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·Emily Alencar

- Priscilla eu quero que você cale a boca antes que eu jogue o carro naquela árvore para fazer isso por você - ameacei e ela se calou na hora, Sam, que estava no banco de trás riu da cara emburrada da ruiva.

Hoje séria o dia do jantar e eu estava levando essa criatura até a futura namorada dela, mas a bonita aqui, não parava de encher a porra do meu saco, desde que saimos de casa ela está me enchendo de perguntas, as quais eu não respondi.

- Você é muito grossa - ela resmungou ao meu lado e eu suspirei para não jogar ela para fora do meu carro, Carol me mataria certamente.

Pelo que sei, as meninas ainda estavam lá, e iriam embora somente quando eu chegasse com a senhorita tagarela aqui, e para melhorar o meu bom humor, a filhote de minion, não a Carol, a outra lá, Dani, estava lá também.

Eu juro que quase mandei a Carol chutar a bunda daquela garota para fora da minha cabana, mas não o fiz, pois eu tenho classe. O Samuel sabia de todo o plano e tentava entreter a ruiva ao meu lado, mas ela parecia escorregar das conversas que ele puxava.

Mais alguns minutos e já era possível ver a cabana, estacionei o meu carro vendo que havia mais um ali, deve ser o carro da Clara, desci do carro junto ao Sam, e esperei Priscilla descer, mas a vagabunda ficou lá dentro, respirei fundo e andei até o lado do passageiro me abaixando perto da janela.

- SAI DO CARRO CARALHO! - gritei bem no ouvido dela que deu um pulo dentro do carro, bateu a cabeça no teto e tudo.

O Samuel caiu na gargalhada, Priscilla desceu do carro emburrada e de braços cruzados, andamos até a cabana, e logo vejo, Clara, Vivi, Malu e a formiguinha saírem de lá de dentro.

- O que foi esse barulho? - Clara perguntou e Priscilla me olhou, fingi não ver.

- Está tudo pronto? - perguntei vendo elas assentiram, a ruiva me olhou estranho - Ótimo, Sam?

Ele logo saiu em direção ao carro para pegar a bolsa de Priscilla, essa que olhava para todas nós como se cada uma tivesse três cabeças, o Sam logo volta com uma bolsa e entrega a Priscilla.

- Vai me deixar aqui? - perguntou para mim incrédula, eu dei de ombros.

- Acredite quando digo que não vai querer sair - falei e dei meia volta andando até o carro junto ao meu irmão, as meninas vinheram junto a mim - Como ela estava?

- Nervosa, bem nervosa - Vivi disse se referindo a Smurfette, vulgo, Carolyna.

- Imagino, não deve ser fácil se declarar para alguém - Clara disse e automaticamente meus olhos procuraram pelos de Malu.

- Pois é, deve ser bem complicado - falei sentindo o meu irmão ao meu lado.

- Oi - Malu comprimentou ele com um sorrindo - Então você é o famoso Samuel?

- Não sei, mas sou o Samuel - ele disse e esticou a mão para apertar a dela, só então as outras duas se tocaram.

- Meu Deus, é o seu irmão? - Clara perguntou com a mão na boca o que me fez rir.

- O próprio - falei e ele comprimentou as meninas de forma educada.

- Você vai para a festa, Sam? - Malu perguntou diretamente para ele.

Nós ficaríamos ali por três minutos como haviamos prometido a Carol, se depois de três minutos nenhuma delas vinher nos chamar, podemos ir embora.

- Vou, a Emy me deixou ir - ele falou todo animado.

- Ela é o que? Sua mãe? - Dani perguntou rindo, posso bater?

- A melhor do mundo - ele disse de forma séria, ok, isso ainda era um assunto sensível para nós dois.

Clara percebeu o clima meio pesado que ficou, assim como o fato de que eu quase não falei nada.

- Como vão as coisas, Emy? Parece cansada - ela comentou me olhando.

- Alguns problemas e contratempos, mais trabalho e mais responsabilidade, estou tentando não enlouquecer com tudo isso - falei dando um meio sorriso.

- Vamos lidar com isso juntos - Sam falou segurando na minha mão e apertando fortemente, eu assenti e deitei a minha cabeça no ombro do Sam.

Ficamos ali por três minutos, as meninas falavam sobre a festa e sobre a viagem, o Sam às vezes falava algo, eu só falava quando o meu nome era citado na conversa, após os três minutos nós entramos nos carros e saímos dali, deixando as duas sozinhas.

No caminho até em casa, o Sam colocou as musicas da Vivi, Ananda e Gabriel para tocar na rádio, ele cantava junto e tentava dançar sentado, ele até me fez cantar e rir, ao chegar em casa eu me joguei no sofá, as coisa na empresa estavam tirando a minha saúde mental.

- Eu não gostei dela - Sam falou de repente me fazendo olhá-lo, ele se sentou ao meu lado enquanto eu massageava a minha cabeça - Da Dani, não gostei dela.

- Não precisa, não gostar dela, por minha causa - falei apoiando a minha cabeça em seu peito, ele começou a fazer um carinho.

- É claro que preciso, você é minha irmã e eu sou o seu super-herói - ele disse e um sorriso brotou em meu lábios.

- Nessa brincadeira de super-herói, a Priscilla teve asma por correr de você - falei e ele riu.

- Ninguém mandou pular em cima de você.

- Bom, tecnicamente... Fui eu quem pulou em cima dela - falei e fechei os olhos sentindo o peso na minha cabeça ir embora.

- Eu sempre vou cuidar de você, assim como sei que sempre cuidará de mim - ele disse e beijou a minha cabeça.

- Te amo, pandinha.

- Te amo, supergirl - ele me chama assim desde criança.

- Agora vamos tomar banho para dormir - falei me levantando do sofá.

- Posso dormir com você hoje? - perguntou meio acanhado.

- Sempre que quiser - falei e juntos subimos para os nossos quartos.

Tomamos banho e vestimos os nossos pijamas, esperei ele entrar no quarto para desligar tudo e deitar para dormir, dormi com a cabeça no peito dele enquanto ele fazia carinho no meu cabelo. A sensação de ter o meu irmão ao meu lado e a salvo era a melhor do mundo. Eu o amava e faria de tudo por ele.

Family Issues | MalufcaOnde histórias criam vida. Descubra agora