C30

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S/n Lyonne point of View

— [...] E então eu levei ela para casa. - Tris me conta sobre seu encontro da noite passada enquanto fazemos um enxerto em um paciente que sofreu uma queimadura grave e profunda de terceiro grau no corpo inteiro durante um incêndio. Estamos tranferindo tecidos bons nas áreas que perderam a pele. Ele está sedado para não sentir nenhuma dor.

— Colocou o guerreiro pra ação? - Pergunto tirando os olhos da queimadura. Ela me olha com tédio. — O que foi?

— Guerreiro? Sério? - Murmura, voltando a fazer seu trabalho. — A gente não transou, eu inventei que precisava voltar para casa. Não me senti preparada. - Reviro os olhos.

— Qual é! Você só vai tirar o pinto das calças e colocar naquela entrada triangular divina, é só isso! - Ela nega com a cabeça, dizendo não ser tão simples. — Ok, eu sei mas pense comigo, você consegue cara!

— Eu me apavoro na hora, sinto que não vou saber o que fazer quando começar. - Desabafa, começo a rir.

— Pode ter certeza que você saberá, vai começar a empurrar com toda a força do mundo como quem descobre onde fica o paraíso. Acredite. - Ela ri negando a cabeça me fazendo gargalhar.

— Quando sairmos de novo eu prometo não amarelar, já estou treinando em casa. - Prendo os lábios para não rir tão escandalosa. Ela me olha confusa. — O que foi? - Continuo o que estou fazendo tentando prender a risada. — Qual é! - Explodo em uma gargalhada forte.

— Está se acabando na.... - Balanço a mão imitando punheta. Ela me olha com raiva e revira os olhos, gargalho alto. - Sim, está fazendo isso.

— Você disse que iria me ajudar, está fazendo totalmente ao contrário. - Diz emburrada. Cubro a ferida atentamente, pensando no que falar para ela.

— Uma coisa que posso te dizer é que quando nos masturbamos, e quando transamos, são sensações totalmente diferentes. O sexo é diferente da punheta. - Olho para ela.

— Não diga punheta, isso é... embaraçoso. - Chama minha atenção.

— Deixe disso, estamos a sós e essa é a linguagem atual da nossa geração, você parece uma adolescente. - Reclamo. — O que eu quero dizer é que o que você precisa treinar é a sua mente, sobre o sexo em si, na hora que acontecer você vai saber o que fazer, primeiramente conhecendo o seu corpo para saber o que te excita, conhecendo o corpo da sua parceira para dar prazer a ela também. Tendo isso em mente, você vai voar para longe e não vai querer mais voltar. Me escuta. - Aconselho.

— Certo... - Parece pensar no que eu falei.

— E ah, outra coisa. - Me olha com atenção. — Esqueça os pornôs. Apague da mente toda aquela baboseira encenada, não repita aquilo, faça totalmente ao contrário. - Ela assente.

— Irei anotar em meu bloquinho de notas sobre a nossa aula, doutora sexóloga. - Levanto as sobrancelhas convencida. — Percebi que você anda bem humorada, para quem teve uma desilusão amorosa você até que está indo bem. - Ela comenta, me olhando curiosa.

— Então... Sobre isso, eu não tive uma desilusão amorosa. - Respondo, terminando o enxerto.

— Mas você não disse que gostava de alguém que não gostava de você? - Questiona confusa, se lembrando da nossa conversa.

— Pois é, eu achei que era isso mas, veja só, ela sente o mesmo. - Meu sorriso cresce enquanto encaro seus olhos. — Conversamos bastante e ela admitiu que estava apaixonada por mim também, decidimos ir com calma antes de entrarmos em um relacionamento, está tudo indo muito bem até. - Conto, me lembrando de Camila. A mulher dá de ombros.

Welcome (Camila/You G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora