Capítulo 27

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A festa está bastante animada, os alunos interagiam entre si e se divertiam na pista de dança, alguns estavam lá fora no jardim em roda de jogos.

Enquanto Ester, Weza, Kiara e Marcos estavam na pista de dança, eu e Rafael jogávamos beer pong* com um rapaz chamado Benjamin que acabamos de conhecer, por termos nos cansado de tentar dançar e acompanhar a energia de Ester e Miguel.

Ainda bem que até agora eu e Rafael ganhámos Benjamin e o Bruno, se não, teríamos que beber um daqueles copos vermelhos que continham alguma bebida alcoólica, aposto. Nunca quis e nem quero, nem provar bebidas alcoólicas.

— Boaaa!—Rafael comemora quando me vê a ganhar e eu sorrio para ele.—Penso que vou querer ir buscar algo para comer, vens comigo?—Pergunta Rafael, depois de termos parado de jogar.

— Sim, vamos.

— Confesso que não sou muito de festas, eu gosto mais de ambientes tranquilos, gosto de conviver e socializar, mas não propriamente numa festa.—Ele diz e eu concordo com a cabeça.

— Entendo.—Digo, enquanto tiro um pastel para comer.

— Oiii meninossss.—Eu e Rafael olhamos na direcção da voz feminina e vemos uma menina que andava e falava de forma já um pouco exagerada.

— Você está bem?—Pergunto a segurando de leve quando ela quase cai sobre a mesa de comidas ao nosso lado, Rafael olha para mim e eu olho para ele preocupado.

— Você é muito lindoooo, não quer me dar seu número?—Pergunta ela me olhando como se estivesse lunática, provavelmente bebeu demais.

Olho para Rafael que entende a situação e pega uma garrafa de água para que ela beba.

— Tome!—Rafael entrega a água para ela, que recebe e bebe, mas em seguida faz uma cara estranha e eu me coloco atrás dela que começa a vomitar tudo o que ingeriu. Coloco minha mão sobre suas costas e olho para Rafael, eu definitivamente não sei o que fazer nessa situação, não havia quase ninguém a volta porque estávamos perto da entrada, mas algumas pessoas passavam e olhavam para ela.

— Como alguém bebe até esse ponto?—Rafael pergunta e eu suspiro.

— Tem alguém que possamos chamar para ti?—Pergunto ainda com a mão em suas costas para garantir que ela não cairia, porque ela parecia não estar com muito equilíbrio no corpo.

— Minha amiga... Cami.—Diz ela parecendo estar tonta.—Eu não sei onde ela está, penso que a deixei na pista de dança...—Ela diz.

— Eu vou procurar por ela então.—Digo e olho para Rafael que segura a moça.

Que óptima noite!


Depois de alguns minutos a procura da tal Cami, Marcos e Ester me ajudaram a encontrá-la, que se mostrou preocupada com sua amiga e levou-a para a residência universitária. Agora a festa estava ainda mais animada porque uma banda cantava no palco, eu não fazia ideia de quem eram, mas as pessoas estavam muito animadas e energéticas, talvez as bebidas alcoólicas contribuam para essa animação, além de ter casais por todo o lado em beijos, eu me distanciei dali e avisei ao pessoal que eu iria apanhar um pouco de ar. Miguel como sempre se preocupou comigo, mas eu o disse que só precisava estar só, ele entendeu por já conhecer minha personalidade.

A verdade é que provavelmente minha bateria social já acabara. Caminho até ao jardim, que é um pouco diferente do outro que eu costumava ir depois das aulas, que, aliás ficava do outro lado do 'campus' perto dos prédios onde tínhamos nossas aulas. Vejo um espaço um pouco iluminado, no meio do jardim, tinham vários bancos de jardim para se sentar, mas vejo uma figura mais ao longe.

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