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Camila Cabello Point of View
Abro os olhos sentindo minha cabeça latejar, há uma claridade surreal entrando dentro do quarto o que fez a minha dor piorar.
— Merda... - Resmungo, sentindo meu corpo dolorido. Fecho os olhos respirando fundo, parece que um trator passou por cima de mim. Olho para o lado vendo S/n deitada de costas descoberta e completamente nua. Meu coração salta. — Meu Deus... - Arregalo os olhos. Olho para baixo vendo que eu também estou nua. Minhas mãos tremem.
Nós....
Oh meu Deus!
Levanto com calma para não acorda-lá, quando dou o primeiro passo sinto uma pontada extremamente forte entre minhas pernas. Mas que caralhos nós fizemos?!
Ando até o banheiro, quando piso em algo grudento, olho para baixo e é uma camisinha. Minha cabeça gira.
Não foi um sonho... Nós realmente...
Céus!
Entro no banheiro e corro para a privada, estou super apertada.
— Droga! - Resmungo ao urinar e arder tudo. Tampo o rosto me lembrando exatamente o que fizemos para parar aqui. Eu gostaria de dizer que bebi tanto ao ponto de não lembrar de nada, mas a memória está extremamente fresca desde o início da nossa noite até a hora que arrastei ela para o meu quarto.
Ok, fique calma.
Me seco e volto para o quarto. Olho para o relógio e já são 11 da manhã. A rua deve estar cheia! Como ela vai sair daqui?
Me desespero e corro até ela.
— S/n! Acorde! - Sacudo o corpo da mulher apagada na minha cama. Ela se remexe preguiçosamente. — É sério! Você precisa ir! - Continuo sacudindo, quando de repente meu corpo sobe e ela me joga na cama.
— Calma aí, não é assim que se acorda uma mulher nua na sua cama. - Diz divertida, com o rosto amassado. Meu coração está tão acelerado que sinto que vou desmaiar.
— Idiota! Você me assustou! - Dou um tapa em seu braço, ela se encolhe rindo. — Já são 11 horas, você não trabalha hoje?
— Não. É minha folga. - Ela me olha, seu rosto está sereno, calmo, parece que dormiu muito bem. Me sinto constrangida pela maneira que ela me olha.
— O que foi? - Pergunto, querendo saber o que tanto ela olha.
— Nada, nada. - Me puxa contra seu peito, e acaricia meus cabelos. Me sinto estranha, por quê ela está fazendo isso? — Quer tomar café da manhã comigo? - Convida, me fazendo cafuné.
— Isso seria um encontro? - Ela gargalha, me levando a rir também.
— Não, fique você sabendo que eu não sou uma pessoa emocionada que irei te pedir em casamento depois de hoje. - Diz convencida. Olho para cima, e ela abre um pouco o braço para eu poder me mover. Ela está sorrindo, e seu sorriso é lindo.
