C17

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S/n Lyonne Point of View

Estou trocando mensagens com Camila, ela disse que está aqui no hospital pois sentiu um mal estar e agora está tomando soro na enfermaria. Sinto uma inquietação fora do normal, querendo ir vê-la, mas estou ocupada com uma paciente que precisa trocar o curativo.

— Uma pergunta. - A menina diz, chamando minha atenção. — Você pode flertar com pacientes? - Limpo a ferida de sua perna, parece que está cicatrizando bem. Nego a cabeça tentando não sorrir, isso é embaraçoso. — Então não pode? - Levanto o olhar, encarando ela. Sorri fraco.

— Não. - Respondo simples. Ela tem 19 anos. A menina faz um bico nos lábios.

— Que pena, mas eu posso flertar com você. - Minha bochecha arde. Não posso ficar sem graça na frente de uma garota de 19 anos. — Eu sei o que deve estar pensando agora, "Oh não, como resistirei a essa linda jovem a minha frente? Ela é linda de morrer! Droga!" - Acabo rindo, terminando o curativo.

— Prontinho. E vê se descansa, mocinha. - Deixo dois tapinha em sua perna. Ela me olha com uma sobrancelha arqueada.

— Eu ainda me caso com você. - Dá de ombros, e pega seu celular. Viro as costas tentando não rir. As vezes tem dessas...

Procuro por César, ele é do setor e pode me ajudar. Encontro o homem ajudando uma senhora a se erguer e andar.

— Preciso de você. - Ele me olha, com as mãos segurando a senhora que está sendo auxiliada por um andador. — Virou fisioterapeuta? - Digo, olhando a situação. Ele revira os olhos.

— Ela já passou por cirurgia e ainda sente dificuldade para andar, prometi que iria dar um empurrãozinho. - Explica, falando baixo para a velha não ouvir. — O que quer? - Ele é o mais legal dentre todos dessa área, só ele pode fazer isso por mim.

— Me cobre por 10 minutos? Preciso resolver uma coisa. Se acontecer algo além da conta, me avisa que eu venho. - Não dou tempo dele dizer que sim nem que não e saio da sala.

Ando o mais rápido possível para o segundo andar  e entro nas salas de consultas mas estão todas vazias. Caminho até a recepção.

— Oi, Alexa, pode me informar se a paciente Camila Cabello ainda está em consulta? - Ela olha no computador digitando o nome de Camila e me olha.

— Foi liberada em 7 minutos. - Olho para a saída, que droga!

— Obrigada. - Agradeço, pegando meu celular e ligando para Camila. Chama por alguns segundos e logo ela atende. — Ah, oi! Eu acabei de chegar na recepção e disseram que você já havia sido dispensada. Está sozinha?

— "Hm, não, uma amiga veio me buscar, obrigada." - Ela diz meio estranho, enquanto ouço vozes por trás perguntando quem era.

— Ah, eu... Fiquei preocupada, iria te deixar em casa. - Mordo os lábios, me perguntando quem será essa amiga.

— "Entendi, não, está tudo bem agora, comi mal essa manhã e me deu um mal estar que acabei desmaiando, mas tomei soro e estou me sentindo melhor." - Camila sussurra para a pessoa ficar quieta. Uma tal de Catarina. — "Mas, obrigada S/n."

Franzi o cenho, ela está tão estranha.

— Certo... - Murmuro. — Podemos nos ver mais tarde? - A ligação fica muda, então volta a fazer barulho novamente.

— "Está bem, obrigada pela preocupação, tchau!" - Diz nervosa e desliga.

O que caralhos deu nela?

Camila Cabello point of view

— Por que você simplesmente não cala essa boca? - Digo nervosa, desligando a ligação. Catarina ri achando graça enquanto eu quase dou um surto. Não esperava que S/n fosse me ligar agora, ainda mais com Catarina ao meu lado.

Welcome (Camila/You G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora