13.

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Pov Maraisa

- Lila, vamos ir tomar café... - Chamo a minha esposa.

- Não, me deixa quietinha...

Me sento na cama e vejo ela deitando no meio das minhas pernas de barriga para baixo, usando a minha perna como travesseiro. Ela resmunga ao sentir que a minha pele está gelada, já que seu corpo nu. está totalmente quente, porque Marília sempre dorme com duas cobertas. Cubro seu corpo com a coberta, fazendo carinho na sua cabeça e recebo seu sorriso sem mostrar os dentes.

Folgada.

Está cedo ainda, por isso não faço questão de acordar ela, é a melhor visão do mundo. Não digo da paisagem, o céu azul, o mar maravilhoso, eu falo de Marília, totalmente nua, com o rosto avermelhadado, a boca inchada, e a marca do travesseiro no seu rosto. Vejo as marcas do que eu fiz pelo seu pescoço, está roxo, não consigo deixar de sorrir, mesmo sabendo que ela vai me matar.

" - Lila...

- Não, Maraisa, não - Ela grita comigo - Hoje é o aniversário da minha irmã, olha o meu pescoço.

- Amor... eu estava bêbada.

Marília se vira irritada e começa a tirar as roupas do seu armário, jogando tudo na cama.

- Eu não tenho nada - Ela fala quase chorando - Eu não tenho nada de gola alta.

- Passa base.

- Maraisa, vai ficar com a Maiara.

- Não, eu quero ficar com você - Falo me levantando e abraçando a sua cintura - Desculpa...

- Não, não vou te desculpar - Ela arranca as minhas mãos - Você bebe, dorme comigo e não controla a sua força.

- Engraçado que você nunca reclama - Tento me defender - Pelo contrário, você sempre gem-

- Saí do meu quarto agora, Maraisa."

Não consigo deixar de rir disso, era bom essa época. Começo de namoro, eu me sentia em um filme, Marília quatro anos mais velha, gostosa, já tinha suas coisas, seu carro, sua vida e eu tinha acabado de engatar na faculdade de medicina, morava com os meus pais e dividia o quarto com a minha irmã. A loira era como um sonho impossível, até hoje é, não sei como eu conquistei ela.

- Você parou - Marília resmunga.

- O quê?

- Você parou com o carinho.

- Você não quer ir tomar café?

- Eles não trazem aqui?

- Sim, mas eu queria ir ver como é lá no restaurante.

- Podemos ir...

Ela levanta seu corpo apenas para seus olhos ficarem na direção do meu, Marília sela nossos lábios e beija a minha bocheca.

- Bom dia, amor - Marília fala com a voz rouca.

- Bom dia, Lila...

- Você está com ressaca?

- Não... eu não bebi tanto assim.

- É, o suficiente para brigar com o meu irm-

Antes que ela fale o nome daquele homem, eu beijo a sua boca. Nossa manhã está tão boa, não tem motivos para estragar agora.

Esposa Troféu (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora