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Queria contar aqui algo que acabou de acontecer, eu tenho duas cadelas em casa, e elas são bem atentadas, e ficam bagunçando a maior parte do tempo, nesse horário elas normalmente dormem, e era o que elas estavam fazendo, quando simplesmente me deu vontade de chorar, eu não segurei e começei a chorar aqui na sala, assim que um soluço saiu da minha garganta, as duas apareceram e subiram em cima do sofá, ela começaram a lamber as minhas bochechas, elas ficaram do meu lado até eu parar de chorar, agora uma delas está deitada no chão perto de mim, e a outra está um pouvo longe, mas de olhos abertos e me olhando.

Eu amo os meus bebês










·Emily Alencar

- Posso te fazer uma pergunta? - Carol perguntou chegando perto de mim, que estava super tranquila tomando um cafezinho e mexendo no celular.

- Isso já é uma pergunta - implico e ela revira os olhos se sentando ao meu lado.

- Você acha que a Priscilla gosta de mim? - pergunta e eu quase reviro os olhos, povo lerdo do caralho.

- Por que não pergunta a ela? - falo calmamente sem tirar os olhos do meu celular.

- Ah, claro, como não pensei nisso antes, vou chegar nela e falar, eae Priscilla, não sei se sabe mas eu gosto de você mais que amiga e queria saber se você gosta de mim da mesma forma - fala de forma sarcástica e olha para o meu rosto.

- Eu usaria uma linguagem mais formal - falei e voltei a olhar o meu celular ouvindo ela bufar - Virou um búfalo foi? - perguntei irônica e ela dá um gritinho de raiva.

- Tô falando sério, Emily - fala cruzando os braços com raiva.

Reviro os olhos e termino o meu café deixando a xícara na mesa junto ao meu celular.

- Fala, anão de jardim - ela iria começar a falar quando se deu conta do que eu chamei ela, comecei a rir pela cara que ela havia feito.

- Acho que virou hobby seu me irritar - ela comentou.

- Eu concordo plenamente, smurfette - ela suspira e vejo um mínimo sorriso em seus lábios antes dela falar algo.

- Você sabe que eu gosto da Priscilla...

- E ela, assim como todo mundo da casa é cego por não ver também - interrompi ela, que não faz uma cara muito boa - Continue, pocoyo.

- Acha que tem a possibilidade dela sentir o mesmo por mim? - pergunta de forma séria e preocupada, ela realmente nem imaginava.

Minha filha, se você pedir para ela ficar de quatro, ela fica e ainda late.

- Carol, vou falar sério agora, como eu já havia dito, eu vejo a forma como olha para ela e sei que gosta dela, e sei também que você é uma pessoa incrível, e como eu disse antes, eu quero que ela seja feliz, e se for você a trazer essa felicidade a ela, tudo bem, mas a única pessoa que sabe dos sentimentos de Priscilla Caliari, é Priscilla Caliari - falei, eu não diria a Carol sobre os sentimentos da Pri, assim como não diria a Pri sobre os sentimentos da Carol, isso não cabia a mim.

- O que quer dizer com isso?

- Você tem que falar com ela, ser sincera, se precisar de ajuda, eu ajudo, conheço ela melhor que ela mesma, mas não cabe a mim rotular os sentimentos da Priscilla- ela ficou um pouco pensativa, eu cruzei os braços e fiquei olhando para ela.

Ela me olhou e se levantou da cadeira indo para a saida da cozinha.

- Tchau, cruela - falou me fazendo rir.

Family Issues | MalufcaOnde histórias criam vida. Descubra agora