Capítulo 2

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Viro na direcção da voz...

— Olá, me desculpe...

Ela é tão mais linda de perto, nossos olhares se fixam no que parece ser uma eternidade. Meu coração parece doer de tanto que bate, meu coração parece estar em chamas, observo-a bem, seus lábios tinham uma cor avermelhada, seus cabelos pretos estão puxados para trás num coque, observo cada detalhe de seu rosto, até seu nariz é lindo e-

— Err... Está-me ouvindo? — desperto imediatamente de meus pensamentos.

—Ah... S-Sim! O que estava dizendo? — Pergunto, agora baixando o olhar constrangido, seu olhar parecia me investigar e estava me deixando tímido.

Ela sorri. Que sorriso lindo...

— Perguntei se sabe em que direcção é o caminho de volta à entrada principal do parque? – pergunta com sua voz doce e meiga.

— Ah... Sei sim! Posso lhe levar se quiser Senhorita.

— Ah, que bom, então! Vamos? - pergunta, simpática.

Dou um sorriso fraco. E aponto em direcção ao lado em que eu me dirigiria, dou espaço para que ela passe e ela agradece, me olhando com curiosidade.

— O meu nome é Zuri e o seu? - pergunta do nada, enquanto caminhávamos já andando em direcção à entrada principal.

Olho para ela e em seguida olho para frente, segurando na alça de minha pasta contra meu peito.

— O meu nome é Akin, senhorita Zuri. - respondo, sem olhar para ela. Contudo, sentindo o seu olhar sobre mim.

— Akin, muito prazer! Não precisa me chamar de senhorita, assim parece muito formal. — Faz uma careta engraçada e nega com a cabeça. Dou um leve sorriso, sem poder evitar.

— Tu parecias muito escondido pelos arbustos quando o vi... És pintor ou algo do tipo? - pergunta e eu estranho sua pergunta.

— Não, pareço ser pintor? — pergunto de volta.

— Ah, perguntei porque ali onde estava, parecia um bom lugar para apreciar o jardim do parque, então pensei que talvez fosse pintor...-Olha para mim com a mesma curiosidade que tem me incomodado.

— Ah não! É que, bem... Já deve ter notado que não desejo ser visto pelas pessoas que aqui estão e- ia começar a dizer, mas paro, pensando em algo. - Por que é que fala comigo? Tu pareces ser da nobreza, alguém da cidade, pessoas desse tipo não costumam nem chegar perto de alguém como eu.

Digo confuso e olhando para ela com um pouco mais de atenção, enquanto ela olha para mim com um olhar de surpresa, surpreendentemente não havia pessoas ao redor, creio que ainda estavam atrapalhados a espera do discurso do Rei.

— Olhem para ali! É a princesa! - diz alguém ao longe e olho para a direcção do homem.

Já estávamos muito perto da entrada e consequentemente perto da multidão.

Princesa???

Olho para ela que olha para a multidão, parecendo estar nervosa, em seguida olha de novo para mim. Os oficiais do Rei aproximam-se em passos rápidos e um deles vem na minha direcção e algo me diz para sair dali imediatamente.

— Ei, seu imundo! Afaste-se da princesa imediatamente ou terá consequências.—Diz um dos oficiais, com uma voz de desprezo e um tom ameaçador.

Corro em direcção à saída do parque e nem olho para atrás.

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