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Pov Maraisa

- A mamãe tá brava? - Léo pergunta me olhando.

- Ela está um pouquinho, amor - Falo para ele - Mas já já passa.

Marília está conversando com o seu irmão pelo telefone, para decidir quem vai no evento de hoje a noite, mas eles dois não conseguem ter uma conversa normal, sem xingar ou gritar um com o outro.

Consigo ouvir o barulho de alguma coisa sendo arremessada pelo nosso quarto e Marília gritando com alguém.

- Ela tá brava com você, mamãe?

- Não, amor - Beijo a sua cabeça - Ela tá brava com outra pessoa.

Léo concorda com a cabeça e volta a ficar encolhido no meu colo. Ele odeia quando Marília grita, porque ele fica assustado, e acha que o problema sou eu, já que geralmente eu sou a pessoa que ela mais grita. Depois que essa gritaria toda acaba, consigo ouvir o choro dela, é sempre assim, um ciclo, ela se estressa, grita e chora, eu sempre vou acalmar a minha esposa.

- A mamãe já volta, Léo - Falo tirando ele do meu braço - Tá bom?

- Tá bom, mamãe...

Vou até o meu quarto ver a minha esposa, e encontro ela arrancando todas as roupas do guarda-roupa, jogando no chão, mas ainda chorando. Me aproximo dela devagar e seguro seu rosto, fazendo ela parar com essa bagunça.

- O que aconteceu, amor?

- Eu quero ficar sozinha, Maraisa - Ela fala me afastando.

- Você está chorando, Lila.

- Eu quero ficar sozinha - Marília repete novamente e tenta passar por mim.

- Eu não vou te deixar sozinha.

- Me deixa em paz - Ela fala brava.

- Você realmente quer que eu deixe? - Pergunto me aproximando dela e deixando nossos corpos a centímetros de distância.

" - Lila, amor, deixa eu te ajudar.

- Eu consigo, Mara - Ela fala rindo - Não é difícil.

- Amor... você nunca trocou uma lâmpada.

- Mas eu quero.

- Mas ela nem está quebrada.

- Mas eu quero - Marília sela nossos lábios e beija a minha bocheca - Você precisa ter mais fé na sua esposa.

- Eu tenho na minha esposa - Falo rindo e beijo a sua boca novamente - Mas eu me preocupo com ela e com o meu filho que ela está carregando.

- Não vai acontecer nada com o seu filho, Maraisa.

- Não me chama de Maraisa.

- Desculpa, meu amor - Marília começa a rir e segura meu rosto - Eu esqueço que seu nome não é Maraisa.

- Para você não é mesmo.

Ela revira os olhos e junta nossos lábios, beijando a minha boca, ainda com a lâmpada na mão.

- Eu vou trocar a lâmpada.

- Você está grávida, Lila. Não sobe nessa escada.

Esposa Troféu (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora