Débora
Ela deslizou as mãos por sua barriga e ficou em dúvida se seu estômago avantajado era o bebê desenvolvendo ou apenas gordura.
O espelho grande pegava o seu corpo todo, onde podia ver uma lista de suas maiores inseguranças. O bumbum e coxas e marcado por listras brancas, das quais Ângelo ama brincar.
Alguns dias ela acordava e se sentia muito gostosa, outros como hoje: enorme e feia.
Estava deprimida, e não tem uma razão boa pra isso, ela só se viu no espelho e não gostou. Geralmente ela não dava espaço, mas dias como hoje, eles viam carregados e fazem lembrar de tia Sônia.
Quando pensa em maldade, tia Sônia aparece sem esforço. Ela a criou, porque seus pais não tinham tempo pra outra.
A mãe era uma alcoólatra, que nunca esteve sóbria para cuidar de uma criança e o pai... bom, não sabe. Deve estar em algum lugar do mundo, apenas o viu quatro vezes em toda sua vida.
A tia ficou com a responsabilidade de cuidar dela e o fez muito ruim. Era bruta para uma mulher, e com nenhuma paciência.
Tudo que Débora era, foi por mérito seu. Se dependesse dela, estaria nas ruas pedindo moedas, porque assim que fez dezoito, ela a chutou de sua casa por não ser uma responsabilidade mais sua..
E aqui, está ela...
Com uma calcinha e surtian surrados, porque esquece que deve comprar roupas, na verdade Débora esquece de quase tudo. Seus pensamentos não são muitos coerentes, apenas se deixa levar por eles e esquece do resto.
Mas para quem não tinha a vida planejada, eu se deu muito bem.
Sua tiaa Sônia disse que seria no mínimo uma prostituta em busca de uns trocados, mas ela estava divina.
Quem sabe não a convida no natal somente para esfregar em sua cara a sua felicidade e fazer com que engula suas palavras.
A porta girou, e Ângelo entrou.
Ele a olhou e seus olhos desceram pelo seu corpo, parando alguns segundos em sua bunda gorda. Mas ele desviou os olhos e jogou a maleta na cama, caminhou até ela e beijou sua testa.
Suas mãos pararam em sua cintura antes de dizer:
__ O que há de errado? - perguntou olhando para o espelho.
Isso sem dúvidas foi algo em Ângelo que a conquistou, ele sabia tudo dela somente com um olhar.
__ Estou me achando gorda. - disse espalmando as mãos na barriga.
Seu estômago não está mais reto e sim redondo pelo bebê. Pensou se Anne já está notando as mudanças no corpo. Ela é pequena e magra, provavelmente a gravidez de Débora irá ficar mais acentuada que a dela.
Ângelo estalou os lábios, deu um tapa de leve em sua bunda, logo a apertando, a fazendo gemer.
__ Você continua gostosa. - disse e beijou seus ombros, mas se afastou.
As sombracelhas da negra franziu, normalmente ele a abordaria louco de desejo e faríam um sexo quente.
Por isso, o observou tirar seu paletó que caiu no chão.
Ângelo tem toc, suas roupas são separadas por cores e maravinhamente arrumadas no closet. Jogar as roupas no chão é algo que ela faz, não ele.
Quando ele sentou na poltrona e abriu dois de seus botões na camisa e escorou a cabeça na poltrona fechando os olhos. Teve certeza que algo está errado, sentou em seu colo, com as pernas uma de cada lado do seu quadril.
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APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis
RomanceAnne nunca se sentiu amada, foi deixada na porta de um orfanato ainda quando bebê. Anos depois consegue um importante emprego numa grande revista de moda, ela larga tudo para ir atrás do seu sonho. Só não contava com o mal tempo ...e é claro aquele...