Equipamentos

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O uniforme de cadete da divisão de caça da USAF não era muito diferente de um dos quais Tobirama utilizava para os voos. O macacão era no mesmo modelo, e a mesma cor verde militar. O que diferenciava eram os espaços vazios que tinham na região do peito e dos braços onde o de Tobirama havia alguns emblemas da caça, da USAF e também do próprio esquadrão, tag com o nome e a mais recente condecoração que teve que é a de capitão. E outra coisa que diferenciava era um lenço no estilo de escotismo que os cadetes precisavam usar em tom laranja e cinza, isso era o que definitivamente os fazia ser identificados como cadetes. 
 
"Bom dia capitão Senju" foi o que cada um dos cadetes que chegaram a sala falaram e depois dos sete estarem posicionados seis estavam devidamente fardados apenas um que não e esse deu explicações antes mesmo de ser questionado sobre a ausência da farda. E como previsto, não tinha servido, mas depois isso seria resolvido. 
 
Tobirama definitivamente tinha muito conhecimento que poderia compartilhar, mas instrutor era algo que ele nunca havia sido dentro da USAF mas tentaria dar o seu melhor, e pela falta de experiência nessa área ele não seguia tantas formalidades como os demais instrutores faziam, mas tratou de deixar claro que isso era só com ele, mas que fora daquela sala eles deveriam ser sim formais com todos que encontrassem pelo caminho. 
 
— Bom, o cronograma para o dia de hoje está tranquilo, como todo primeiro dia de alguma coisa que façam na vida de vocês, agora pela manhã vou levar vocês para cuidar da papelada da contratação oficial de todos, depois vamos ver a questão dos ajustes das roupas. Mas faremos isso daqui alguns minutos, que vai ser quando essa sala aqui será utilizada pela equipe. Vocês não irão se livrar desse lugar mesmo depois que deixarem de ser cadetes, pois aqui é praticamente nossa sala de reuniões, por assim dizer,  aqui os pilotos se reúnem geralmente com o capitão da divisão, no caso eu, todas as manhãs para receber o que chamamos de briefing, que nada mais é do que a programação diária do que será feito, se tem alguma missão e se sim planejar como será executado, etc. Como eu estou com vocês excepcionalmente nesses meses do treinamento esse procedimento será feito pelo general da nossa divisão para com os pilotos. 
 
Após o Senju seguiu com mais algumas explicações da rotina matinal dos pilotos até que Touka fez um sinal positivo para ele do meio do corredor do lado de fora, como a porta estava aberta ele pode ver ela ali e depois Gordo também, um claro sinal que era hora do briefing. O Senju fez um sinal para eles entrarem e assim que entraram cadetes e pilotos da equipe do Senju foram apresentados. A maioria era simpático apenas um dos membros da equipe do Senju não era tão comunicativo, mas era mais devido a timidez e esse se sentou em um canto e ficou esperando a chegada do general mas os demais ficaram em volta dos cadetes conversando, e claro que Touka não perdeu a oportunidade de assustar os novatos com seus assuntos onde colocava perigo extremo em algo simples como quando falou que se eles esquecessem de acionar trens de pouso o jato iria explodir. Óbvio que não era verdade, mas os olhos da maioria ficou arregalado e logo ela olhou para Izuna que era o mais tranquilo ali, afinal esse tinha certeza que era mentira, tanto por ser casado com o capitão daquela esquadra e conhecer muito sobre tudo ali, tanto porque estudou sobre e também porque conhecia muito bem o jeito exagerado da mulher que contava aquela história fatídica. 
 
Izuna teve a franja bagunçada por ela quando a mulher viu que a história não afetou ele e disse. —  Esse não vai ter problemas com trens de pouso está tranquilo demais. — Eles riram em tom divertido em seguida e a conversa continuou até a chegada do general Oliver na sala e todos se levantaram para recepcionar o homem e um audível "bom dia senhor" foi dito por todos os presentes seguido de continências e o general retribuiu e foi de encontro a Tobirama. 
 
Eles conversaram por um breve momento em tom baixo e o homem entregou uma folha ao Senju e ali continha a programação que eles gostaria que o Senju seguisse durante aquela semana. Tinha os assuntos e os horários que devido assunto era para ser feito, o cronograma daquele primeiro dia o Senju já tinha recebido pelo e-mail, mas os demais ainda não, mas agora estava sabendo tudo que precisaria passar a eles. Após o albino fez uma continência ao general que a retribuiu e deixou a sala, chamando os cadetes para o seguirem. 
 
Quando deixaram a sala, Tobirama os guiou até o departamento de contratação que ficava em um prédio ao lado de onde estavam e ao chegar lá o capitão seguiu para a sala do RH, que era o departamento que iria cuidar dessa parte e após recolher os envelopes de cada um deles o Senju conferiu se estavam todos assinados e entregou a uma mulher chamada Marjorie que estava atrás de uma das mesas e essa pediu para aguardar que logo chamaria um por um. 
 
Após 10 minutos ela começou a chamar um por um dos cadetes que ficavam na sala com ela aproximadamente meia hora o que levou quase a manhã inteira só para fazer isso, após terminar essa parte, guiou eles até a sala onde tinha as costureiras e estilistas que fabricavam os uniformes para ajustar os que fossem precisos serem ajustados, o de Izuna foi o único que não precisou de ajuste algum. E isso levou aproximadamente mais uma hora daquela manhã que já tinha se transformado na tarde quando passou do meio dia. 
 
Deixaram a sala das costureiras exatamente 12:45 e o Senju alertou que fariam a hora do almoço naquele momento deixou livre para quem quisesse ir ao refeitório ou quem preferia ir a outro lugar, ou só descansar mesmo, mas combinou de se encontrarem as 14:00 na mesma sala de antes para seguir com a programação do primeiro dia. 
 
Depois que todos saíram e ficou só Izuna e Tobirama ali, o Senju sorriu para o marido e pousou uma das mãos sobre os ombros de Izuna e disse ao olhar para ele. — Eu já disse que adoro ver esse brilho que você tem nos olhos quando conquista algo que deseja? 
 
Izuna sorriu um tanto sem graça e disse em seguida. — Na verdade não exatamente com essas palavras. — Ambos sorriram e aproveitando o corredor deserto um abraço entre ambos foi trocado, mas logo se afastaram quando Izuna disse indo para uma direção qualquer. — Ok ok, você é meu instrutor aqui e não meu marido, não posso ficar agarrado com meu instrutor no meio do corredor e afinal eu preciso comer, estou cheio de fome. — Izuna parou ao ver que Tobirama não o seguia e olhou para o homem e colocou as mãos na cintura. — O refeitório é onde? 
 
O senju riu e apontou na direção oposta a qual Izuna estava indo, o que fez o cadete voltar até o capitão e dali eles seguiram juntos em direção ao refeitório. Definitivamente Tobirama não sabia como Izuna era tão magro, pois o garoto costumava comer o suficiente por duas pessoas e momentos como o atual, juntando a fome natural de Izuna com o nervosismo e mais a ansiedade ele comia por quatro pessoas. Ver Izuna com aquela montanha de comida no prato fez o Senju olhar para o seu e em um tom divertido ele perguntou — Vai querer o meu também? — O albino espetou o garfo no bife e mostrou que se referia aquilo e Izuna revirou os olhos, mas antes que ele aceitasse o albino riu e voltou a almoçar. 
 
As duas horas da tarde estavam todos na sala mais uma vez e ali se iniciou as aulas
 
—Aqui nesta sala se encontram os futuros pilotos do esquadrão Suiryu que contribuirão para o cumprimento da missão da Força Aérea Americana que é o de manter a soberania do espaço aéreo com vistas a defesa da nossa pátria [...]
 
 As aulas seriam chatas, vulgo, teóricas de como era o esquadrão de caça, o que faziam, explicou algumas missões como exemplos e seguiu com toda a parte teórica que estava na programação que levaria a semana inteira que seguiria uma rotina. Aulas pela manhã, almoço no meio do expediente e aulas depois do almoço até o final do turno, que por muitas vezes precisou ser estendido para conseguir aplicar todas as informações teóricas necessárias. 
 
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Na semana seguinte a teoria prosseguiu por mais alguns dias e foi no meio da semana que o Senju finalmente fez algo diferente de apenas ficar falando o dia inteiro, apresentar slides, vídeos, textos, etc. Os cadetes saíram das aulas teóricas com conhecimento suficiente para operar o cockpit de um caça, caso se lembrassem de tudo o que o foi dito nas aulas. O Senju guiou os sete para fora do prédio de onde tinham suas aulas, o briefing temporariamente passou a ser feito na sala do general para que as aulas não precisassem ser interrompidas, eles acertaram isso no primeiro briefing com o general. 
 
O Senju apontou para um dos jeeps maiores da USAF e mandou eles se apertarem ali e depois que estavam todos ali o Senju deu partida do mesmo e atravessou o complexo ao passar pelas pistas observou que a mesma já havia sido totalmente reformada depois do ataque e seguiu com o jeep para o hangar dos caças, não deixou de sentir falta do seu F-18 que tinha um grande espaço vazio onde ele costumava ficar. Após todos descerem dos jeeps o Senju guiou eles para perto de um F-16 que estava ali. — Não sei se todos vocês já viram um de perto, mas esse vai ser o instrumento de trabalho de vocês. 
 
Os olhos da maioria demonstrava que não tinha visto um tão de perto ainda e um "uau" saiu dos lábios desses. E Izuna que não foi um dos surpresos, afinal já esteve até mesmo dentro de um com Tobirama, levantou a mão. E o Senju apontou para ele dando permissão para que falasse. 
 
— Capitão Senju, qual será o modelo que vamos pilotar? — Perguntou Izuna. 
— Vocês vão pilotar esses modelos mesmo, F-16. Vem aqui. — Disse o Senju enquanto mexeu em um compartimento do jato abaixo da asa e dali deslizou manualmente a escada para subir no jato e Izuna seguiu até o capitão e o mesmo apontou para a aeronave que tinha o sobrenome “Stevens” gravado na lateral ao lado do símbolo do esquadrão. Era de Gordo aquele jato.  — Entra aí e mostra o que você já consegue fazer com as orientações dadas em aula. 
 
O Uchiha sorriu e logo seguiu para a escada lateral do F-16 após subir a mesma e se sentar no assento do piloto, foi o Senju quem subiu ali e ficou debruçado sobre a lateral olhando para o que Izuna faria. E a medida que ele foi fazendo os comandos no painel foi falando o que cada um fazia. Quando Izuna passou a mão sobre os botões vermelhos ele disse que aqueles disparavam as armas e o Senju negou e sem medo apertou eles ali subindo a chave de outros e ele apontou para trás de si, onde Izuna poderia ver a asa. — Não, eles não disparam, eles só acionam. Olha ali. 
 
Na ponta da asa tinha o míssil e sobre a asa tinha uma discreta luz vermelha que estava piscando, e o mesmo acontecia na outra asa e onde Izuna não podia ver era na parte abaixo do jato nos outros armamentos, mas esses também estavam com discretas luzes vermelhas piscando indicando o acionamento.  
 
— Aqui esses botões você só aciona eles e aquela luz indica que eles estão prontos e se você apertar aqui. — Disse o Senju apenas apontando para o gatilho vermelho atrás do manche. — aí sim ele dispara. 
 
Izuna assentiu e antes de fazer o que pensava em fazer questionou para ter certeza. — E se eu quiser desativar é só apertar os botões e girar a chave de novo né? — O Senju concordou e Izuna fez isso voltando as chaves ao ponto normal e apertando os botões vermelhos mais uma vez. E a luz nas asas e nas outras partes do jato pararam de piscar. E depois que Izuna terminou de demonstrar que compreendeu o painel que havia falando durante a semana, o Senju desceu dali e Izuna desceu em seguida e o albino fez o mesmo procedimento com os outros alunos, subindo junto com cada um deles, vendo o que faziam, corrigindo em algumas questões. E após todos passarem pelo assento do f-16, ele os levou para dentro da construção que havia ali perto, a sala de espera/descanso onde tinham apenas os pilotos do esquadrão dele ali, uma vez que os pilotos do outro capitão estavam fazendo turnos diferentes. 
 
O albino apresentou o local para todos e depois de percorrer toda a instalação, os dois andares da mesma, ele seguiu para o vestiário onde havia uma parede com a fileira de equipamentos e mostrou cada um daqueles equipamentos e para que serviam cada um deles, a maior curiosidade de todos ali foi sobre o macacão anti-g e o Senju fez uma breve explicação sobre o acessório. 
 
—  Eles servem para proteção, assim como todos os demais acessórios que vocês vão utilizar, além de ser anti chamas ele também vai evitar que vocês desmaiem em pleno voo caso atinja uma forte força G porque com a pressão exercida por essa força, o tecido sanguíneo de um piloto é empurrado para partes inferiores do corpo como se fossem esmagados por algo que não podem ver, mas isso acontece só se vocês extrapolarem na velocidade que vocês aguentam e isso causa a falta de oxigênio no sangue, e vocês simplesmente apagam. Mas essa peça ela evita que isso aconteça, porque esse macacão infla, ou seja, ele aperta o corpo e isso impede que ocorra o deslocamento sanguíneo sob fortes pressões. E para identificar que está sob a força G tem isso aqui. — O Senju mostrou uma conexão no macacão. Vocês precisam ligar isso ao cockpit quando entrarem no jato, que é através dos instrumentos de voo do proprio cockpit do jato que a pressão vai ser identificada e se estiver forte, o macacão fará seu trabalho que é semelhante a um instrumento de medir pressão.  
 
Outra mão se levantou e o Senju deu permissão para vir a pergunta e o aluno perguntou. — Mas esse macacão seria composto apenas por essa calça ou tem alguma outra peça ? — O Senju então respondeu. — É apenas a calça, justamente para não atrapalhar em comandar o jato. Prendendo aqui da cintura para baixo já é o suficiente para que você possa pilotar e ao mesmo tempo que é pressionado para manter o sangue no lugar. 
 
Após o Senju explicou sobre o capacete, o comunicador a máscara de oxigênio, o harness entre todos os outros acessórios que um piloto de caça precisava usar, e tranquilizou todos os falar que os deles já estavam sendo confeccionados. 
 
E no decorrer daquela segunda semana, houve essa mescla entre aulas teóricas e essas aulas que o Senju fez questão de mostrar ao vivo como as coisas funcionavam.
 

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