Anne
Joe franziu o cenho e a encarava pasmo, ele soltou algo parecido com um grunhido e consertou a sua postura, ficando com a coluna ereta.
O homem limpou a garganta claramente desconcertado.
_Quantos anos você tem? - pergunta e a olha estranho.
Anne bufou, porque reconheceu aquela expressão.
_ Eu sou de maior, se é isso que estava pensando. Sou uma mulher adulta, e por mais que não aparente, eu tenho vinte e quatro anos. - fala contrariada por as pessoas terem o hábito de a confundir com uma adolescente.
_ E porque uma jovem bonita como você não se envolveria com ninguém? - ele diz baixo, um questionamento que não foi direcionado a negra, mas não evitou dela corar pelo elogio. - na sua idade eu estava transando muito. - fala e sorrir com malícia.
Anne arregala os olhos, ela não precisa de um espelho para saber que suas bochechas estavam vermelhas. A negra se perguntou a idade do outro, ele tinha um rosto mais maduro e másculo, pele e lisa, com uma linha quase imperceptível na testa. Talvez uns trinta á trinta e cinco anos.
_ Eu sei o que é estar com alguém sexualmente, não foi nada acima das minhas expectativas. Eu só sentir que ele não era a pessoa certa para ter o meu primeiro beijo. - diz, omitindo que a pessoa em questão era seu ex-chefe, e que o sexo foi uma troca de interesse de ambos.
Ele a deu o que ela queria, e ela fez o mesmo. Mas o outro não tinha que saber dos atos pecaminosos e detestável da vida da garota. Joe pensaria o que ela própria pensa de si, mas que não tinha coragem de o dizer em voz alta.
_ Esse cara deve ter sido patético na cama para você não querer o beijar. - ele zomba, mas depois a olha com um largo sorriso. - Prefere sexo sem toques?
Anne está virando um pimentão, ela não gosta muito do quanto ele a olha ansioso por uma resposta e nem de suas falas libertinas que a deixam constrangida por sua inexperiência comparada com Joe. Que sabe mais da vida que ela, a negra esteve ocupada neses anos estudando e trabalhando, que não houve espaço para desenvolver uma vida social saudável.
_ Não há outro relacionamento para comparar, eu não gostei e ele era um tarado. Porque raios estamos conversando sobre minha vida sexual inexistente?
_ Não é todo dia que eu cruzo com uma pessoa de vinte quatro anos que nunca beijou ninguém. Eu também ficaria com vergonha de falar disso no seu lugar.
Anne rola os olhos com o sorriso provocativo do moreno.
_ Para constar, eu não estou com vergonha. Eu estive fazendo coisas importantes, e me preocupar em quem eu devo colocar a minha boca não é uma delas. - retruca.
_ Você não pensaria assim ao experimentar. - Joe mumurra e a lança um olhar enigmático, ela nota quando os olhos dele vão para sua boca.
A negra começa a suar frio, a forma intensa que ele a olha faz com que esteja encabulada. Ela sempre se perde naquele rosto bonito e olhos verdes atraente. O moreno a dá sinais confusos, se não fosse impossível, ela diria que Joe está intisgado em relação a ela.
_ Veja, você me fez esquecer o que eu estava para fazer. - ela volta a atenção para o caderno para fugir da interação.
Anne não quer se entregar mais do que já fez. Ela não levanta a cabeça para não ter que fazer um contato visual com o outro, e inicia o esboço.
Ela tenta por alguns minutos, contudo não consegue com o moreno a encarando com tanta insistência.
_ Para de me olhar, eu não posso me concentrar com você me vigiando. - diz.
Ela nem formou um desenho, desistiu ao perceber seu nervosismo. Gostava mais do homem quando ele estava sendo bruto e mal educado, ela não sabia como reagir com ele a observando, ou com o quê seus olhos revelam.
_ Eu não tenho culpa se você me deu algo para imaginar. - diz.
Anne não devia alongar aquela tortura, mas não se controlou. Ela queria entender se a atração no ar, era coisa de sua cabeça e uma loucura sem fundamento.
_ E o quê você imaginou Joe?
Houve alguns segundos em silêncio, que a fez achar que não teria uma resposta. A negra que até então não o olhava diretamente, o fez.
Ele a fita sério, e com uma profundidade que esquenta o seu corpo. Novamente os olhos do moreno caem para os lábios cheios, e ele fala sem relutar:
_ Como seria te beijar. - diz com um safado sorriso.
Anne mau se moveu, mas seu coração retumba descontrolado em seu peito. Se ela tinha dúvida que estava rolando um clima entre os dois, acabou ali.
Joe estava mesmo flertando com ela?
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APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis
Roman d'amourAnne nunca se sentiu amada, foi deixada na porta de um orfanato ainda quando bebê. Anos depois consegue um importante emprego numa grande revista de moda, ela larga tudo para ir atrás do seu sonho. Só não contava com o mal tempo ...e é claro aquele...