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Abri meus olhos devagar, me acostumando com a claridade do lugar totalmente branco em que eu estava.
Minha cabeça estava pesada e a única coisa que eu escutava era o som dos aparelhos ligados.

Olhei pro lado sentindo meu corpo fraco, observando a janela aberta. Senti algo incomodar por dentro do meu nariz, assustada eu levei minha mão até meu rosto e descobri que era um aparelho respiratório, além de ter uma máquinazinha presa no meu dedo indicador.

Ah está explicado... Eu estou em um hospital.

Meus olhos estavam ardendo muito, então não exitei em escrega-los.

Uma agulha espetava as costas da minha mão esquerda, aquilo incomodava bastante.

- oh, já acordou senhorita Hinode!

Uma moça familiar entrou no quarto carregando consigo agulhas novas. Por um instante me correu a ideia de eu ainda não estar à salvo.

Sn - ...

- deixa eu me apresentar, eu sou a médica responsável por você, me chamo Susuki.

Mantive meu silêncio, ainda estava insegura sobre isso. Mas o fato de ela me ser familiar me impedia de gritar por ajuda.

Susuki - eu sou tia do Bakugo, se isso te faz confiar em mim.

Ela colocou a bandeja com seus equipamentos na cômoda ao lado da minha cama.

Por isso ela me era familiar, ela se parece com a Anaíse mas pra ter certeza achei melhor perguntar.

Sn - a senhora é mãe da Anaíse, certo?

Susuki - isso. Eu vou explicar tudo que houve com você, mas antes preciso aplicar algumas vitaminas em você. - preparou as injeções.

Sn - oh, ok!

Ela me deu exatamente CINCO injeções, eu estava por um triz de empurra-la da janela.

Após minhas cinco agulhadas e três minutos de pura tortura ela me explicou o que aconteceu.

Segundo ela eu fui sequestrada pelo meu ex namorado e a filha do prefeito, fiquei mantida num laboratório por exatos seis dias e minha família e amigos me resgataram.

Ela foi super gentil comigo, e até me trouxe uma sopa.

Susuki - coma bastante, você precisa se manter saudável. Amanhã eu já te dou alta para voltar pra casa.

Sn - deixa eu adivinhar, estou em observação no caso de piorar?

Susuki - isso aí, você é bem esperta!

Ela saiu, me deixando sozinha. Por que tenho a impressão de que ela sente um certo receio de mim?
Será que aconteceu alguma coisa durante meu coma? Eu devo ter falado alguma coisa enquanto dormia...

Falando em dormir eu me lembro daquele pesadelo infinito horrível que eu tive, o final dele foi bem estranho eu ouvia o Katsuki me chamar mas eu não o encontrava em lugar nenhum.

Foi bizarro, eu espero nunca mais viver isso de novo.

(...)

Ao decorrer da tarde várias lembranças foram me voltando com clareza. E no início da noite eu já me sentia forte novamente, estava bem disposta.

Na manhã seguinte eu acordei bem cedo, a Susuki me mudou de quarto para que eu ficasse mais à vontade e retirou as agulhas e aparelhos de mim.

Após isso ela me trouxe um pijama descente... Entre aspas porque era um pijama de sapinho.
Eu tomei um banho bem demorado e passei bastante sabonete no corpo pra ficar cheirosa.

𝙷𝚎 𝙸𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚎 𝚃𝚘 𝙻𝚘𝚟𝚎 - 𝓚𝓪𝓽𝓼𝓾𝓴𝓲 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸Onde histórias criam vida. Descubra agora