Preparativos

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O Dia chegou exatamente três horas após Izuna deixar o notebook de lado, trocar de roupas e deitar ao lado de seu marido que já estava adormecido a horas. 
 
O celular de Tobirama como sempre era pontual e escandaloso, o alarme que acordava até os mortos ecoou pelo quarto e o Senju sonolento tateou a cama, a lateral e nada, até que se viu obrigado a levantar. O aparelho estava no chão perto da porta do quarto, ele havia deixado o aparelho lá carregando
 
O casal se levantou, Izuna estava com sono mas animado para seu primeiro grande dia na USAF, mesmo sendo apenas um trabalho de algo que se assemelhava a um freelance, ou seja sem vínculo algum, mas ainda assim o garoto estava animado. Eles se levantaram, Tobirama foi tomar banho primeiro ao voltar ao quarto enrolado em uma toalha o menor não deixou de fazer elogios ao homem com o qual era casado, como sempre deixando o Senju sem graça. Isso divertia Izuna e enquanto esse foi tomar banho, o albino buscou uniforme limpo nas malas que ainda precisavam ser organizadas e depois de encontrá-lo o vestiu depois de desamassar o mesmo. Após pronto foi para a cozinha preparar um café para eles naquela cafeteira de cápsulas recém adquirida. 
 
O preparo levou o tempo suficiente para izuna chegar ali enquanto o café dele terminava de preencher o copo, o Senju entregou o café ao menor que agradeceu e tomou o mesmo, Izuna não sabia o que usar e ele olhou para si mesmo e depois para seu marido . — Está bom assim? 
 
O Senju assentiu e disse enquanto izuna girava-se para ele ver a calça preta social e camisa branca que havia escolhido para aquele dia. — Está perfeito, como sempre meu pequeno. — O menor sorriu e selou os lábios do Senju que retribuiu o selinho fazendo o gosto diferenciado do café de ambos presentes em seus lábios se chocarem, enquanto Izuna apreciava um café feito com sua cápsula preferida de cappuccino de baunilha o do Senju era de uma cápsula de café forte tradicional.  
 
Ao separar seus lábios notou que Izuna não parecia convencido de que estava realmente bem e o Senju o tranquilizou afagando os cabelos ainda soltos do marido e o trouxe mais perto. — Relaxa amor, você vai se sair bem, eu sei disso. E não se preocupe tanto com roupas você está perfeito para um dia de trabalho, mas tenho certeza que vão querer enfiar um uniforme em você quando chegar lá. — O albino riu e Izuna também. Enfim terminaram seu café da manhã e enquanto Tobirama seguiu para pegar suas coisas no quarto, incluindo o notebook que precisava retornar a USAF, Izuna foi pegar seu celular e seus documentos. 
 
Ao retornar o Senju já estava atrás do volante do carro aguardando Izuna que fez uma careta ao ver que perdeu a pequena guerra diária entre ambos para ver quem dirigia o veículo. Quando o menor entrou no banco do passageiro, o Senju exibiu um largo sorriso. — Parece que alguém está lento hoje. — Ambos riram e Izuna deu um tapa no ombro do marido e o mandou calar a boca. 
 
Logo eles deixaram seu lar e seguiram para a USAF, pelo caminho que levava pouco menos de 20 minutos para chegar e assim que o fizeram o Senju guiou Izuna até a sala do general que os recebeu, e após ser liberado depois de receber as instruções, Tobirama seguiu para seu posto e izuna ficou ali com o general, que como o Senju imaginou, disse que o menor teria de usar o uniforme da USAF para aquele trabalho. 
 
Assim que o capitão chegou ao seu posto na base da equipe de caça, Touka foi a primeira a recebê-lo ali. 
 
— Capitão. — Disse ela em continência retribuída pelo albino que foi acompanhada de um bom dia e o mesmo se seguiu com o restante dos presentes naquela área de descanso, todo o esquadrão do Senju ficaria responsável pela segurança do voo presidencial por isso estavam tão relaxados por ali, e esquadrão de outro capitão ficaria no plantão dessa vez. 
 
— Estão prontos já? — Perguntou o Senju observando todos devidamente equipados mesmo faltando mais de 3 horas para a partida. Por isso o questionamento foi em um tom de surpresa e a mulher riu e disse que estava sempre pronta. Seguida de Gordo que disse que já nasceu pronto e comentários semelhantes de outros membros da equipe. 
 
— Bom parece que eu sou o péssimo exemplo do dia. — Disse o Senju animado ao apontar para si mesmo que estava com o uniforme comum ainda e logo seguiu para o vestiário sendo seguido por Gordo e Touka. O albino seguiu para seu armário e ao abrir o mesmo jogou uma mochila que sempre carregava consigo quando ia para o trabalho. 
 
— Há alguma ameaça ou apenas rotina, capitão? — Perguntou Gordon enquanto o Senju retirou a gravata e ao responder o homem ele já estava abrindo os botões da camisa, pelando parte da regata branca que usava por baixo, não gostava de utilizar o macacão de caça sobre a camisa social. — Até onde eu sei é apenas rotina
 
— Mais uma missão chata de proteger um cara chato pra caralho. — Disse Touka quase aos sussurros sabendo que estava entre amigos de infância ali, por isso se sentia à vontade para tal comentário.
 
— Touka.. — Disse o Senju em um tom de repreensão enquanto vestia o macacão verde semelhante ao dos demais. 
 
— Desculpe capitão mas você sabe.. vocês dois sabem, que não votei nele e nunca votaria. — Disse ela e se limitou a não falar mais nada até porque um membro do esquadrão de caça do outro capitão entrou no local e o Senju terminou de colocar o macacão sobre o uniforme tradicional, exceto pela camisa social azul que ele retirou. Após subir o zíper do mesmo pegou a identificação que estava no armário e uniu ao velcro da roupa  em seguida vestiu o restante dos acessórios, o macacão anti-g era o mais chato de todos em vestir mas o fez sem demoras e enquanto prendia um lado do harness ao restante da roupa, Touka se aproximou e o ajudou a conectar a outra ponta do acessório. Depois de pronto pegou a última peça que colocaria só depois, junto com o capacete e o respirador e saiu do vestiário sendo seguido pelos outros cinco membros de seu esquadrão.  Seguiu para a porta de saída, mas assim que a puxou deu de cara com Izuna ali. 
 
O garoto se sobressaltou, pois justamente na hora que iria tocar a maçaneta da porta a mesma se abriu. O Senju deu passagem ao marido que entrou naquele local de descanso dos pilotos. 
 
O menor estava com um brilho diferente no olhar, um misto de emoção e ansiedade, e o Senju notou que Izuna havia mudado de roupa, estava com uma semelhante a que ele usava a pouco, uma calça social azul marinho perfeitamente alinhada ao corpo esguio do menor, uma camisa social azul claro, semelhante a sua, e foi presenteado com uma insígnia da USAF presa ao peito daquela camisa. O cabelo estava preso no alto em um coque improvisado e amarrado com o próprio cabelo que fazia alguns fios ficarem espetados, provavelmente Izuna fez aquilo para esconder o cabelo no kepe que estava em sua mão direita. Por um momento Izuna quase esqueceu como deveria agir ali dentro, por mais que Tobirama se sentisse incomodado por Izuna agir com formalidades, dessa vez era necessário. 
 
Depois do susto e do cumprimento formal entre ambos Touka quebrou o climão da formalidade e tocou no ombro de Izuna. — Todo alinhado ai heim, bem vindo pirralho. — O menor sorriu e agradeceu 
 
Tobirama então disse para os demais irem indo ao hangar que ele já ia. Assim, enquanto a equipe rumou para fora, o Senju sorriu ao menor e precisou resistir à vontade de envolver os braços em Izuna para caminhar com ele pelo local fazendo a apresentação da instalação. Ele apenas andou ao lado do menor e apresentou aquela área que era onde passava a maior parte do tempo, apresentou a sala de descanso composta por um sofá que estava apenas com 3 lugares ocupados pelo esquadrão de plantão jogando video game ali, e apresentou os três em questão, os dois jogadores e o que estava apenas assistindo o jogo.  Depois seguiu ao vestiário que era o que tinha mais perto, não tinha nada interessante ali mas ainda assim apresentou, passou pela área do refeitório onde disse para o menor ficar a vontade para se servir apontou tudo que havia ali e apresentou ele a outra pessoa do outro esquadrão ali que acenou para Izuna enquanto estava com a boca cheia e a metade de um pão na mão. Em seguida seguiu com Izuna até uma escada e subiu lá indicou uma porta e disse que ali era sala do outro capitão, apontou outra porta e informou que era sua sala. — Se quiser pode ficar aqui depois, está aberta. — Após as palavras seguiu o corredor e chegou em outro grupo de salas, apontou uma indicando ser uma biblioteca onde alguns passavam o tempo lendo, em silêncio o acervo sobre a USAF que tinha ali. E seguiu a outra sala, antes de apresentar a Izuna ele bateu na porta e a voz de dentro disse que poderia entrar e assim que fez, cumprimentos formais foram feitos entre o capitão e o homem ali atrás da mesa que se levantou de imediato para os cumprimentos. 
 
— Capitão Senju. 
— Comandante Tyler. — Disse o albino em resposta com a mesma formalidade. E logo prosseguiu apontando para Izuna. — Seu copiloto de hoje. Izuna. 
 
Izuna no mesmo instante notou quem era aquele homem e o cumprimentou formalmente, mas logo o garoto que não parecia mais velho que Izuna se aproximou e apertou a mão de Izuna lhe dando boas vindas e o Senju por sua vez disse que iria a pista e antes de sair ouviu Tyler o chamando e ele esperou e então foi saindo e chamou Izuna . 
 
— Quero falar com sua equipe, posso? — O Senju concordou e os três desceram e saíram do local seguindo em direção ao hangar que ficava perto dali, menos de 3 minutos a pé. 
 
Quando chegaram lá havia uma bela fileira horizontal de vários caças que variam entre modelos F-14, F-16 e cinco F-18 que eram destinados aos quatro capitães que haviam no total naquela base e o outro F-18 que "sobrava" ficou para Touka que foi a vencedora em uma aposta com os demais colegas que disputaram através de uma mesa de sinuca em um bar quando os novos modelos foram entregues e anunciados que tinha um "sobrando".  Os demais da equipe de Tobirama tinham modelos F-16 que são tão bons quanto o 18.
 
O esquadrão estava cada um cuidando dos detalhes externos de seus jatos junto a outros membros da equipe da pista para ver se estava tudo em ordem, haviam dois sendo abastecidos e era justamente os dois F-18 que estariam naquela missão, de Touka e Tobirama. Que quando chegou a mulher já foi apontando para Gordo. — Foi ele tá, ele que usou seu jato, não foi eu nem me olhe assim. — Gordo revirou os olhos e a mulher riu e disse isso porque notou o olhar desconfiado do Senju por ver o jato que não usava a um bom tempo ser abastecido, sinal de que havia sido usado recentemente. Mas ele não se importava. Compreendia muito bem as emergências, até mesmo se a emergência fosse de Gordo conhecer o novo modelo em um voo teste. Que foi o caso. 
 
— Touka, pare de ser fofoqueira. — Disse o Senju em um tom divertido que arrancou risos da mulher e de Gordo e consequentemente dos dois pilotos que chegaram ao hangar junto consigo.  
 
— Desculpe capitão, é minha natureza. — Disse a mulher em meio ao riso e o Senju enfim chamou todos ali perto para que Tyler pudesse falar com eles. E o homem iniciou com um bom dia e seguiu com o assunto que era passar as mesmas instruções de sempre, que ele não gostava de passar apenas ao Senju, e Tobirama sinceramente agradecia por isso, pois ele não achava necessário todas as vezes falar a mesma coisa como se fosse a primeira vez que fariam a escolta do presidente, já Tyler gostava de utilizar sempre o mesmo texto, sempre o mesmo plano "a", "b" , "c" e até o plano "d". Por ser a primeira vez de Izuna, ele notou que o garoto olhava o comandante do Air Force One absorvendo tudo que ele falava. 
 
Assim que ele terminou Tobirama notou um sobressalto que Izuna levou assim que uma alta sirene soou, enquanto os demais do seu esquadrão se mexeram e foram em direção a outros caças que não eram deles o Senju se aproximou de Izuna que olhava a situação curioso e sem saber o que fazer exatamente e disse ao menor tocando no ombro de Izuna com a mão livre dos demais acessórios que ainda estava segurando. — Relaxa, essa sirene não é algo que deva fazer você correr. É a do plantão de caça, é um alerta que soa quando o espaço aéreo é invadido e precisa de interceptação. 
 
O Senju apontou para onde estavam agora todos os funcionários de pista, todos de seu esquadrão também e até Tyler. — Eles vão apenas ajudar a preparar a partida dos caças, exceto o Tyler, ele só gosta de ver a preparação mesmo. — Ele apontou para o capitão do outro esquadrão que foi correndo até o hangar e mais um homem membro do esquadrão dele que vinha correndo atrás já ajustando os equipamentos enquanto corria até ali. — Todos que estão mais perto ajeitam a partida para quem vai sair que geralmente é o capitão do esquadrão e mais alguém que esteja na vista, é assim que ele faz, já quando eu estou de plantão eu deixo eles se revezarem, cada hora vai um. 
 
— Amor, er.. cap.. — Tobirama o interrompeu. — Estamos só nós aqui, me chame como achar melhor amor, formalidades só diante dos outros e apenas porque é extremamente necessário por aqui. — Disse o Senju e sorriu e Izuna então prosseguiu. — Eu nunca entendi uma coisa sobre isso, você já sai de lá sabendo para onde vai? 
 
Tobirama moveu a cabeça em negativo. — Muitas vezes a gente só sabe onde ir quando já estamos decolando. São raras as vezes que chegamos ali e já temos o plano. Isso acontece em situações como a missão que faremos hoje, missão de escolta no caso e planejada com antecedência, ou em raras ocasiões que o controle é rápido em mandar as coordenadas para o sistema que tem nos F-16 e F-18. Vem aqui.. 
 
— Disse o Senju e chamou Izuna para perto do jato dele, o mesmo subiu na escada na lateral da aeronave e pulou para dentro do cockpit deixando o capacete respirador e o restante do acessório ao lado onde coube e chamou Izuna que subiu ali e ficou debruçado sobre a beira do jato olhando para dentro. — Aquele que você voou comigo, era um modelo semelhante a esse mas ele estava sem a comunicação e sem o painel de navegação conectados direto com a USAF era um caça diretamente da secretaria de defesa ou seja não tinha isso.
 
O Senju acionou uma sequência de botões no painel do jato e o pequeno LCD se acendeu ao lado onde o Senju inseriu mais alguns comandos e um radar digital apareceu ali na tela com uma coordenada piscando, essa coordenada indicava a própria USAF, era uma coordenada direta de onde estava o avião presidencial, e inserindo mais um comando o radar girou e indicou coordenadas semelhante a um gps, mas obviamente tinha suas particularidades e ele apontou para a linha verde que se fez na tela. —  Esse é o caminho que vamos ter de seguir, é o que vai estar no seu plano de voo. Isso aqui só acontece em missões assim, que são planejadas. Porque geralmente a gente recebe isso aqui. —  O Senju deu outra sequência de comandos e o radar zerou não tinha nenhuma informação.    —  Esse é o radar deles. —  Disse o Senju apontando para os dois caças que estavam agora saindo do hangar e seguindo para a pista. —  Está em tempo real. —  Izuna ficou olhando dos caças manobrando, para a tela do lcd no caça de Tobirama, ele notou ambos os jatos percorrerem a pista e levantar voo, e nada da atualização no lcd ainda, depois de passado um minuto e das naves terem até sumido de vista que o sistema atualizou com as coordenadas que eles deveriam seguir que era a direção oposta de onde haviam ido, e pouco tempo depois ambos ouviram os sons dos jatos passando novamente sobre o hangar e Tobirama explicou. —  A orientação é sempre ir para o sul se levantar voo e não tiver atualização. Afinal, a maioria das coisas acontecem naquela direção. —  O albino apontou em direção ao sul enquanto disse a última frase. E logo ele sorriu e modificou alguns comandos  deixando o gps da rota do Air Force One.  Em seguida, ele olhou para o marido ainda ali sobre a lateral do jato e tocou a mão de Izuna que o olhou de imediato desviando a atenção do resto do painel de controle a frente de Tobirama. 
 
— Ansioso? — Perguntou o albino
— Muito. — Disse Izuna alargando um sorriso 
— Vai dar tudo certo, não há com o que se preocupar. — Disse o Senju sorrindo e entrelaçou seus dedos aos de Izuna e trouxe a mão dele com a aliança para perto dos lábios e depositou um beijo ali sobre aquela peça dourada que envolvia o dedo do menor, idêntica a que envolvia seu dedo também. 
O menor sorriu com aquela atitude do marido e beijaria Tobirama se não fosse a pequena platéia que estava voltando e ele se limitou a olhar para o marido e sorrir enquanto Tobirama soltou sua mão. — Vai sim amor, tenho certeza. 
 
Eles sorriram um para o outro e a voz de Tyler chegou a ambos. — Izuna, vamos lá?! — Tobirama sorriu e desejou boa sorte ao marido e Izuna desceu dali e depois Tobirama fez o mesmo em menos de uma hora eles partiriam.
 

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