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Pov Maraisa

- Não, Maraisa - Minha esposa fala resmungando - Dorme mais.

- Lila, eu tenho uma rotina - Tento tirar os seus braços - Você sabe que eu gosto de correr de manhã.

- Não, eu não tô bem - Ela me puxa de volta - Dorme mais.

- O que você tem?

Ela fica quieta, só consigo rir, nem para pensar em uma desculpa boa ela consegue, deixo um beijo na bocheca da minha mulher e saio da cama.

- Eu vou rapidinho, quando você acordar eu já vou estar aqui.

- Mas... mas eu queria ficar com você.

- Hoje não temos nada para fazer - Dou de ombros - Está sol, podemos ir na piscina e dormir na rede, eu sei que você gosta.

- Mas eu gosto de acordar com você.

- Você já acordou, mimada - Falo deixando um selinho na sua boca - Eu volto rápido.

Me troco rapidamente e vou para a minha caminhada matinal, mas antes de sair a minha mãe me liga.

- Oi, mamãe.

- Mara, seu pai quer fazer uma confraternização na fazenda - Ela fala animada - Luísa e Maiara já confirmaram presença, ele quer a Marília lá também e o Léo.

- E eu? Ninguém quer? Tudo bem - Faço drama - Depois que meu pai conheceu a Marília esqueceu a filha dele.

- Para de drama... você pode vir junto.

- Eu posso ir junto? - Pergunto rindo - Eu vou sozinha então.

- Você não fica longe deles dois.

- É... eu meio que estou em uma corrida agora, quando eu chegar falo com a Lila, tá bom?

- Tudo bem, minha filha.

///

Dou cinco voltas pelo condomínio, as vezes parando para beber uma água, mas quando chego perto da minha casa, vejo um carro parado do outro lado da rua, que não é meu, nem dá minha esposa. Não dá para ver dentro do carro, mas pelo som do motor, o carro está ligado.

" - Eu acho que tem alguém me seguindo - Ela dá de ombros - E estava com medo de alguém tentar te machucar também.

- Como assim tem alguém te seguindo? Por que você não me contou antes?

- Porque você estava com a cabeça cheia... "

Começo a andar pela calçada e o carro continua parado, começo a correr e é o ponto para o carro vir atrás de mim. O bom de estar a pé, que você pode entrar em ruas que o carro não anda normalmente. Quando vejo que o carro está muito perto de mim, eu dou a volta e corro mais rápido ainda.

Me escondo em qualquer esquina das casas e paro para respirar, meu peito dói, de tanto esforço que eu fiz.

- Maraisa - Um homem coloca a mão no meu ombro - Precisam-

Eu me assunto e acabo acertando o nariz da pessoa, mas quando vejo, era só o porteiro do condomínio.

- Meu Deus, desculpa - Me aproximo devagar - Desculpa, desculpa, desculpa.

- Era só para falar que um carro foi cadastrado no seu nome - Ele fala segurando o nariz - Eu não queria te assustar.

- Carro? Que carro?

- É um Jeep preto, é seu, não é?

É o mesmo carro.

- Não, não fui eu que cadastrei - Falo irritada - Vocês não precisam da minha assinatura para isso?

Esposa Troféu (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora