Capítulo 17

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Meu corpo treme enquanto Alberto me puxa pela floresta, me sinto muito mal por colocar a família de Miguel nessa situação, pessoas que me ajudam e me ajudaram tanto.

— Olha, confesso que eu estava meio incerto se a família do teu amigo iria mesmo pagar o teu resgate. — Alberto dá uma gargalhada.—Mas pelos vistos eles gostam mesmo de ti. Talvez eu aumente a quantia de dinheiro, já que eles farão de tudo por ti.—Diz ele com um semblante reflexivo.

Eu me mantenho quieto porque até a voz dele, nesse momento irrita-me. Saímos da casa dele durante a madrugada, as ruas estavam desérticas obviamente, mas eu tirei um pedaço de metal sem que ele se apercebesse.

Ele me deixou encostado numa das árvores e adormeceu, enquanto isso eu comecei a cortar gradualmente a fita que estava atada às minhas mãos e que já está quase solta, me concentro enquanto o ouço falar suas besteiras.

— Akin, o menino bom. Sempre foste assim muito quieto, toda gente gosta de ti, até minha mãe, mas eu não.—Ele diz isso e se aproxima de meu rosto colocando a arma na minha testa e eu fixo o meu olhar no dele, não irei implorar pela minha vida, eu sinto medo, mas tenho demasiada irritação dentro de mim, para que o medo me afecte.

— Acho bom que estejas a tremer, isso significa que estás com medo, acho bom, porque se o teu amigo cometer algum erro, és tu que pagas. — Diz ele com um sorriso maligno.

[......]

— Façam tudo o que eu indico, ou terá consequências. — Sinto um frio na barriga ao ouvir Alberto falar com o policial pelo telefone. Já dava para eu soltar as mãos, mas eu estava a espera do momento certo ou de alguma distracção da parte dele, ele desatou meus pés, então bastava eu tirar a fita de minhas mãos.

Alberto segura em meu braço e me empurra em direcção a um ponto da floresta que fica perto do rio onde tinha as quedas de água.

Ficamos um pouco mais distanciados das quedas de água e chegamos ao ponto de encontro, ele continua a segurar o meu braço esquerdo e sua arma está na sua cintura

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Ficamos um pouco mais distanciados das quedas de água e chegamos ao ponto de encontro, ele continua a segurar o meu braço esquerdo e sua arma está na sua cintura. Avisto uma policial e Miguel atrás dela, a minha respiração fica acelerada, enquanto cruzo meus olhares com ele.

— Primeiro quero o dinheiro e depois solto ele.—Diz Alberto, a agente da polícia olha para Miguel que estava com uma pasta de mão e avança em nossa direcção, enquanto a policial mantém a mão pousada em sua arma na cintura olhando fixamente para Alberto que também a fixava.

Miguel avança e estende a pasta, Alberto a pega e tenta sentir seu peso, mas também parece querer abri-lá para se certificar do que está lá, antes que ele pudesse fazer isto, ele parece notar a presença de mais alguém a nossa atrás e age rápido, apontando a sua arma em minha cabeça.

— Eu disse para vocês não se armarem em espertos!—Diz ele furioso.

— Baixa a arma! — Diz um dos policiais a nossa atrás.

Miguel está a nossa frente com os olhos arregalados.

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