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·Emily Alencar

- Entra, Carol - falei vendo a garota parada na porta da minha casa.

- E a Priscilla? - ela perguntou nervosa entrando na casa.

- Ela saiu com o Samuel, vem, temos muito o que fazer - andei até a sala sendo seguida pela menor.

- Aliás, quando vamos conhecer o seu irmão? - ela pergunta enquanto eu arrumo alguns papéis que estavam espalhados na mesinha de centro da sala.

- Em breve, vou levar ele naquela festa - falei e me sentei no sofá chamando ela para sentar junto.

- Então, como vamos fazer isso? - ela franze as sobrancelhas, estava nervosa e era compreensível.

- Eu consegui um lugar para o jantar, sei que o plano inicial era fechar um restaurante....

- O que eu achei um baita exagero - ela me interrompeu me fazendo revirar os olhos.

- É a minha melhor amiga, ela merece o melhor - falei e ela me olhou com tédio - Tá bom, talvez eu tenha exagerado um pouco - ela negou com a cabeça levemente.

- Então onde vai ser o jantar agora?

- Eu tenho uma cabana, ela é meio isolada e pequena, mas é aconchegante, tem um quarto na parte de cima, tem uma varanda que fica de frente para um lago - expliquei para ela como era a cabana e vi seus olhos brilharem.

- Ok, você tem acesso ao meu diário? - ela perguntou animada, parecia uma criança, eu acabei rindo.

- Acho que não iria conseguir ler o seu diário, com base no seu tamanho, ele deve caber no meu dedo mindinho - brinquei vendo ela revirar os olhos.

- Como vamos conseguir levar a Priscilla para lá? - Carol me perguntou.

- Isso deixa comigo, você vai para lá antes, como combinado, para arrumar do jeito que você quer, quem você vai levar para te ajudar a arrumar? - perguntei estralando os meus dedos, eu também estava nervosa, pelas duas.

- A Vivi, a Clara e a Malu se ofereceram para ir me ajudar - ela disse soltando o ar.

- Ok, vai dar tudo certo - falei segurando as suas mãos.

- Suas mãos estão geladas, por que estão geladas? - ela riu me fazendo rir.

- É algo importante, tô nervosa por vocês, se der tudo certo, você vai virar minha irmãzinha, bem pequenina - ela me bateu pela última frase.

- Ela não vai bater na minha cara, né? - perguntou nervosa.

- Ela não seria capaz de fazer isso, não a magoe, Carol - pedi séria e ela assentiu levemente - Posso te fazer uma pergunta? - perguntei e ela me olhou como se já soubesse.

- Eu não sei se a Malu vai levar a Dani - ela respondeu a pergunta que eu ao menos havia feito e eu assenti.

- Tudo bem - Carol me olhou triste, eu sorri levemente.

Coloquei meu sentimentos de lado, e comecei a ver com ela os detalhes, como comida, bebida, ornamentos, eu já havia reservado dois dos meus melhores vinhos para elas, uma amiga italiana minha iria cozinhar e os ornamentos Carol compraria com as meninas.

Passamos um bom tempo ali com Carol, quando estava perto da hora de Priscilla chegar, o Sam me mandou uma mensagem e eu me despedi de Carol, que chamou um uber e foi embora, guardei tudo o'que não podia ficar a vista de Priscilla Caliari e subi para o meu quarto.

Tomei um banho demorado e vesti um pijama, deitei na cama e peguei o meu celular, assim que abri o meu tik tok, a primeira coisa que me aparece é o casal magia, vulgo Malu e Dani, ódio, desliguei o celular e escutei um barulho no andar de baixo.

Tomei um banho demorado e vesti um pijama, deitei na cama e peguei o meu celular, assim que abri o meu tik tok, a primeira coisa que me aparece é o casal magia, vulgo Malu e Dani, ódio, desliguei o celular e escutei um barulho no andar de baixo

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Desci as escadas e encontrei o Sam e a Pri chegando cheios de sacolas.

- Parece que o passeio foi bom - comentei chamando a atenção dos dois.

- Foi sim, compramos um monte de coisas, principalmente por que você vai deixar eu ir naquela festa, né maninha? - meu irmão vem até mim e abraça a minha cintura fazendo um bico nos lábios.

- Vou pensar - disse e quando olhei para Priscilla ela também fazia um bico - Isso é um complô contra mim.

- Ai amiga, o garoto precisa viver, e que lugar melhor para viver do que ao nosso lado? - pergunta vindo até mim e me abraçando, fiz uma careta.

- Tá, o Sam pode ir - os dois começaram a pular e a gritar na minha frente - Mas, sem bebidas alcoólicas, você ainda tem dezesseis anos Samuel - avisei e ele rapidamente concordou com a cabeça - Ótimo, agora o que querem para jantar.

- Que tal, comida japonesa? - Priscilla sugeriu e eu concordei.

- Vão guardar tudo que eu peço - falei e eles concordaram.

- Pode deixar mamãe - Priscilla disse e eu a olhei mortalmente - Corre, Sam - eles pegaram as coisas e correram para o andar de cima.

Eu vivo com duas crianças, fiz o pedido e me sentei no sofá colocando em um filme qualquer que estava em destaque, logo os dois bonitos apareceram, tomados banho e com seus pijamas, eles se sentaram ao meu lado e ficaram assistindo comigo

Eu vivo com duas crianças, fiz o pedido e me sentei no sofá colocando em um filme qualquer que estava em destaque, logo os dois bonitos apareceram, tomados banho e com seus pijamas, eles se sentaram ao meu lado e ficaram assistindo comigo

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Priscilla estava deitada ao meu lado com os pés no meu colo, e o Sam estava sentado do meu outro lado com a cabeça apoiada no meu ombro, ele também abraçava a minha cintura. Fazia apenas quatro dias que o Sam havia saído do hospital, ele ainda sentia dores no peito por causa das costelas quebradas, mas agora doia bem menos.

A confusão com a Pri, deixou ela meio mal, tanto que ela se afastou um pouco das redes sociais, mas ela estava lidando com isso da melhor maneira que podia, e ela tinha todo o nosso apoio, ter o Sam em casa a distraía um pouco disso, assim como as visitas de Carol.

Eu não falei com Malu desde o final da casa Chango, mas sabia que não iria demorar muito, Vivi havia planejado um fim de ano com todos nós juntos, haveria uma festa daqui a dois dias e depois dela iremos para uma casa de campo da família dela, não queria ir, porque a Malu vai e com certeza iria levar a namorada, e sinceramente, não estava pronta para encarar elas.

Como problema é o que não falta na minha vida, meu pai pediu uma audiência jurídica, ele levaria a público nossos problemas familiares, e tenho certeza que isso era apenas para me derrubar, não tive notícias da minha mãe desde aquele dia no hospital.

Meu avô estava me sufocando com relatórios da empresa, ele disse que eu precisava conhecer os negócios, porque em breve eu assumiria tudo, não que ele fosse morrer agora, mas ele queria tirar um tempo para viajar e aproveitar o que pode ser o seu último ano de vida.

Como podem ver a minha vida é super normal, sem nenhum drama ou problema, para que psicólogo se eu posso simplesmente ignorar tudo o que acontece e fingir que está tudo bem? Alguém me mata, por favor?

Family Issues | MalufcaOnde histórias criam vida. Descubra agora