Anne
Anne
Levou em torno de uns quarenta minutos para chegarem na cidade, que embora pequena, era bonita e acolhedora. Os moradores pareciam simpáticos enquanto ela os observava conversarem na rua, Joe é quem não estava gostando muito. Desde que entraram na cidade o outro mudou sua expressão tranquila para mais atenta e seu rosto estava sério e o moreno calado.
Ela sabia que ele não gosta de sair de casa, então concluiu que o moreno estava desconfortável com o novo ambiente e não fez perguntas. A música tocando no rádio rompia o silêncio dentro do carro
_ Chegamos. - joe diz minutos depois.
A casa era de um azul claro e um homem de meia idade estava na varanda e acenou quando viu o carro parar. Mas ela reparou foi no boneco de neve no quintal, ele estava meio torto e seu nariz de cenoura muito perto da boca. Foi um trabalho desleixado, ou feito por uma criança. A jovem chutou a segunda.
O moreno desceu do carro e encontrou o outro no meio do caminho, trocaram um aperto de mãos e o homem o acompanhou até a caminhonete olhando com curiosidade para Lucy ao vê-la, e balançou a cabeça a cumprimentando, a moça retribui com um sorriso.
Os dois foram para a traseira da caminhonete, a negra os observou carregarem a escrivaninha para a casa e aguardou o moreno voltar.
Eles fizeram o mesmo processo cinco vezes; parando uma vez em uma loja de móveis e a última em uma pousada, onde um casal de idosos simpáticos conversaram animadamente com Joe. Anne viu a hora que a senhora a encarou, e falou algo com o moreno. Ela não sabe qual foi a resposta do outro, mas o casal os olharam surpresos e a mulher acenou alegremente para a negra, já o seu esposo abraçou Joe como se o desse felicitações.
" Ela é uma garota muito bonita, você é um homem sortudo".
Escutou a idosa dizer, quando ela o perguntou, o outro se fingiu de desentendido e aumentou o volume do carro. Mas a sua intuição dizia que ele escondia alguma coisa dela.
Ela pensou que eles iam embora, até ia o pedir para pararem um pouco na cidade, ela queria passar em algumas lojas e uma em especial que vendesse produtos para cabelos, os cachos já estavam ficando ressecados sem os devidos cuidados. E a moça é bem vaidosa para descuidar da aparência.
Entretanto o carro parou num prédio grande e luxuoso, ela o fita interrogativa.
_ Achei que todos os móveis tivessem sidos entregues?
O homem tirou o cinto e a olha.
_ E onde a minha irmã mora, eu prometi que viria em seu apartamento se tivesse na cidade. Se importa em ficamos uns minutos? - ele pergunta, mas já descendo do carro.
Ela faz o mesmo, mas sua cara é de quem ouviu uma piada ruim.
_ Sua irmã? Porque não me falou sobre isso? - questiona.
Ela não está brava, mas nervosa. Como assim ela vai conhecer alguém da família do homem, e o que ela deve dizer se perguntarem quem ela é?
Amante?
Ficante?
Uma amiga com privilégios?
_ E uma visita rápida, quer ficar no carro? - pergunta.
Anne olha para a caminhonete, e para ele. No carro ela ficaria entediada, mas... ela podia conseguir informações a respeito do outro que era uma incógnita para ela.
_ Eu já estou aqui mesmo... - dá de ombros, e anda preguiçosamente até a entrada.
Ele não parou no porteiro, então a fez crê que ele vinha frequentemente a casa da irmã. Desceram no penúltimo andar e Joe bateu forte em uma das portas.
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APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis
RomanceAnne nunca se sentiu amada, foi deixada na porta de um orfanato ainda quando bebê. Anos depois consegue um importante emprego numa grande revista de moda, ela larga tudo para ir atrás do seu sonho. Só não contava com o mal tempo ...e é claro aquele...