo eu pude sair da sala e ir de encontro ao meu namorado que me esperava sentado em uma das cadeiras com o celular nas mãos.

Katsuki - já?

Sn - uhum, vamos?

Katsuki - sim.

(...)

No dia seguinte seria domingo, nós saímos para caminhar um pouco, fomos a academia juntos e voltamos pro apartamento dele onde passamos o dia todo sozinhos, curtindo a companhia um do outro.

𝙷𝚎 𝙸𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚎 𝚃𝚘 𝙻𝚘𝚟𝚎 - 𝓚𝓪𝓽𝓼𝓾𝓴𝓲 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸Onde histórias criam vida. Descubra agora