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Pov Maraisa

- Eu sei, Maiara mas eu quero fazer alguma coisa de especial para ela - Falo me sentando na cadeira - Trinta anos é uma idade especial.

- Faz uma viagem, não sei.

- Já fizemos e a nossa filha ainda é muito bebê para viajar.

- Leva ela para um jantar.

- Muito simples - Bato o pé irritada - Ela ama tanto aniversário, eu queria deixar ela feliz.

- Ela já é feliz.

- Você entendeu o que eu quis dizer.

Maiara revira os olhos irritada e levanta da cadeira, arrumando a roupa do seu corpo.

- Luísa está me esperando, eu preciso ir.

- Vocês vão mesmo?

- Luísa se sente na obrigação de ser a filha perfeita, você sabe disso - Ela fala coçando a nuca - Eu contei, o que o Henriques disse, ela só... ela ignorou, falou que não é bem isso.

- Ela sente muito essa pressão.

- Sim e tem mais uma coisa...

- O que?

- Eles querem jantar com vocês duas também - Ela sorri fraco - Eu disse que não, que vocês não iriam, mas a mãe delas insistiu e pediu, ela só quer conhecer os netos.

- Não vou deixar a minha esposa perto daquele homem, você sabe disso.

Ela concorda com a cabeça e saí da sala, fechando a porta atrás de si.

Eles não fizeram questão de conhecer a Sophie, ou o Léo, mas porque nasceram de mim e da minha irmã, então para eles, Zoe, que nasceu da minha esposa, é a única neta deles.

Apoio meus cotovelos na mesa e passo a mão no meu pescoço, tentando aliviar essa pressão. Hoje eu vou ter que ficar o dia inteiro no hospital. Não gosto de ficar aqui o dia inteiro, sinto saudades dos meus filhos e da minha esposa, mas tenho responsabilidades.

- Oi, eu vim fazer a entrevista de emprego - Uma jovem aparece na minha porta.

- Você é de qual área?

- Pediatria.

- Certo... pode entrar - Sorrio para ela.

Mas me assusto com as suas roupas, sem ser conservadora nem nada, mas quando se vai fazer uma entrevista de emprego, geralmente se usa uma roupa social, não um vestido que se dá para ver o útero da pessoa.

Começo a entrevista e me sinto mal por julgar pela roupa, ela realmente é qualificada, fico animada por saber que vamos ficar no mesmo setor, ela parece uma ótima profissional.

- Você é ótima - Sorrio para ela - O que é um alívio, raramente aparece alguma pessoa realmente qualificada aqui.

- Muito obrigada - Ela sorri de volta - Posso ter a esperança que você vai me ligar?

- É a secretária que te liga - Explico me levantando - Eu não ligo para os meus funcionários.

- Nem se eu te passar meu número?

- O quê?

- Eu vi o jeito que você me olhou - Ela fala sorrido - Eu achei que...

- Eu sou casada - Respondo seriamente - Muito bem casada por sinal.

- Desculpa... eu não sabia.

- Eu te desculpo, agora saí da minha sala.

Ela se levanta e passa por mim, mas quando eu abro a porta, outra pessoa está tentando abrir do lado de fora. Minha esposa não olha com uma cara nada boa, ao me ver na mesma sala que a moça e da espaço para a mulher sair.

Esposa Troféu (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora