Liberdade

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As rodas do trem de pouso do F-16 deslizam sobre a pista da base Andrews a medida que o jato vai ganhando mais velocidade Nas mãos de Izuna que ficam mais firmes no manche e na manete, poucos instantes antes do fim da pista Izuna puxa o manche para si devagar, empinando o bico do jato e colocando o mesmo para cima. Ele definitivamente não tinha como descrever a sensação,mas era como se uma certa liberdade tivesse abatido sobre si, o sorriso alargou-se pois não estar em um simulador tornava o momento emocionante para si e extremamente especial e libertador para o menor.

O riso gostoso de ouvir de Izuna ecoou pelo fone, o que fez o albino abrir um largo sorriso ao imaginar a expressão de seu marido no cockpit à frente. Ele acompanhou cada passo de Izuna, desde a adolescência de ambos para ver o menor chegar naquele momento, a partir de agora, faltava pouco, faltava muito pouco para que Izuna fosse parar dentro da NASA. Ser um piloto de caça é exigência para se tornar um astronauta. Pois todos que vão comandar uma nave espacial precisam ter essa formação, combinada com horas de voo por isso Tobirama também era um, pelo mesmo sonho de conquistar o espaço. 
 
— Está tudo bem? — Perguntou o Senju 
— Tem uma palavra que seja melhor do que perfeito? — perguntou o menor com a voz chorosa. 
— Tem, e é um nome. É Izuna. — respondeu o Senju e Izuna riu falando em seguida — Bobo. 
— Quer testar o supersônico? — Perguntou o Senju 
— Mas os outros não fizeram isso, capitão. — Disse Izuna dando ênfase no “capitão” como se relembrasse o albino do que eram ali dentro, logo não queria privilégios, ainda mais depois do recente ocorrido.  
— Porque não estavam preparados, apenas você e John suportam a força g de um voo supersônico, mas o John não quis arriscar tão cedo.  — Explicou Tobirama. 
— Como os outros vão voar se não ague.. — Começou Izuna mas foi interrompido pelo Senju. 
— Eles não vão receber autorização para supersônico. Madara e o diretor da USAF acertaram que apenas pilotos comuns bastariam nesse primeiro momento, mas eu resolvi explorar não só você, mas todos os outros, porque acredito que o sonho da maioria aqui é como o seu, não ficar apenas como um piloto comum, Izuna. Mas o treinamento da força G leva tempo, principalmente para os demais que nunca tiveram sequer o mínimo de contato com ela e com os exercícios para aperfeiçoa-la.  — Respondeu o albino 
 
Izuna disse que entendeu, e no mesmo instante se recordou que foi ele quem pediu para Tobirama o ajudar uma vez com o assunto da força G e desde então vinha praticando os exercícios que aperfeiçoaram a mesa e lembrou-se também que além dele, John era o único outro colega que veio de um lar com um piloto também, o pai do colega servia ao outro esquadrão da USAF que fazia o contra-turno, logo Izuna deduziu que John teve a mesma experiência com os exercícios para que ambos tivessem ido tão bem nesses testes. O albino ouviu um respirar fundo de Izuna e logo a voz do homem veio com uma confirmação de que gostaria de tentar. Tobirama permitiu e perguntou se ele precisava de orientação para ativar, ele disse que não.

Os comandos que Izuna fazia, replicava no cockpit de onde Tobirama estava, ele viu os botões que o menor acionou e estavam corretos, quando a manete moveu o jato atingiu uma velocidade ainda mais alta e o Senju apenas relembrou Izuna. — Dentro do seu limite. 
 
Izuna disse um “ok, capitão” e prosseguiu, acelerou até onde tinha certeza que conseguiria confiante Izuna guiou aquele jato para cima de bico  rodopiando para cortar o ar e assim fazer melhor a curva sem colocar tanta pressão na nave.

Izuna executou com perfeição o voo supersônico e quando Tobirama o chamou ele já disse em meio ao riso. — Não desmaiei, estou aqui. — Ambos riram e agora Izuna voltou a velocidade normal. Porém o painel começou a emitir agora um som de alerta, mas nenhum dos botões indicava o que era e nem os instrumentos e Izuna sem se desesperar, manteve a calma e a frieza que um piloto deve ter e perguntou o que era aquilo, que não tinha nada no painel dele. 
 
— É o combustível. Voo supersônico consome o triplo do comum e como essa jato não foi abastecido entre um voo e outro acabou consumindo mais do que devia agora. —  O Senju mexeu em alguns botões e disse em seguida. —  Parabéns Izuna, você é o sortudo de descobrir como abastecer um jato no ar. Eu ia falar sobre isso na aula de amanhã. —  Ele riu e logo acionou a central de comando mandando as coordenadas em que estavam e explicou que precisavam de uma manobra chamada REVO, que é própria para um reabastecimento em voo. 
 
A resposta positiva chegou em menos de um minuto informando que o cargueiro deixou a base e estava indo rumo as coordenadas, o Senju agradeceu e a comunicação foi encerrada. —  Se começar a soar esse som e nenhuma luz do painel piscar vai ser sempre o combustível, nesse caso vai ser simples, você vai falar com a central como eu fiz, solicita um revo, manda as coordenadas e eles vão enviar o cargueiro de abastecimento mais próximo, a parte difícil é só a mira. Você vai entender. —  Disse o Senju e Izuna ficou confuso sobre a mira e ao mesmo tempo curioso sobre como abastecer em pleno voo. 
 
Passou alguns minutos e um cargueiro estava vindo atrás deles. —  Reduz a velocidade. —  Disse o Senju e Izuna fez o que ele mandou a ponto de deixar o cargueiro passar na frente. —  Capitão Senju, vamos liberar o acoplador. —  O Senju concordou e disse trocando o canal de comunicação para falar só com Izuna outra vez.  —  Aquela mangueira que eles estão soltando  é o acoplador, dentro da cesta tem o encaixe, você precisa acoplar aquele encaixe nessa haste lateral que tem perto de onde fica o tanque de combustível aqui perto da asa direita.

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