Epílogo

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A missão Blue Bird foi bem sucedida, Izuna jamais esqueceria a cena que viu diante de seus olhos quando finalmente pisaram no solo que definitivamente era vermelho. O terreno era semelhante ao deserto no qual fez seus testes, o solo vermelho afundava sob seus pés, era na verdade mais parecido com a areia seca que contém em uma praia, solo fino e macio mas vermelho. Por seis meses eles ficaram em Marte.

A experiência foi fantástica para Izuna e para os demais astronautas, estar em um lugar onde ninguém jamais esteve era maravilhoso, realmente entendiam o significado de serem os primeiros em algo, era inexplicável. Fizeram do módulo e daquele novo planeta os seus lares ao longo dos meses que lá ficaram, tanto que no retorno Izuna sentiu uma pontada em seu peito.

Era tudo tão calmo, tão silencioso, não tinha preocupações ali, as pessoas ao seu redor eram extremamente acolhedoras, principalmente Tobirama. Ah, esse izuna estava morrendo de saudades, mesmo estando ao lado do marido, não podia tê-lo do jeito que queria por vários fatores, dentre eles o principal era de que estavam trabalhando, o tempo todo em que estavam ali, estavam trabalhando.

Todos eram monitorados durante todo o momento, em tudo que faziam, privacidade era algo que definitivamente não existia para um astronauta, ainda mais um tão longe de casa.

Mas tinha muitos outros fatores que os impedia de ficarem juntos, do jeito que o casal gostaria. Por muitas vezes ambos foram alvos de piadas maldosas vindas de Wernher e também de Minato que ocupou o lugar de Wernher na sala de comando e cuidava da missão lá do solo.

Algumas das brincadeiras deixavam ambos sem graça mas o albino havia se tornado mestre em desviar do assunto sem que os piadistas percebessem, causando menos constrangimento, como foi o dia em que Minato disse que poderia ser interessante Tobirama e Izuna serem os primeiros no espaço a experimentar a gravidade zero para "outras coisas".

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De volta para casa eles tiveram de enfrentar a coletiva de imprensa após o período da quarentena. A missão foi um sucesso calando a boca dos russos que provocavam os americanos devido a corrida espacial, eles jamais chegaram onde a Nasa chegou sem ajuda da agência, e de fato levariam muitos anos para que desenvolvessem uma tecnologia semelhante para conseguirem chegar e viver em Marte por um longo período como aqueles quatro fizeram. E quando conseguissem tal tecnologia a Nasa estaria mais à frente.

Os russos tinham que admitir, foram mais uma vez derrotados pelos americanos na corrida pelo novo. Tentaram fazer disso uma nova era de guerra em solo, mas foram absolutamente ignorados, não passavam de loucos.

— Vocês deveriam ter a chance de ver com os seus próprios olhos o deserto vermelho de Marte, Fobos e Deimos são maravilhosas, nos trazem uma vista encantadora no céu noturno marciano. — Disse Izuna na coletiva quando foi questionado sobre as luas de Marte.

Outra pergunta curiosa veio de outro repórter " é possível ver a Terra de lá? " dessa vez foi Wernher quem respondeu. — Sim é possível, porém assim como Marte é para nós, a Terra em Marte é apenas uma pequena estrela em meio a centenas de outras.

Era a vez de Tobirama que apontou para a esposa de Minato, que era uma das repórteres que ali estavam, como na última coletiva que enfrentou. A ruiva então fez uma pergunta interessante. — Sobre o tempo, em Marte. Vocês conseguiram descobrir como ele realmente passa, no caso é igual aqui e podemos realmente habitar o planeta em algum futuro distante?

Kushina era ousada nas perguntas, pois quase nunca lhe davam voz e quando tinha a chance ela fazia as perguntas certas que muitos queriam saber, o olhar de Tobirama se encontrou com o olhar do marido da ruiva e o mesmo assentiu, dando permissão para responder sobre aquilo, afinal era um dado científico e dados do tipo eram sempre necessários ter autorização para falar ao mundo.

— Ele passa mais lentamente do que aqui, não um dia mas o ano. O dia em Marte é mais longo que um dia terrestre por questão de Minutos, tem quase vinte e cinco horas, porém o ano lá, é muito mais longo e equivale a quase dois anos terrestres. Ou seja, para vocês aqui nós ficamos por seis meses em marte, mas para nós foram três meses. E sobre viver lá, sim será possível, mas isso apenas na próxima geração, atualmente não é possível isso.

A resposta de Tobirama gerou um alvoroço entre os repórteres que começaram a falar todos juntos o mesmo assunto "Tem água em Marte, afinal? Atmosfera? Podemos respirar em marte?" Minato dessa vez foi quem assumiu o comando daquela comitiva e disse. — Talvez, com o tempo vamos divulgar todos os dados coletados na missão, por hora é isso.

O loiro sorriu simpático para os repórteres que bombardearam os astronautas de perguntas, exceto Kushina, a ruiva não precisava se esforçar tanto afinal, ela tinha um jeitinho todo especial para fazer o marido abrir a boca a sós, mas enquanto isso Minato guiava eles para a saída sem responder mais nada a ninguém.

Sim, era possível viver em Marte, eles descobriram isso na missão, o planeta tinha sinais de água nas amostras de solo profundo que coletaram, assim como vida, microrganismos mas ainda assim uma espécie de vida, o planeta assim como a Terra possui atmosfera, isso torna possível a circulação do oxigênio, porém o oxigênio marciano é carregado de metais ferrosos e prejudiciais, para se viver em Marte seria necessário uma grande purificação do ar, por isso apenas a próxima geração poderia usufruir do planeta, com tranquilidade.

A missão foi um sucesso, o projeto Blue Bird do ex-presidente trouxe a nação americana esperança e vitória na corrida espacial, mais uma vez.

For All Mankind TobiIzuOnde histórias criam vida. Descubra agora